Vasco manobra para afundar programas de sócio torcedor da dupla Fla-Flu




Amigos Tricolores,

Num flagrante desrespeito à Lei, que prevê meia entrada desde que atendidas condições previstas para que a mesma seja concedida, ficou determinado que não haverá meia entrada no atual campeonato, pois o preço foi baixado e todos os ingressos já são cobrados, segundo eles, com o valor de meia entrada.

Puxa, será que sou tão ignorante assim para ser engambelado por essa conversinha fiada? Ora, eles podem cobrar quanto quiserem, mas a meia entrada prevista em lei sempre será a metade do valor determinado.

O curioso é que a entrevista em que a medida foi anunciada foi concedida pelo Sr. Eurico Miranda, presidente de um dos clubes. Sob o argumento de que o presidente da Federação, Rubens Lopes, estava afastado para tratamento de saúde.

E Eurico defendia enfaticamente os preços na tal entrevista, frisando que não haverá meia entrada e os valores estão congelados entre R$5 e R$50, de acordo com o jogo e o estádio, com preços tabelados e engessados.

Ora, leitores, eu repito: meia entrada é lei. Burlar a lei com eufemismos é assunto para o Ministério Público interceder. E é lógico que tal medida cairá a qualquer tempo, inicialmente por medida liminar, depois no julgamento do mérito.

A invenção é obviamente uma determinação do presidente do Vasco, claramente para prejudicar a dupla flaFlu, clubes que têm os maiores programas de sócio torcedor do Rio de Janeiro. E um programa de sócio torcedor sobrevive principalmente a partir de uma concessão do benefício da meia entrada para seus adeptos.

Já recuperado do problema de saúde, Rubinho voltou a dar entrevistas, defendendo fervorosamente o tabelamento de preços e o fim da meia entrada, alegando que os clubes que têm programas de sócio torcedor é que devem se adequar à medida.

Nunca vi tal absurdo! O futebol do Rio está condenado ao fracasso mesmo!

Simplesmente o presidente da Federação toma uma medida engendrada por um presidente de um clube para flagrantemente prejudicar outros dois clubes.

Voltamos à era Eurico, em que o presidente manda e desmanda na Federação e vai manobrando a vontade dos clubes pequenos para votar e aprovar os maiores absurdos. Voltaremos às estapafúrdias voltas olímpicas com caravelas, jogos que acabam aos 57 minutos do segundo tempo (até o time de São Januário virar o placar contra o Volta Redonda, em 1997, e sua própria torcida gritar, rindo: “É marmelada!”), pênaltis fabricados, escalações de arbitragem suspeitas, resultados encomendados…

Não, jamais direi que tenho saudades do Caixa D’água. Mas que não houve melhoras e o quadro continua deprimente, isso é óbvio. E o presidente Rubinho afirmou no final de recente entrevista que aceita o diálogo, está disponível para ouvir, mas a decisão tem que ser respeitada. Já até marcou uma reunião para hoje, e outra para sexta-feira.

Ouvir o que, então? Quer que reclamem para poder cobrar a tal multa vergonhosa instituída pela Federação para o clube que criticar?

Ele garante que as medidas tomadas são benéficas ao torcedor, pois os preços foram baixados para atender ao público e voltar a encher os estádios. Medida tipicamente demagógica.

O torcedor não vai ao estádio, Sr. Rubens Lopes, não é por causa de mais cinco ou dez reais. Isto até pode ser mais um fator. Mas o que afasta mesmo o torcedor é quando ele percebe que a quatro dias do início do campeonato o senhor causou uma confusão danada e já alterou, contrariando inclusive os prazos do Estatuto do Torcedor, a partida de estreia do Fluminense no torneio, contra o Friburguense, tirando-o do Maracanã e passando-o para Volta Redonda, onde inclusive já haveria jogo no domingo, e então antecipou o jogo de domingo que lá se realizaria para sábado.

Mais uma medida para mostrar sua autoridade e arbitrariedade, tipicamente prejudicando mais uma vez o Fluminense, que por sinal nem pode falar muito, pois há multa ditatorial, e é pesada!

Uma provocação ao Fluminense e ao Consórcio Maracanã. Fluminense, por sinal, que fará o único jogo da sexta-feira de Carnaval, às 19:30!, quando inclusive já há desfile de Escolas de Samba do grupo de acesso.

