Dirigente do Botafogo detona movimentos de Flamengo e Vasco pelo retorno do futebol: “Eles podem se tornar homicidas”






Dirigente do Botafogo se posicionou após os presidentes de Flamengo e Vasco da Gama, Rodolfo Landim e Alexandre Campello, respectivamente, se reunirem com o presidente da República, Jair Bolsonaro

Em entrevista ao portal “Globo Esporte”, o ex-presidente e atual membro do comitê executivo do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro, criticou as articulações feitas por Flamengo e Vasco para a retomada do futebol. Para o dirigente alvinegro, os dois clubes põem em risco as vidas de jogadores e funcionários ao agirem pelo reinício das atividades.

– Não tem justificativa para a volta do futebol. Estamos com um problema sério principalmente no Rio de Janeiro. No Brasil, estamos chegando perto de 1 mil pessoas (mortas) por dia. Todos os hospitais com problema. Não sei se as pessoas estão sendo irresponsáveis, homicidas ou se não estão regulando bem. O futebol não é atividade essencial. Os clubes têm que ser grandes dentro e fora de campo. É uma atitude de time pequenininho. Eles podem se tornar homicidas forçando uma barra dessas. Quem vai se responsabilizar se um atleta ou um funcionário passar para um membro da família, alguém em casa? Que protocolo é esse? As pessoas vêm treinar e, quando voltam, podem estar contaminadas. Já conversei com o Nelson (Mufarrej, presidente) e com todos. A posição do Botafogo é de não jogar. Acho que a posição de Flamengo e Vasco é fazer um Carioca só com eles dois, uma Copa do Brasil só com eles dois e um Campeonato Brasileiro só com eles dois – disse Montenegro.

Na manhã desta terça-feira (19), os presidentes de Flamengo e Vasco da Gama, Rodolfo Landim e Alexandre Campello, respectivamente, estiveram em Brasília para uma reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro. O encontro serviu para tratar da possível volta ao trabalho dos dois clubes no Distrito Federal. Mesmo durante a pandemia, o Mané Garrincha seria usado para treinos.

– Estão agindo por conta própria, ninguém procurou a gente. Porque eles sabem que a gente não é irresponsável. A gente pode ter problema, faltar dinheiro… Não temos o elenco do Flamengo, mas aqui não tem irresponsável. A síntese é a seguinte: isso é uma covardia com os jogadores, a comissão técnica e os familiares dessas pessoas todas – completou Montenegro.

A posição divergente no futebol carioca não é novidade. No início deste mês, a FERJ liberou os clubes a voltarem aos treinos. A iniciativa dividiu os quatro grandes do estado. A carta endereçada à opinião pública trouxe as assinaturas de Flamengo e Vasco, mas Botafogo e Fluminense se recusaram a participar.

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Por Explosão Tricolor

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