Veja todas as perguntas e respostas da entrevista coletiva do Fernando Diniz após a vitória do Fluminense sobre o Resende




Fernando Diniz (Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense F.C.)



Coletiva

Confira a entrevista coletiva completa do técnico Fernando Diniz após a vitória do Fluminense sobre o Resende por 2 a 0, em duelo válido pela primeira rodada da Taça Guanabara 2023:

Pedido de uso da bola longa

– Bola longa sempre foi parte da nossa estratégia do jogo. É um equívoco achar que a gente só joga com bola curta. Como o campo estava ruim nós fizemos isso. Esse (Resende) é um time que já estava treinando há algum tempo e havia feito quatro amistosos, nós acompanhamos todos para montar a estratégia para hoje. Toda vez que for melhor fazer bola longa nós vamos fazer bola longa. Nunca teve a prerrogativa de jogar apenas por baixo. Tivemos a inteligência de fazer o que o jogo estava pedindo. Soubemos alongar as bolas quando foi necessário e ganhamos de um adversário difícil – afirmou.

Preparação física e 50 dias de férias

– Acho que começamos muito bem quando fizemos a programação de ter estendido um pouco a nossa ausência de maneira presencial. Temos que dar parabéns para a parte da preparação física e fisiologia… Demos as férias que tínhamos que dar e começamos um trabalho remoto que é muito interessante. Quando voltamos, foi com um time em boas condições físicas e muito saudável mentalmente. Fiquei satisfeito com a decisão conjunta que tomamos e a adesão dos jogadores, que conseguiram cumprir o programado.

– Não ficamos de férias 50 dias. É uma bobagem de quem fala isso, muito pelo contrário. Acho que acertamos e a prova foi iniciar a forma que iniciamos a temporada, contra um time difícil. Vocês sabem que início de temporada sempre pegamos times com mais tempo de treino e a tendência é sofrer mais do que o sofrimento de hoje. Não tivemos jogador com cãibra, nem lesionado. A equipe fez um gol jogo e poderia ter ganhado com um placar mais elástico. Fiquei muito satisfeito com o que vi hoje.

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Reservas

– Sempre tivemos um banco bom. Às vezes os jogadores demoram um pouco para poder adquirir o melhor ritmo. O Alan e o Marrony desse ano não são os mesmos do ano passado. Todos os jogadores melhoraram de quando chegaram para agora. Tivemos uns acréscimos que escolhemos a dedo como Keno, Lima e todos que chegaram, Jorge, Guga, Vitor Mendes. Todos que chegaram, o garoto Giovanni, que era da base do Santos e foi muito cedo para o Ajax e não se firmou lá, mas é um menino de muita qualidade. Demos, de fato, uma qualificada no elenco, mas o grande reforço foi a manutenção do time e o pessoal que estava aqui e tinha chegado de fora, como Alan e Marrony, também melhoraram muito. Estamos, de fato, um time mais coeso. Isso aumenta nossas perspectivas de maneira positiva para esse ano.

Pontos positivos e o que a equipe ainda tem a evoluir?

– O que a equipe tem a evoluir é mais com a sequência de jogos. Porque tecnicamente, mais do que fisicamente, o timing que saímos, vamos precisar de mais tempo de treinamento e de jogo para adquirir. Para iniciar a temporada, acho que tá muito bom. O que gostei muito foi a entrega e entendimento de que precisávamos nos dedicar e respeitar muito o Resende. A partir do momento que respeitamos nosso adversário como tem que ser feito, aumentamos nossa chance de ter êxito. Tínhamos que encarar o Resende como encaramos Flamengo, Palmeiras… Por isso não tivemos surpresa no jogo.

– A parte a melhorar acho que é a própria sequência de trabalho e de jogos para os jogadores terem um pouco mais de refino e também de condição física para não afogar tão rápido e ter que ficar superando o tempo todo porque às vezes falta o gás.

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Melhor time que já trabalhou?

– Evito rotular. Pra mim, o melhor time é sempre o que tenho. O melhor era o Fluminense que tive ano passado, agora é o desse ano, quando estava em outras equipes era o que tenho em minhas mãos. Esse, de fato, é o melhor que estou trabalhando agora. Ainda estamos num período de pré-temporada. Trabalhamos cerca de 10 dias presencialmente para esse jogo. Então vamos, praticamente, jogar e fazer pré-temporada ao mesmo tempo.

Sempre digo que o maior treino é o jogo. Não tem como a gente treinar da mesma forma que joga porque o desgaste é muito grande. Sempre procuramos nos aproximar do jogo, mas jogar é diferente de treinar. Por mais que façamos o treino com intensidade, é diferente porque não tem o aspecto emocional e nunca vai ter no treino porque não vale três pontos. Dificilmente você faz um treino de 90 minutos, tampém. Tem muita coisa incontrolável no jogo. Jogar é a melhor forma de treinar. Todos esses jogos iniciais fazem parte da pré-temporada.

Apoio da família

– O que o futebol me traz de negativo é a ausência da família. Como estamos no período de férias, eles podem estar perto, então é uma alegria muito grande. Faltou só minha esposa e minha filha. Sempre que podem eles vêm e estão no estádio.



Por Explosão Tricolor

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