Vitória do Fluminense com atuação digna de G4

Vitória do Fluminense com atuação digna de G4 (por Lindinor Larangeira)

Mais uma vitória convincente do Fluminense. O time de Mano Menezes teve organização, maturidade e bom futebol para derrotar o Bahia, na tarde de domingo.

Ouso dizer que os comandados de Mano jogaram um futebol digno de G4.

A situação atual da tabela é reflexo de sete meses jogados fora pela diretoria e pelo péssimo trabalho de Fernando Diniz em 2024.

A partida começou com uns dez minutos de supremacia baiana. O time da boa terra poderia ter aberto o marcador em um lance de bate-rebate, que terminou na única defesa salvadora de Fábio em todo o jogo.

Depois disso, o Fluminense encaixou melhor a marcação e o posicionamento em campo, passando a controlar o jogo. Kauã Elias teve que marcar dois gols pra valer um. O primeiro anulado pelo VAR, em impedimento de ponta do pé.

O VAR só não foi tão eficiente para pedir a revisão em lance de possível pênalti, que, para mim, foi pênalti, em Arias.

Outro ponto sobre o VAR: a tecnologia para a marcação de impedimento, o traçar das linhas, já não existe mais em centros mais desenvolvidos. Sem querer fazer qualquer teoria conspiratória, essa tecnologia é passível de manipulação (a depender do frame, os impedimentos milimétricos podem ser marcados). Por isso, o surgimento de sistemas automáticos, muito mais confiáveis.

Uma entidade que nada em dinheiro, como a CBF, poderia implementar esse sistema por aqui.

O segundo tempo começou como uma verdadeira trocação: os dois times buscando o gol, sem maiores preocupações defensivas.

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A partir dos 15 minutos e até o apito final do péssimo árbitro, o Fluminense soube controlar a partida e obter, com justiça, o triunfo.

Atuação segura de uma equipe em que todos foram bem, destacando a partidaça de Diogo Barbosa, em minha opinião, o melhor em campo.

Martinelli, outro jogador que critico muito também fez um ótimo jogo. Fábio se redimiu do desastre de Caxias do Sul. Samuel Xavier lembrou o ótimo lateral da temporada passada. Thiago Silva dispensa comentários. E até zagueiros limitados, como Thiago Santos e Antônio Carlos, conseguem fazer partidas honestas na companhia do Monstro.

No meio, já falei de Martinelli. André, sem estar ainda 100%, é fundamental na organização de jogo, pelo poder de marcação, saída de bola e chegada, como elemento surpresa. Ganso, além de ser o maestro, o principal organizador do time, parece estar possuído pelo espírito de Felipe Melo, jogando com uma gana tremenda.

Kauã decisivo mais uma vez, como foi no domingo. Arias é outro que, mesmo sem jogar tudo o que sabe e pode, é o motor do time. E Serna foi um achado. O atacante, além da disciplina tática, tem sido uma importante válvula de escape, com sua força e velocidade. Incomodou demais a zaga baiana, além de fazer três passes para gol, infelizmente, desperdiçados.

As substituições de Mano foram bastante corretas, e até JK entrou bem. Antônio Carlos foi correto e, inclusive, se arriscou no ataque. Alexsander deu mais força ao setor esquerdo, junto com Keno. E Lima soube, quando não sofria as seguidas faltas dos baianos, cadenciar bem o jogo.

Outra goleada de 1×0? De fato. Mas, de direito, mais uma atuação consistente e que traz confiança ao torcedor.

PS1: Quarta-feira, a goleada tem que ser de, pelo menos, dois gols de diferença.

PS2: Quanta diferença nas coletivas. A arrogância, os delírios e a dissonância cognitiva, foram substituídos pela polidez, lucidez e papo reto.

PS3: O Time de Guerreiros voltou!