O contexto do Fluminense para o jogo contra o Atlético-MG não era nada animador, pois veio carregado de uma eliminação na Libertadores, demissão de técnico, pressão para não entrar na zona de rebaixamento, etc… Além do problemático contexto tricolor, o adversário chegou embalado pela liderança no Brasileirão e também pela atuação de gala diante do River Plate, pela Libertadores, inclusive, não tenho dúvida alguma em afirmar que, atualmente, a equipe mineira possui o time mais forte do futebol sul-americano.
Sob o comando técnico do Marcão, o Fluminense entrou em campo com praticamente o time-base da reta final do último Brasileirão. As únicas mudanças foram o Samuel Xavier no lugar do Calegari e André no de Nenê.
Infelizmente, o trabalho do Roger Machado não deixou pedra sobre pedra. Sendo assim, o Marcão acertadamente montou a estrutura tática do time com base no último trabalho dele, que terminou no final de fevereiro e rendeu uma vaga na Libertadores. Não à toa, o criticado Lucca ganhou uma vaga entre os titulares. É obvio que isso não agradou grande parte da torcida, mas pesou a questão da confiança do técnico no jogador por conta da questão tática.
No primeiro tempo, o Fluminense surpreendeu positivamente. Primeiramente, a entrega coletiva na marcação foi enorme. Segundo, a defesa esteve muito bem posicionada. Terceiro, o meio de campo apresentou forte pegada na marcação e boa transição. Por último, o ataque jogou com inteligência, em especial, o Fred, que fez excelente trabalho de pivô. A vantagem mínima obtida através do camisa nove premiou o bom jogo coletivo do Tricolor.
Apesar da vantagem inicial, já era imaginável que o segundo tempo seria diferente. Logo de cara, a intensa entrega apresentada no primeiro tempo cobraria o seu preço, pois o esforço físico foi no limite. Luiz Henrique e Lucca, por exemplo, correram uma barbaridade. A dupla foi de extrema importância tática, pois ajudou bastante na recomposição e ainda deu importante profundidade ao time.
Quando a bola rolou para o segundo tempo, não deu outra: o Atlético-MG veio com tudo. Porém, a área tricolor parecia algo impenetrável. Não à toa, os mineiros ameaçaram na maioria das vezes através de finalizações de fora da área.
Abel Hernández, que entrou no lugar do Fred após o intervalo, não conseguiu segurar a bola lá na frente, conforme o veterano muito bem fez na etapa inicial. O uruguaio brigou com a redonda em algumas ocasiões… Gabriel Teixeira, que entrou no lugar do esgotado Luiz Henrique, também não esteve nada bem, inclusive, desperdiçou a grande chance de liquidar a fatura quando o Fluminense ainda vencia por 1 a 0. Como castigo, o Atlético-MG empatou logo depois. Nos quinze minutos finais, o Fluminense voltou a respirar melhor, inclusive, o jogo ficou aberto, mas terminou com o placar de 1 a 1 mesmo.
Sendo bem sincero, gostei do que vi. A impressão que tive é a de que após um longo período de anti-futebol, o Fluminense voltou a jogar bola, em especial, no primeiro tempo. Com todas as peças à disposição, acredito que o desempenho teria sido ainda melhor, pois o Caio Paulista seria mais uma opção para sustentar bem a proposta tática idealizada pelo Marcão. Poderia até incluir o Arias, que é forte pelo lado esquerdo, mas como o colombiano está chegando agora, prefiro aguardar a bola rolar para avaliá-lo melhor.
Só tempo vai dizer se o Marcão mais uma vez dará conta do recado, mas uma luz no fim do túnel já é visível. Bom sinal.
Observações:
– Grande atuação do Marcos Felipe.
– Quem também mandou bem foi o Nino.
– O Martinelli voltou, André jogou de terno, Yago é de ferro e o Nonato estreou bem.
– Luiz Henrique e Lucca foram de extrema importância tática.
– Boa, boa, boa! Boa, Marcão!
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Forte abraços e ST


