Dois exemplos de compromisso e respeito com o Fluminense

Nos últimos anos, tem sido muito frequente o torcedor do Fluminense reclamar da visível falta de vontade de alguns dos nossos jogadores. Muitos foram os jogos em que fomos sacaneados pelo time com atuações descompromissadas e sem qualquer tipo de reação de indignação com as derrotas. Jogadores desfilando em campo, um perguntando para o outro se o time estava classificado, mesmo levando um sacode de 5 a 2 para o América-RN, em pleno Maracanã, e tantas outras situações constrangedoras. Nessa brincadeira, o Fluminense perdeu. E perdeu muito…

Hoje, o time venceu o América. Jogou bem? Deu para o gasto. Não vi ninguém se omitindo, mas a bagunça e a desorganização, em especial, no setor defensivo, ainda é grande. De qualquer forma, foi bom ver o Diego Cavalieri dar uma saídas seguras pelo alto e fazer duas grandes defesas. Esse é o “Paredão da 12” que a torcida tanto deseja. Confiança, Cavalieri, confiança… Aos trancos e barrancos, o Fluminense conseguiu a classificação para o decisivo octogonal da Taça Guanabara. Convenhamos: não fez mais do que a obrigação…

E por falar em obrigação, quero falar sobre o personagem da semana do Fluminense: Levir Culpi? Não. O cara da semana foi o Magno Alves. Tudo bem, o Magnata nunca foi um grande craque. Mas uma coisa ninguém pode deixar de admitir: respeita o Fluminense. E respeita muito. Muitas vezes fora até do banco, o velho guerreiro artilheiro jamais desistiu. Fez o nosso único gol, na última edição da Florida Cup, salvou o time diante do Friburguense e marcou um golaço no América, que garantiu a nossa vitória. 

Podem falar à vontade, mas a verdade é uma só: se todos os jogadores do Fluminense tiverem 70% do comprometimento e vontade do Magno Alves, este time será outro. O coroa de 40 anos tá dando de dez na maioria. É claro que ele não aguenta o tempo inteiro, mas é bom saber que podemos contar com um cara que respeita a nossa história e dá a vida em campo pelo Fluminense. Espero que essa energia do Magnata se espalhe para o restante do elenco para que possamos engrenar de vez em 2016.

O Fluminense ainda precisa do Magno Alves. E não há vergonha nenhuma em afirmar isso. Ele é dos nossos. E sempre será. Quem viveu a maldita segunda metade dos anos 90, sabe muito bem disso. E como sabe… Ainda sobre compromisso e respeito, deixo registrado o meu agradecimento ao Marcão, outro que tem uma fortíssima identidade tricolor e sempre esteve 100% comprometido com o clube. Cumpriu muito bem a sua missão nestes dois jogos.

Que estas duas figuras históricas do Fluminense sirvam de exemplo para o restante do time.

E só para não perder a chance: “Ah, Magno Alves!” e “Marcão, seleção!”

Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo / Explosão Tricolor 

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