Um ano atípico




Foto: Reprodução / DAZN Brasil



O Fluminense só volta a entrar em campo daqui a uma semana e, até lá, só nos resta refletir sobre o que tem sido a temporada até aqui. Com uma série de três jogos sem vitórias, nos despedimos de 2020 com o sentimento de ambiguidade que reinou nas Laranjeiras durante boa parte do ano. Estamos na parte de cima no Brasileirão, mas, ao mesmo tempo, não nos sentimos seguros com o que temos visto pela televisão.

Iniciamos o ano disputando três competições: a Taça Sul-Americana, o Campeonato Carioca e a Copa do Brasil. Xingávamos da arquibancada o “trio parada dura” Matheus Alessandro, Lucas Barcelos e, já, Felippe Cardoso. Não sabíamos sequer isso poderíamos fazer a partir de meados de março.

Começando pela Sul-Americana, para matar a tarefa tão rápido quanto durou a nossa participação, fomos eliminados de forma vexatória para o Unión La Calera, um time de pouca expressão no Chile. Desta vez, não rolou nem aquelas quartas de final de praxe e um jogo épico no meio do caminho para a gente guardar na lembrança. Enfim, quem falar que jogamos uma competição internacional em 2020 estará mentindo.

Pelo Estadual, estávamos voando antes da pandemia… ao menos nos resultados. Me lembro agora de duas partidas destacáveis positivamente: o 3 a 0 diante do Botafogo e o insuficiente 2 a 3 contra o Flamengo. Contra o alvinegro, Nenê deu mostras de que seria o nosso artilheiro no ano e Wellington Silva jogou o futebol que deveria ter guardado para o decorrer do ano.

Depois que a Covid-19 desembarcou e foi muito bem acolhida pela Cidade Maravilhosa, nossas atuações nos jogos finais foram facilmente esquecíveis. Até ganhamos a Taça Rio com uma postura triste diante de um rival meio modorrento. Enfim, mais teria valido se, ao lado do Botafogo, não tivéssemos entrado em campo naquela semifinal do segundo turno, mas sim nos livros de história. Uma pena, porque ao menos fora de campo a nossa postura tinha sido digna de aplausos.

Um parágrafo a parte para Fred, que voltou ao clube na reta final do Carioca após ter sido chutado há alguns anos. Sem entrar nos méritos do custo-benefício do centroavante, é sempre bom ver um ídolo estufar as redes do Maracanã. 

Voltando para as competições, nossa participação também foi bastante aquém na Copa do Brasil, ainda que o Atlético-GO tenha motivos de sobra para se considerar o campeão carioca. Nos confrontos anteriores, levamos dois sustos. No terceiro, não sobrevivemos e fomos eliminados sem poder reclamar com deuses do futebol ou algo parecido. Na verdade, eles foram justíssimos, ainda mais do que na eliminação da competição internacional.

Chegamos para o Brasileirão com a moral mais em baixa do que em alta, sem um lateral direito e com o nosso melhor jogador com minutos contados. Mesmo com essas dificuldades, Odair Hellmann conseguiu montar um time competitivo e foi ganhando um pontinho aqui, outro ali, até encerrarmos o primeiro turno nas cabeças com poucas atuações de destaque. Nem dominávamos, nem éramos dominados por quase ninguém. 

Com a saída do treinador — saída não: o capitão abandonou o barco e deixou alguns dos seus marujos que a torcida bem conhece para trás… —, quem assumiu foi Marcão, que foi uma escolha natural da diretoria a meu ver. Além das boas atuações não terem dado as caras, os pontos também sumiram.

Nos últimos anos, nos acostumamos a passar os feriados de fim de ano sem querer saber do Tricolor, abatidos devido à briga contra a degola e com dúvidas em relação ao futuro de meio time titular. Desta vez, porém, seguimos na briga por uma vaga na Taça Libertadores e, na próxima quarta-feira (06), teremos a oportunidade de iniciar o ano com um jogo que poderá nos servir de impulso para as “finais” que teremos pela frente. 

Curtinhas

– Eu acho natural que o Fluminense tenha renovado com o Hudson até o fim da temporada. Até porque, para quem renovou com o Felippe Cardoso

 – O planejamento que devemos adotar para o Carioca de 2021 está claríssimo: Luan Freitas, Calegari, André, Martinelli, Miguel, Gabryel Martins, Luiz Henrique, John Kennedy etc.

 – A derrota no jogo de ida das quartas do Campeonato Brasileiro Sub-20 foi triste. Mas valeu demais ter visto o golaço do John Kennedy ao vivo. Quem ainda não viu, veja!

Uma garotada boa surgiu neste ano. Que surjam mais nomes em 2021.

– Feliz Ano Novo para toda a torcida Tricolor já de antemão!

Carlos Vinícius Magalhães

 

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Confira a agenda tricolor nos próximos seis jogos pelo Brasileirão da Série A:

28ª rodada

06/01 – Quarta-Feira – 21h30  – Flamengo x Fluminense – Maracanã

29ª rodada

13/01 – Quarta-feira – 21h30  – Corinthians x Fluminense – Neo Química Arena

30ª rodada

16/01 – Sábado – 19h  – Fluminense x Sport – A definir

31ª rodada

20/01 – Quarta-feira – 20h30  – Coritiba x Fluminense – Couto Pereira

32ª rodada

23/01 – Sábado – 19h  – Fluminense x Botafogo – A definir

33ª rodada

02/02 – Terça-feira – 20h  – Fluminense x Goiás – Maracanã

 

Agenda do Fluminense: datas e horários dos próximos jogos do Sub-17, Sub-20 e Sub-23

Sub-17

Copa do Brasil – Fase de Quartas de Final

JOGO DE IDA

06/01 (quarta-feira), 19h (de Brasília)

Atlético-MG x Fluminense – Sesc Alterosas – Belo Horizonte

JOGO DE VOLTA

10/01 (domingo), 18h15 (de Brasília)

Fluminense x Atlético-MG – Local a definir

 

Sub-20

Campeonato Brasileiro – Fase de Quartas de Final

JOGO DE VOLTA

04/01 (segunda-feira), 15h (de Brasília)

Fluminense x Flamengo – Laranjeiras – Rio de Janeiro

 

Sub-23

Campeonato Brasileiro – Fase de Semifinais

JOGO DE IDA

07/01 (quinta-feira), 15h30 (de Brasília)

Fluminense x Vila Nova-GO – Luso Brasileiro – Rio de Janeiro

JOGO DE VOLTA

14/01 (quinta-feira), 15h30 (de Brasília)

Vila Nova-GO x Fluminense – Onésio Brasileiro Alvarenga – Goiânia