O que afasta o público é quando ele percebe que não há o menor interesse do presidente da Federação em possibilitar que os clubes cresçam, mantenham seus programas de sócio torcedor para viabilizar mais uma fonte de renda, já que os mesmos estão todos mergulhados em asfixias financeiras, tendo que pagar pesados encargos de parcelamentos de REFIS, Atos Trabalhistas etc. para se livrarem de pesadas penhoras. Enquanto isso a Federação vai muito bem financeiramente, explorando cada vez mais os clubes, inaugurando nova sede.

O que afasta o público são campeonatos totalmente desorganizados, arbitragens suspeitas, fiscais de linha de fundo que não enxergam bola que entra um metro, impedimento clamoroso decidindo o título no último lance do campeonato, tabelas mal elaboradas prejudicando os clubes, excesso de times totalmente inexpressivos sem as mínimas condições técnicas de disputar um torneio de várzea, multas vergonhosas para clubes que se insurgem contra tais arbitrariedades.

Certamente poderiam ser cobrados valores coerentes, que jamais poderiam ser considerados caros, sendo respeitada a lei da meia entrada, onde torcedores, clubes, Consórcio e Federação poderiam sair satisfeitos.

Outro erro lamentável é tabelar os preços sem flexibilização dos mesmos. Ora, desde que o mundo é mundo os preços atendem às leis de mercado, à lei da oferta e da procura. E os preços sempre foram sugeridos pelos mandantes. Outra aberração é afirmar que não há clube mandante, quando o próprio regulamento prevê, no Artigo 8º, parágrafo 2º , que “terão mando de campo das partidas, para efeito do cumprimento das disposições da legislação, as associações colocadas à esquerda da tabela”. Assim, o presidente da Federação convocou um arbitral para mudar inclusive o regulamento e afirma que o mandante de todos os jogos é a Federação, e é ela quem precifica todos os jogos. Ela e o Eurico!

Isso tudo só vem comprovar o famoso dito: “Nada está tão ruim que não possa piorar.” O Campeonato Estadual do Rio de Janeiro, com essa Federação e esse presidente, é a maior prova disso. A cada ano todos se superam para zonear ainda mais o já tão desprestigiado campeonato. E neste ano voltou o sujeito que só quer bagunçar tudo e prejudicar a todos, manobrando a Federação e, com o apoio de alguns pobres times pequenos que aceitam qualquer pequena vantagem para votar com o Vasco, faz o que quer na elaboração do falido campeonato.

Se o ingresso está barato ou caro é uma outra história. O que não pode é a Federação aceitar que o presidente do Vasco imponha sua vontade fixando os preços dos ingressos sem meia entrada claramente com o objetivo de prejudicar Fluminense e Flamengo em seus bem-sucedidos Programas de Sócio Torcedor.

E a coisa que mais leio nos comentários é: “O Fluminense deveria colocar o sub-20 para jogar e abandonar este campeonato.” Acreditem, isto é simplesmente impossível! O clube tem mil compromissos com novos investidores, tem jogadores sob contrato que têm que jogar, há inclusive artigos no regulamento do caótico campeonato que limitam o número de inscrições, impossibilitando um rodízio total de juniores com profissionais, limitando inclusive jogadores não profissionais, compromisso com a emissora de TV, anunciantes etc. E nem mesmo na primeira fase da Copa do Brasil o Flu está, pois como sabemos adquiriu o direito de entrar direto nas oitavas da competição.

O campeonato que temos no início de ano lamentavelmente é este aí. É tentar lutar por ele, e até mesmo tentar melhorar algo aqui ou ali, embora eu esteja cada vez menos otimista quanto a isto, inclusive porque nosso presidente parece não estar nem aí e pouco participa ultimamente na hora de defender os interesses do Fluminense.

Domingo, Amigos Tricolores, eu iria ao Maracanã, torcer pelo time que sou fã. Você, Rubinho, tirou o meu prazer. O meu e o de milhares de tricolores. A Volta Redonda, 19:30 horas de domingo, lamento, mas não irei mesmo. Vocês estão conseguindo estragar tudo, cada vez mais!

Algo tem que ser feito. Vão destruir o futebol carioca de vez! E não pense o Vasco que atacando os outros vai crescer. Ele está no mesmo barco, e assim o futebol do Rio vai sucumbindo a cada ano.

Reage, Fluminense, supera isso tudo!

Porque O IMPORTANTE É O SEGUINTE: SÓ DÁ NENSE!!!

Por PAULONENSE