
Um grande carrossel de emoções. Assim foi a história do Fluminense na Colômbia desde a última segunda-feira. Primeiramente, tudo conspirou contra em termos de logística. Em alguns momentos, a impressão passada foi a de que o Tricolor havia caído numa arapuca. Até a legislação local foi empecilho. No final das contas, tudo foi resolvido, mas há um desgaste emocional.
Contra tudo e contra todos, o Fluminense conseguiu chegar a Armênia. No campo, o ataque logo tratou de deixar o seu cartão de visitas. Boa jogada do Kayky, belíssima deixada de calcanhar do Nenê e mais um grande gol do Fred. Dei até um pulo do sofá e soltei um grito para estremecer a vizinhança!
É bem verdade que o time teve chance de ampliar, mas aos poucos foi cedendo espaço para o Independiente Santa Fe. Pelo lado direito, Calegari sofria com o Arias. No outro lado, Egídio deixava uma avenida. Já o Luiz Henrique teve que praticamente abdicar do ataque para se matar na marcação. Sob o ponto de vista tático, o garoto teve uma atuação gigante.
O segundo gol do Fred, que foi marcado logo no primeiro minuto da etapa final, me deu a esperança de que tudo estava dominado no Centenário. Ledo engano. Isso é Libertadores, é guerra! Não dá para achar que o outro lado está morto. O Santa Fe aproveitou uma bobeada do xerifão do Luccas Claro e diminuiu.
Sentindo a pressão, Roger Machado até realizou boas substituições, mas pecou por não ter tirado o Egídio, que já estava com um cartão amarelo e não vinha bem no jogo. Tudo bem que o próprio Egídio deu belo cruzamento para o Fred no lance do segundo gol, mas ainda assim, a atuação dele era muito ruim. Acabou que o camisa seis foi expulso na metade do segundo tempo.
Além do prejuízo de ficar com um a menos, Gabriel Teixeira, que havia entrado muito bem, acabou sendo sacrificado para a entrada do Danilo Barcelos. Pois é, o desenho para o sofrimento tricolor já estava pronto. O Santa Fe bombardeou, em especial, com bolas levantadas para a área.
Do meu sofá, o meu coração acelerava. Experiência terrível, pois uma coisa é estar na arquibancada no meio da massa pó de arroz, outra é estar sofrendo sozinho. Que Deus me dê muita saúde para seguir aguentando!
Na meta tricolor, Marcos Felipe se agigantava cada vez mais com grandes defesas e muita frieza pelo alto.
Lá na frente, Bobadilla dava aula de como encarar uma batalha de Copa Libertadores. Com toda a sua experiência, o nosso “El Tanque” cavava faltas e catimbava o jogo. Ele arrumou até marcação de jogo perigoso. Um guerreiro!
Todo esse drama foi encerrado com uma espetacular defesa do Marcos Felipe. E bota espetacular nisso!
É necessário ajustar algumas situações de ordem tática e até mesmo na escalação. Porém, vou deixar esse papo para outro dia. Hoje é para comemorar a vitória e exaltar o espírito guerreiro desse time.
Isso é Fluminense, isso é Copa Libertadores.
Que venha o Junior Barranquilla! E que o meu coração aguente as próximas emoções…
Forte abraço e ST
Vinicius Toledo
