Através de uma votação realizada na noite de ontem, o Conselho Deliberativo do Fluminense aprovou por maioria de votos uma suplementação orçamentária (medida para cobrir gastos além dos previstos para este ano) no valor de R$ 12.309.079,89 para fechar as contas de 2016. Os gastos extras de setembro a dezembro foram nomeados como “despesa pessoal”, “encargos sociais”, “impostos e taxas”, “despesas gerais”, “despesas com servições de terceiros”, “despesas com jogos” e “outras despesas”. Com 150 conselheiros aptos a votar, ocorreram apenas 3 abstenções. O placar final ficou 136 x 11. O orçamento de 2017 está em aberto e deve ser votado apenas em março.
De acordo com o portal GloboEsporte.com, a oposição que é representada por 15 conselheiros da chapa derrotada na última eleição presidencial do Fluminense, representada pelo advogado Mário Bittencourt, fez alguns questionamentos através de um parecer. Confira abaixo:
– A data em que foi feita a votação é posterior aos gastos e ao término da gestão do presidente Peter Siemsen. O votantes deveriam ser os antigos membros dos conselhos fiscal e deliberativo, e não os atuais;
– Não envio de informações para a deliberação do orçamento de 2017 com 15 dias de antecedência, como prevê o estatuto interno;
– Apresentação dos valores de maneira genérica, o que dificulta uma análise mais profunda;
– O orçamento estimado e aprovado foi de R$ 86 milhões. Em 2016, o Fluminense negociou atletas como Fred e Diego Souza com o objetivo de reduzir despesas. Ao mesmo tempo, contratou Henrique, Marquinho, Henrique Dourado, Wellington, Dudu, Danilinho, William Matheus, Aquino, Maranhão, Renato e outros, além de ter demitido dois treinadores e suas comissões. Parece que não houve um planejamento adequado e o excedente relativo ao custo da folha de pagamento é decorrente desta situação;
– Sobre as premiações, o Fluminense terminou o Brasileiro com uma sequência de dez jogos sem vencer. Totalizou 11 empates e 15 derrotas. É preciso explicar o por quê o provisionamento com premiações não foi suficiente, face ao baixo desempenho da equipe também no Carioca e na Copa do Brasil;
– As despesas referentes à contratação de comissão técnica através de pessoa jurídica correspondem a que valor dentro do acréscimo solicitado? Esse valor já inclui toda a quitação do contrato com a equipe do Sr. Levir Culpi, ou ainda há dívida a ser paga?
Os conselheiros da situação alegam que o pedido de suplementação foi devido aos seguintes motivos:
1 – Reforma do Estádio Giulite Coutinho para utilização de jogos no segundo semestre
2 – Formação do time de vôlei para a Superliga feminina
3 – Aceleração da obra do Centro de Treinamento do Fluminense
4 – Aquisição do STK Samorim
5 – Rescisões das carteiras de trabalho dos treinadores Levir Culpi e Eduardo Baptista
6 – Aumento de impostos (o clube passou a pagar mais por CLT)
Além das justificativas citadas acima, alguns membros da alta cúpula do clube alegam que a ausência de bilheteria, patrocínio master e a dívida milionária da fornecedora de material esportivo são outros motivos relevantes para o pedido de suplementação que será de cerca de R$ 12 milhões. Vale destacar, que recentemente foi divulgado que a Dryworld estaria devendo ao Fluminense uma bolada de R$ 11 milhões.
Por Explosão Tricolor
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