Liga Forte Futebol recebe oferta bilionária de gestora norte-americana; veja os valores e entenda a negociação






Oferta foi aprovada pela LFF no fim do ano passado

A proposta aprovada pela Liga Forte Futebol (LFF) em dezembro de 2022 teve detalhes revelados nesta segunda-feira (30). A gestora norte-americana Serengeti ofereceu cerca de R$ 4,85 bilhões para se tornar sócia da potencial liga de clubes do futebol brasileiro e tem prioridade nas negociações. A informação é do portal Globo Esporte, que teve acesso à prévia do contrato.

A negociação entre as partes prevê a formatação da liga como uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), da qual fariam parte os clubes. Caso a oferta de investimento seja aceita, os dirigentes venderiam uma participação de 20% sobre o negócio para a Serengeti. A empresa, então, se tornaria sócia na gestão do futebol.

A proposta rivaliza com os US$ 900 milhões oferecidos pelo Mubadala Capital por um percentual entre 10% e 20% da Liga do Futebol Brasileiro (LIBRA).

Em dezembro, o prazo estipulado pela Liga Forte Futebol para conclusão das tratativas era de até 90 dias, ou seja, até o fim de março. Neste período, mesmo com a aprovação da proposta inicial da Serengeti, o grupo de clubes tem liberdade de analisar e seguir negociação com outros interessados no caso de ofertas superiores.

Como seria o investimento da Serengeti?

A gestora americana promete o pagamento dos R$ 4,85 bilhões em três parcelas: R$ 2,4 bilhões no momento da assinatura da sociedade, R$ 1,2 bilhão após 12 meses e mais R$ 1,2 bilhão após 18 meses. Vale destacar que esses termos serão válidos apenas se a liga de clubes tiver, no mínimo, 36 representantes no Campeonato Brasileiro e na Série B em 2023.

Caso a adesão seja menor e ficar entre 22 e 35 clubes, o valor do aporte será reduzido para R$ 2,18 bilhões por 20% da liga. Os dirigentes têm até 30 de abril deste ano para decidir quantos e quais clubes fariam parte da liga, a fim de definir a quantia.

Além do aporte bilionário a ser dividido entre os clubes, a Serengeti estuda depositar R$ 350 mil para cada integrante do Forte Futebol como um “gesto de boa vontade”. Este repasse só ocorrerá se pelo menos 22 clubes aceitarem os termos. Caso a liga não seja concretizada, o dinheiro precisará ser devolvido à empresa.

Como seria a administração da Liga?

A sociedade entre clubes e Serengeti concentraria todos os direitos de transmissão e teria um departamento comercial para comercializá-los.

A expectativa é que a administração tenha diretoria formada por cinco pessoas. A Serengeti seria responsável por apontar dois nomes, incluindo o presidente. Outros dois diretores seriam indicados pelos clubes. O quinto membro deveria ser independente.

O retorno financeiro aos clubes e investidora viria pela distribuição de lucros. O valor total arrecadado pela venda dos direitos de transmissão seria a base do cálculo. Após subtrair custos de administração e impostos, o montante restante seria distribuído de acordo com o percentual sobre a liga.

Confira abaixo os clubes que compõe a Liga do Futebol Brasileiro (LIBRA) e a Liga Forte Futebol (LFF): 

LIBRA (18 clubes) LFF (26 clubes)
Bahia ABC
Botafogo Athletico-PR
Corinthians Atlético-MG
Cruzeiro América-MG
Flamengo Atlético-GO
Grêmio Avaí
Guarani Brusque
Ituano Chapecoense
Mirassol Coritiba
Novorizontino Ceará
Palmeiras Criciúma
Ponte Preta CRB
Red Bull Bragantino CSA
Sampaio Corrêa Cuiabá
Santos Figueirense
São Paulo Fluminense
Vasco Fortaleza
Vitória Goiás
Internacional
Juventude
Londrina
Náutico
Operário
Sport
Tombense
Vila Nova



Por Explosão Tricolor / Fonte: Lance!

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