Aderindo ao preço baixo!




Foto: Vinicius Toledo
Flu precisará da sua torcida (Foto: Vinicius Toledo/Explosão Tricolor)

“Quer pagar quanto?”. Há alguns as Casas Bahia lançou este comercial em que dava enfoque à principal política de vendas da gigante do setor de utilidades domésticas. A propaganda, um sucesso na época, gerou discussões jurídicas porque se imaginava que ela poderia levar o consumidor a erro acreditando que, por exemplo, com um real, poderia comprar uma TV tela plana. Atualmente, se essa mesma pergunta fosse feita aos torcedores do Fluminense, certamente haveria muita gente disposta a pagar caro pelo ingresso das partidas do time.

No sábado passado, Vinícius Toledo lançou um manifesto em que propunha à diretoria a diminuição no preço do ingresso para a partida contra a LDU. Na visão dele, as últimas aparições do Fluminense esvaziaram a pouca vontade que a torcida ainda tinha de comparecer ao estádio, o que pode redundar em um fiasco de público contra os equatorianos.

Ontem, a Young Flu, maior torcida organizada do clube, escreveu uma carta aberta ao presidente Pedro Abad propondo ingressos a preços populares no próximo jogo da Copa Sul-Americana. A principal razão: é neste torneio que temos a maior chance de título e, para que isso se concretize, a presença da torcida é fundamental.

Por diversas vezes já escrevi que a torcida do Fluminense tem demonstrado cada dia mais apatia e até mesmo pouca interação com o time. Como exemplo, na coluna do dia 25.4.2017, denominada “Vamos lotar o Maraca”, descrevo diversas questões que jogam por água abaixo todas as desculpas do nosso torcedor para não ir ao estádio.

Mas agora é diferente. O time está jogando cada dia pior e o torcedor não tem paciência para ver um time desorganizado como o Fluminense. Se Abel Braga é bom para controlar grupo, é péssimo para organizá-lo em campo e, mesmo que as peças não sejam as melhores, o time não consegue empolgar ninguém. É um amontoado no gramado. 

Henrique Dourado é a esperança tricolor de fuzilar a LDU (Foto: Fluminense FC)

Por isso a importância do ingresso a preço popular. Se não temos estímulo para ir ao estádio por causa das sofríveis atuações da equipe, que pelo menos o valor do ticket não seja motivo de desculpa para a torcida.

Sim, todos sabemos que é caro jogar no Maracanã. Quando ele era da galera dava 100 mil pessoas facilmente em qualquer clássico. Os tempos são outros e os custos do estádio praticamente inviabilizam o seu uso. Mas, ainda assim, se a diretoria optou por jogar todas as partidas no local, deve fazer de tudo para enchê-lo, e isso, no atual momento tricolor, só é possível com a diminuição do preço do ingresso.

Honestamente, não sei qual valor exato para tornar a partida mais atrativa financeiramente ao público. Mas sei de uma coisa: se Abel Braga quis colocar um time reserva na Primeira Liga, que distribuía cerca de 3 milhões de reais em premiação, podemos abrir mão de um parte da receita prevista para o jogo a fim de garantir que a atmosfera vai ser a adequada para a batalha contra os equatorianos. Afinal, é a LDU, time que nos venceu em duas finais de torneios sul-americanos, incluindo a final da Taça Libertadores de 2008, de triste lembrança para os tricolores.

Apenas como exemplo, longe de comparar, cito o caso do Bayern de Munique da Alemanha. O time bávaro praticamente lota seu belo estádio em quase todas as partidas do campeonato nacional e o seu torcedor paga pouco mais de oito euros por jogo, ou cerca de 30 reais. E isso em um país cuja renda mensal média do trabalhador é infinitamente maior que a nossa. 

Por acaso, ontem à noite tive o prazer de assistir à partida do tenista argentino Juan Martin del Potro contra o austríaco Dominic Thiem, pelo US Open de tênis. O talentoso atleta europeu ganhou os dois primeiros sets por fáceis 6 a 1 e 6 a 2. O sul-americano venceu o terceiro. Na quarta parcial, Thiem vencia por 5 a 3 e teve dois match points em seu saque. O argentino estava gripado e com febre. Tudo para desligar a TV, certo? Errado! A torcida efervesceu o jogo e Del Potro conseguiu uma virada espetacular. Os argentinos não paravam de gritar um único minuto e criaram um ambiente fantástico no local, levando o seu ídolo à vitória do quarto e do quinto set, avançando para a próxima fase do torneio.

Ou seja, um estádio lotado pode animar novamente a equipe e trazer o alto astral que anda em baixa nas Laranjeiras. Para isso, o preço baixo do ingresso é o único meio de atrair a turma para o Maraca. Parafraseando a Young Flu, se não dá pra ir no talento, vai na garra!

Ser Fluminense acima de tudo!

Toco y me voy:

1 – Dez dias sem jogo. Dá pra organizar a equipe. Ainda acredito na capacidade tática de Abel Braga.

2 – Vi alguns torcedores criticando Gustavo Scarpa porque ele disse que tem vontade de atuar na Europa. Hipocrisia! Todos querem subir nas suas profissões, e a Europa, infelizmente, ainda é o oásis do futebol.

3 – Perder de 2 a 0 para o Londrina não é o pior. Triste mesmo foi o baile!

4 – O time está tão ruim que estou com medo do Vitória da Bahia na próxima partida. Incrível!

5 – Por falar no jogo contra a LDU, alguém aí tem notícia de alguma ação do departamento de marketing? Aquele mesmo que só aprendeu a fazer propaganda para a aristocracia? Pelo bem das finanças do clube, espero que ele apareça logo.

Evandro Ventura

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