Honraram o Fluminense

Ir ao Maracanã para assistir o Fluminense é algo que sempre curti desde os meus cinco anos de idade. Meu saudoso pai, o velho Dr. Toledo (quanta saudade do meu coroa!), me vestia todo de tricolor e caminhávamos da Rua Haddock Lobo até o velho Maracanã. Nuvem de pó de arroz, arquibancada lotada com mais de 100 mil pessoas, Careca do Talco zoando geral, desfile de bandeiras, torcida cantando “A benção João de Deus”… Bons tempos, que se Deus quiser, jamais serão apagados da minha memória! 

Sobre o jogo de ontem, uma confirmação: a bipolaridade de um time que jogou quando quis nesta temporada. Um primeiro tempo horroroso, onde o Internacional nos dominou completamente e poderia até ter dado uma goleada histórica. Confesso que me deu medo e muita raiva de mim mesmo por estar ali presente assistindo aquele show de apatia, falta de vergonha na cara e total descompromisso com o Fluminense.

Para piorar ainda mais a situação, eu e os outros tricolores fomos torturados ao ter que assistirmos o show de perebadas do Sr. Wellington Paulista! Pelo amor de Deus, Mário Bittencourt! Desfaça essa lambança e arrume algum clube para este rapaz. Wellington Paulista no Fluminense incomoda até o Oscar Cox e o João de Deus. Tento até imaginar uma crônica do eterno Nelson Rodrigues sobre este pereba que tanto nos irrita. 

Apesar da expulsão do inútil do Osvaldo, que é outro que está na bola da vez com a torcida do Fluminense, o time voltou para o segundo tempo ligado no “220”. E vou falar uma coisa: deu gosto de ver. Futebol é sensacional por causa disso, pois do nada, tudo pode mudar. No caso do Fluminense, mudou radicalmente. Mesmo com menos um em campo, o time encurralou o Internacional e jogou muita bola. Léo Pelé deu outra vida ao lado esquerdo, Wellington Silva foi pra dentro sem medo de ser feliz e o restante do time correu atrás de verdade. Cícero empatou e o Fluminense só não virou devido a falta de qualidade do Lucas Gomes, que chegava pelos lados com muita facilidade, mas pecava na hora do último passe ou de finalizar. 

Pelo espírito de luta apresentado na segunda etapa, o Fluminense merecia ter saído com a vitória. O torcedor tricolor saiu do Maracanã com a sensação de que poderia ter sido sempre assim durante o ano todo. Infelizmente, este mesmo time andou aprontando durante várias ocasiões. Alguns jogadores abusaram de brincar com o nosso Fluminense e o pior de tudo é que isso tem ocorrido desde 2013.

Que a lição tenha sido definitivamente aprendida pelos nossos dirigentes. Foram três anos seguidos sem títulos e recheados de fatos desagradáveis que causaram sérios prejuízos financeiros e morais ao Fluminense. Este triste período que parece não ter fim, pode ser a maior explicação do afastamento do maior patrimônio do clube: a torcida tricolor. 

A bola agora está contigo, Peter Siemsen. O caminho da profissionalização do futebol é a direção correta para o Fluminense voltar a ser forte novamente. Pense nisso com carinho e promova uma reformulação na filosofia de trabalho do futebol tricolor. Não há mais espaço para o amadorismo e nem politicagem na coisa mais sagrada do único clube de futebol do Rio de Janeiro.

EXPLOSIVAS DO GUERREIRO:

1 – Quero agradecer a sensacional recepção da Loreta Pinheiro (Imprensa), Marcelo (Marketing), José Soares (Subscrição) e Márcio (Subscrição) no camarote do IRB Brasil RE. Muito obrigado!!!

2 – Que juiz esquisito, hein! Esse veio ao Rio na má intenção. Não é choro, mas por mais que o Fluminense tenha sido incompetente durante o ano todo, não há como deixar de admitir que fomos bastante prejudicados no Estadual, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. Nos jogos decisivos do Estadual e da Copa do Brasil, o apito andou fazendo a diferença para os nossos adversários nos tirando das finalíssimas das duas competições.

3 – Boa estreia do Nogueira. Parece ter futuro!

4 – O Léo Pelé retornou muito bem para quem sofreu uma delicada cirurgia. Levo muita fé nele!

5 – Mais uma vez peço: não percam o Cícero!

6 – Valeu, Bruno Cabral! Foi um grande prazer tê-lo conhecido pessoalmente! E valeu pela moral! Um agradecimento também ao meu compadre Tovar que esteve comigo no Maracanã!

Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo / Explosão Tricolor

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