Vitória sobre o Fortaleza, gramado, arbitragem e muito mais: leia a entrevista coletiva de Fernando Diniz






Fernando Diniz concedeu entrevista coletiva no Raulino de Oliveira

O técnico Fernando Diniz concedeu entrevista coletiva após a vitória do Fluminense por 1 a 0 sobre o Fortaleza, na tarde deste domingo, no Raulino de Oliveira, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. Confira abaixo todas as respostas do treinador tricolor:

Vitória sobre o Fortaleza, gramado e arbitragem

“Foi uma vitória muito importante, adversário duro, em um campo quase impossível de jogar futebol. Prejudicou mais ao Fluminense do que eles. Contra um Fortaleza que marca bem, fica mais difícil. É uma critica veemente que eu faço. É um desrespeito com o futebol, com quem paga ingresso e assiste pela televisão. Uma regra básica para que os gramados tenham as mesmas dimensões, mesmo tipo de grama, porque isso iguala. Você jogar em gramas diferentes e lugares diferentes prejudica. Tem que ter uma padronização dos gramados.

Faço mais uma vez a critica a arbitragem. O Fortaleza não quis que o jogo andasse e o juiz menos ainda. De uma maneira profunda, lesando o torcedor e quem assistia pela televisão porque não tem jogo. Arbitro não quis acelerar a partida. Tudo era motivo para parar, conversar e dar cartões de maneira equivocada.

Todo mundo achou pênalti em Porto Alegre (em Nino, contra o Grêmio), que nos colocaria hoje na terceira posição. Hoje, ganhamos o jogo, mas teve um pênalti ainda mais claro que poderia comprometer. O que mais me incomoda é a conivência com a falta de bola em movimento. Tomei cartão amarelo hoje por conta da falta de critério e de não deixar a bola andar. Par termos um jogo mais vistoso que agrade as pessoas que gostam de futebol.

Não é uma questão de reclamar (da arbitragem), é um mal do futebol. As coisas são parecidas. Parece que o juiz não quer que o jogo ande pra diminuir a capacidade dele errar. Isso é uma critica. A maioria dos meus cartões são por reclamar do jogo parar demais. Espero que isso se corrija para termos mais bola rolando e menos jogo parado.”

Formação ideal 

“Formação ideal é uma coisa infantilizada. A vida é dinâmica. Existe muita imprevisibilidade no futebol. É criança que gosta de um mais um é igual a dois. Se eu boto o John Kennedy e a gente não ganha, a culpa é do John Kennedy. Agora parece uma super escalação. Os conceitos não são simples. Todo mundo quer resposta simples para fazer critica simples. Mas futebol é complexo. Ele jogou porque achei melhor. Desde que cheguei no Fluminense, jogamos de várias maneiras. Contra o São Paulo, falaram que tem só um jeito de jogar. Quando a gente erra, queremos achar uma solução fácil. Mas ela não existe. Se eu botar o John Kennedy, vou considerar o melhor time possível para fazer os jogos.”

Disputa pelo título brasileiro

“É difícil, mas não impossível. Mas é muito difícil. Botafogo tem uma larga vantagem e um time qualificado. Fluminense tem que se preocupar com o que acontece internamente e com os próprios jogos. Não tem que olhar para o Botafogo. Tem que fazer o melhor possível. Se eles perderem pontos e a gente somar, a distancia vai diminuir. Mas não tem que pensar nisso e fazer cada vez melhor o nosso trabalho.”

Enfrentar Vojvoda

“Acho que ele e outros são ótimos. É sempre um prazer enfrentá-lo, é um dos grandes treinadores do futebol brasileiro. O Fortaleza tem a gestão do Marcelo Paz, que sempre elogio. Consegue fazer um trabalho duradouro com os treinadores. Consegue formar bem seus elencos e tem consistência nas competições mesmo com um orçamento mais baixo. O Vojvoda é um grande treinador.”

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