Enderson fala sobre Ronaldinho e revela “instrução especial”




Foto: Bruno Haddad / FFC
A ordem é rolar para o Ronaldinho Gaúcho (Foto: Bruno Haddad / FFC)

O técnico Enderson Moreira concedeu entrevista ao canal SporTV e foi questionado se existe algum tipo de “instrução especial” para os jogadores em relação a passar a bola para Ronaldinho. Para ele, isso é algo natural e que a recomendação é de sempre dar a bola no pé do craque, pois a chance de sair um lance de gol é maior.

– Nos primeiros jogos pode ter acontecido isso. Não vi isso ontem (domingo). É uma coisa natural. Você está jogando diante ou próximo de um grande ídolo e quer proporcionar a ele essa condição dele tocar na bola. Quando o Ronaldinho toca na bola, a possibilidade de sair uma jogada genial é enorme. Claro que há uma recomendação no sentido de sempre que ele estiver livre para executar o passe – disse.

Quando perguntado sobre qual seria o principal motivador para o Ronaldinho Gaúcho jogar futebol ainda, Enderson fez questão de exaltar as conquistas que o camisa 10 ganhou pelo mundo, mas lembrou de uma que ele ainda não tem e que talvez seja a grande motivação do craque.

– O Ronaldinho é um jogador extremamente realizado. Ganhou tudo. Talvez ele pudesse ser o melhor do mundo vários anos seguidos. Quem sabe em determinado momento ele tenha se desmotivado. É difícil saber o que motiva ele. Mas eu acho que esse é o maior desafio (Campeonato Brasileiro) – disse.

O treinador ainda garantiu que não existe nenhum tipo de regalias para Ronaldinho no clube. O tratamento de cada jogador é especial, cada um dentro do grupo tem seu jeito e precisa ser tratado da melhor maneira possível para que se consiga retirar o máximo de desempenho e com o Ronaldinho não é diferente.

– O que a gente não pode tirar é o poder de decisão dele. Não posso chegar no treino de bolas paradas e falar: “Bate assim na bola”. Não existe privilégio e sim tratamentos especiais para atletas especiais. É ter mais atenção. Saber que um jogador como ele não vai treinar todos os dias. É um carinho especial para a sequencia de jogos. É o cuidado de tratar um jogador que já tem 35 anos, para que ele possa produzir o máximo possível – disse

Sobre o meia não ter ainda balançado as redes e até mesmo a ausência de um entrosamento, Enderson pediu calma a todos e garantiu que esse tipo de coisa acontece com o tempo. São poucos dias de trabalho ainda e muitas alterações de peças no grupo.

– É um processo de adaptação. É uma coisa normal. O grande problema do Fluminense, talvez agora. É que durante o campeonato a gente teve mudança de peças. Saiu o Wágner. Vinicius acabou se machucando. O Giovanni teve uma lesão séria. A venda do Gerson de alguma forma mexe com ele. Tem o Kenedy que não conseguimos utilizar. Futebol não é uma coisa mágica. Não é com meia duzia de treinamentos ou 15 dias que você consegue um entrosamento ideal. Demanda tempo, observação. Você posiciona os jogadores, mas o conhecimento e a interação que eles tem um com o outro depende de confiança – disse.

Por Explosão Tricolor / Fonte: SporTV / Foto: Nelson Perez / Fluminense F.C.