Ponto importante e algumas observações




Cazares (Foto: Mailson Santana / Fluminense F.C.)



Não há como não considerar todo o contexto de tudo que aconteceu na viagem do Fluminense. Seria muita canalhice não levar todos os acontecimentos em conta.

Sobre a bola rolando, o jogo foi muito duro. Confesso que temi pelo pior nos primeiros quinze minutos. A bola parecia que estava pegando fogo nas chuteiras da rapaziada. O cenário ficou ainda pior com a marcação de um pênalti inexistente para o Junior Barranquilla. Não tenho dúvida alguma em afirmar que foi um dos erros mais grosseiros de um árbitro de futebol. No mínimo, o Sr. Julio Bascuñan deveria levar uma suspensão da Conmebol, mas… Complicado!

Ainda bem que a arma mortal da bola parada funcionou. É importante destacar o leve desvio do Luccas Claro, que foi decisivo para o Kayky marcar. Destaque para a frieza do garoto, que teve uma tranquilidade de veterano para finalizar.

O jogo ficou equilibrado, mas com grande clima de tensão. Muitas faltas e reclamações, mas isso foi reflexo da péssima arbitragem, que estragou o jogo.

Nos primeiros minutos da etapa final, a partida ficou bem franca, mas depois caiu bastante de produção. Diante de todo o contexto, o empate foi justo e o ponto conquistado acabou sendo precioso, pois ele foi o suficiente para manter o Fluminense na liderança do grupo D da Copa Libertadores da América já que o River Plate empatou sem gols com o Independiente Santa Fe.

Sobre as individualidades, seguem algumas observações:

1 – Marcos Felipe segue muito firme e seguro.

2 – Os laterais deixaram a desejar no apoio, mas acredito que a má performance do meio de campo tenha contribuído para isso.

3 – Nino e Luccas Claro foram muito bem. Alguma surpresa nisso?

4 – O meio de campo segue terrível. Sigo achando que o Martinelli deveria atuar mais avançado, pois ele encosta muito bem no ataque e sabe finalizar bem. De qualquer forma, o garoto  mais uma vez demonstrou nervosismo e errou muitos passes. Yago Felipe é outro que vem deixando a desejar. Só correr não adianta. Cadê a transição eficiente? Por último, o Nenê, que não consegue executar a função de meia de ligação e se sustenta por conta da bola parada.

5 – Cazares entrou bem. Foi o cara que tentou os passes e lançamentos mais difíceis. Acredito que se der uma sequência ao equatoriano, a situação do meio de campo melhorará. Eu montaria o meio de campo com um cabeça de área, Martinelli e Cazares. Acho que a bola rolaria melhor…

6 – Fred é o reflexo do jogo coletivo do time, ou seja, no dia que o meio de campo não cria, os laterais não apoiam com desenvoltura e os pontas se sacrificam na marcação, é impossível qualquer camisa nove aparecer. Ainda assim, apareceu bem nas duas únicas bolas que recebeu com uma condição mínima para finalizar.

7 – Não é de hoje que questiono essa formação com três atacantes, pois os pontas se destacam mais pela entrega na marcação do que pela construção de jogadas. Um losango no meio de campo com o Kayky ou Luiz Henrique livre no ataque e o Fred enfiado na área adversária pode ser uma alternativa melhor.

Forte abraço e ST!

Vinicius Toledo

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