Entendendo nossa realidade




Foto: Fluminense F.C.
Henrique Dourado estreará com a camisa tricolor (Foto: Fluminense F.C.)

Olá, amigos! Nosso Fluminense enfrentou o Atlético-PR no último domingo, na Arena da Baixada. Perdeu por 1 a 0 fora de casa e segue no bloco intermediário da tabela. Contrariando muita gente, não tenho vergonha de dizer: foi um resultado absolutamente normal.

O time do Atlético joga uma bola redonda. Paulo Autuori conseguiu fazer com que o time comprasse a ideia de jogar sem a bola, para explorar contra-ataques. Joga com uma boa dupla de zaga (Thiago Heleno e Wanderson), protegidos pelo Otávio, que para mim é o melhor 1° volante em atividade no futebol brasileiro.   
Além de ter um adversário qualificado pela frente, o Fluminense enfrentou um grande problema: grama sintética. Só tendo muita má vontade com o time para não reconhecer que o piso desfavoreceu a equipe. Sobretudo por jogarmos com poucos jogadores de qualidade no passe. Era jogo para o Cicero tomar conta do meio de campo. Era.
 
Fluminense foi envolvido durante os 90 minutos, mas o Furacão também não criou dezenas de chances. Foi um jogo chato, com o rubro-negro saindo muito bem nos contragolpes. Fluminense fez o normal: perdeu. E é bom que saibamos entender o que significa essa normalidade.
 
Claro que queríamos o Fluminense ganhando os 38 jogos do campeonato e sendo campeão com 114 pontos. Obviamente impossível. Mesmo para as equipes que estão brigando nesse momento na parte de cima da tabela essa derrota seria um resultado normal. Atlético faz boa campanha, sempre dificulta jogando em casa.
 
Outra coisa que temos que entender é que o Fluminense pode chegar longe no campeonato mesmo com esse futebol de baixa qualidade apresentado. Basta que façamos nosso dever de torcedor e empurremos o time em todos os jogos em casa, assim como fizemos contra o Cruzeiro. Além disso, beliscar algumas vitórias fora de casa, principalmente contra os times da parte de baixo da tabela.
 
E antes que falem que não temos elenco pra irmos longe: Muricy já deu a receita em 2010. Jogue fechado aproveitando as poucas oportunidades que as partidas oferecem. Isso significa ter mais qualidade nas finalizações. Aí que entra minha única implicância com Levir neste texto.
 
Não me lembro contra quem foi, mas a melhor aparição do Richarlison com a camisa do Fluminense foi jogando pelo lado esquerdo. Com espaço para suas arrancadas, a tendência é que renda melhor. Costumo dizer que para ser centroavante tem que ser malandro. Isso já mostrou que não é, pois estava sendo presa fácil para seus marcadores.
 
E com Richarlison saindo da área para buscar o jogo, quem chuta nesse time?
 
Pergunta que Levir deve responder hoje se realmente escalar o “Ceifador” no time titular do Fluminense. Na pior das hipóteses voltará o “fredbol”, o que deve ser suficiente para vencer o Ypiranga. Mas que teria de ser aperfeiçoado para a sequência da temporada. 
Depois das contratações feitas pela diretoria, Levir ganhou opções de qualidade. Resta saber se saberá utilizá-las. Cabe a nós tricolores termos paciência para não queimar ninguém. Entender que para alcançarmos algo bom, esse time terá que transpirar muito mais que inspirar.
 

Tabelinha:

1- Depois dessa partida não tem como nenhum tricolor defender o Cicero. Jogador “morcego”: chupa o sangue do time. Edson e Douglas seria uma dupla mais intensa para proteger os zagueiros.

2- Cavalieri, como em quase todas as temporadas, só começa a agarrar de verdade na segunda metade do ano. 

3- Como Jonathan não é titular absoluto desse time do Fluminense? Não entendo.

4- Henrique sobe de produção aos poucos no Fluminense. E ninguém reconhece.

5- Fluminense entrou nas negociações de forma ousada. Às vezes com valores a meu ver exagerados. Alguns reforços chegaram, outros não quiseram vir. Faz parte. Não dá pra dizer que não tentou.

6- Depois de todos os reforços regularizados, com condições físicas para entrar em campo, escalaria o Flu assim: Diego Cavalieri, Jonathan, Renato Chaves, Henrique e William Matheus; Edson, Douglas, Gustavo Scarpa, Marquinho e Marcos Jr; Henrique Dourado.

Por Explosão Tricolor

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