Teimosia perigosa




Roger Machado (Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.)



Mais uma vez, o Fluminense foi engolido por um adversário. Porém, ao contrários das ocasiões anteriores, o Marcos Felipe não fez milagre e o ataque não teve a frieza para balançar a rede adversária.

No  primeiro tempo, o Junior Barranquilla mandou e desmandou no jogo. Os colombianos apresentaram mais apetite pela vitória. Já o Tricolor voltou a mostrar problemas de posicionamento consequentes de um esquema tático que acaba com vários pontos fortes da equipes. Não é de hoje que condeno essa equivocada formação com três atacantes.

Primeiramente, os pontas têm que se matar na marcação e na recomposição, ou seja, viram auxiliares de laterais. Em certos momentos, eles ficam até atrás dos laterais.

No meio de campo, Martinelli e Yago Felipe ficam totalmente sobrecarregados. Sendo assim, em diversas ocasiões, na ânsia de tentar levar o time ao ataque, acabam deixando a defesa exposta.  Além da exposição da defesa, o ataque quase não recebe a bola em boas condições.

Pois é, a sequência de resultados positivos acabou minimizando esses problemas, que sempre foram mencionados aqui no espaço.

Ainda sobre a derrota para o Junior Barranquilla, o resultado foi justo. No primeiro gol, Luccas Claro, que caiu de produção nos últimos jogos, falhou. Em relação ao segundo gol colombiano, não achei falha do Marcos Felipe. No máximo, pode ter faltado um pouco de rapidez e elasticidade, porém, é importante considerar que a finalização foi muito bem dada.  

A situação do Fluminense, que era confortável, ficou um pouco complicada. O River Plate até está em condições precárias por conta do surto de Covid-19, mas não dá para dar sopa para o azar. É necessário um empate para avançar às oitavas de final da Libertadores, porém, também é necessário que o técnico Roger Machado reveja a questão tática e deixe a teimosia de lado. Já passou da hora de dar uma povoada no meio de campo. Um 4-4-2 pode dar o equilíbrio ao time e, consequentemente, fazer com que algumas peças apresentem um rendimento melhor.

Sugestão:

No 4-4-2, eu tentaria o Samuel Xavier na lateral-direita e Calegari no meio de campo com Martinelli, Yago Felipe e Cazares. A minha escalação seria a seguinte: Marcos Felipe; Samuel Xavier, Nino, Luccas Claro e Egídio; Calegari, Martinelli, Yago Felipe e Cazares; Kayky e Fred.

Observações:

1 – O Danilo Barcelos é muito fraco tecnicamente. O drama na lateral-esquerda segue com força em 2021. Não é possível que a diretoria não esteja procurando alguma opção no mercado. Sobre o Jefté, que seria uma opção, gostaria de vê-lo em campo, porém, isso deveria ter sido feito durante a fase classificatória da Taça Guanabara. Agora, acho que só no Brasileirão.

2 – Tem que botar a molecada para treinar finalizações. Nos dois últimos jogos, o Fluminense deixou de fazer alguns gols decisivos por contas das péssimas finalizações, em especial, do Kayky e Luiz Henrique.

Forte abraço e ST

Vinicius Toledo



Grupo D – Copa Libertadores (ative a rotação automática do celular para ver a tabela completa)

TIMES P J V E D GP GC SG %
1 Fluminense Fluminense 8 4 2 2 0 6 4 2 66
2 Junior Barranquilla Junior Barranquilla 5 4 1 2 1 4 4 0 41
3 River Plate River Plate 5 4 1 2 1 3 3 0 41
4 Independiente Santa Fe Independiente Santa Fe 2 4 0 2 2 3 5 -2 16