Xô, Z4: o campeão voltou! (por Lindinor Larangeira)
Mickey, o artilheiro paz e amor, deve ter sorrido no céu e abraçado Nelson Rodrigues, no apito final da convincente, merecida e até modesta vitória tricolor, na noite de sábado, no Mineirão.
A escalação, confesso, chegou a me provocar preocupação. Seria um 3-5-2? Um inusitado 3-2-3-2? Quem ocuparia a lateral ou a ala esquerda? Estaria Mano possuído pelas invenções, dignas do Professor Pardal de Fernando Diniz em 2024?
Lá no céu, outro ilustre tricolor, um dos maiores inventores da história da Humanidade e um dos primeiros sócios do Fluminense, tratou de acalmar o recém-chegado artilheiro, que havia dado o drible da vaca em São Pedro. “Calma, jovem. Essa escalação vai voar bem, como o 14-Bis”, disse com elegância Santos Dumont, o Pai da Aviação.
Voltando ao mundo terreno, a bola rolou para uma pressão inicial do Galo, sem qualquer efetividade. O Fluminense passou, rapidamente, a controlar o jogo e chegou ao primeiro gol em passe primoroso de Kauã Elias, que demonstrou suas habilidades de garçom, para a velocidade, e dessa vez, a precisão de Ayrton Serna. Da Colômbia? Do Peru? Agora é do Brasil!
O tricolor com sólida atuação defensiva e rápida transição ofensiva, transformou o ótimo goleiro Everson no melhor jogador adversário.
Contanto com seu sempre seguro arqueiro e uma arbitragem bastante permissiva, que não puniu devidamente o antijogo atleticano, o resultado saiu barato para os locais.
No segundo tempo, o Fluminense soube se defender. E muito bem. Em um contra-ataque letal, Arias, com toda a sua classe, venceu o paredão atleticano. Dois a zero e os importantes três pontos muito bem encaminhados.
Até o final, mesmo marcando no próprio campo, o Fluminense esteve mais próximo do terceiro gol do que o Galo do primeiro.
Partidaça de Guga, Thiago Santos e Serna. Fábio foi quase um espectador privilegiado. Thiago Silva é a segurança em pessoa. Felipe Melo resistiu, e bem, aos 90 minutos. André foi o melhor da meia. Martinelli esteve bem abaixo do seu nível. Ganso também. Ainda pediu para tomar cartão. Mas é um jogador imprescindível ao time. Por isso, tem que esfriar a cabeça. Kauã foi bem de garçom e lutou muito. Arias é o melhor jogador em atividade no futebol brasileiro.
A turma que entrou deu conta do recado, inclusive JK, que aparenta demonstrar mais comprometimento, embora não seja nem sombra do jogador da temporada passada.
Uma vitória para honrar a memória de Mickey e alegrar os corações tricolores. Seja na Terra, seja no céu. Que o digam Nelson Rodrigues, Santos Dumont e, em todo o planeta, essa galera aguerrida da Young Flu, que muito me representa.
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Xô, Z4! O campeão voltou!
PS1: Menos de 50 mil no domingo será pouco.
PS2: Apesar da ótima partida de sábado, um lateral-esquerdo, um centroavante e um meia são contratações necessárias para o restante da temporada e para o próximo ano.
PS3: O scout poderia pensar em Freytes, argentino do Alianza, jogador do NOB, que atua pela esquerda na zaga e também faz a lateral.
PS4: Demorou, mas João Neto está de volta. Levo fé em você, garoto!
PS5: Obrigado, Mickey!
