Em texto, colunista do UOL celebra vitória do Fluminense e compara Dinizismo com Psicodelia






A coluna “Dinizismo e Psicodelia”, publicada no portal UOL Esporte, pela jornalista Milly Lacombe, abordou a trajetória do técnico do Fluminense, Fernando Diniz, no futebol e sua influência na maneira como algumas equipes jogam atualmente. Confira o texto na íntegra:

“Críticos dirão que é exagero. Que estou tomada por hipérboles. Que enlouqueci. Pois insisto: O Dinizismo abre nossos portais da percepção (Salve Aldous Huxley). Dinizismo é uma forma de sentir o jogo mais do que jogar ou analisar o jogo. Dinizismo não fala de números, passes certos, assistências e nem mesmo de percentual de posse de bola. Esqueçam as objetividades. Fechem os olhos e sintam. É a massa em transe na arquibancada. Escutaram? É aquela cena de Guerra nas Estrelas em que Luke Skywalker é orientado a desligar as máquinas e seguir a intuição. É o sagrado diálogo entre time e torcida. 

É movimento, deslocamento, criatividade. É a insistência pelo gol a despeito do placar. É pura meditação: viver no presente, nesse instante, nas múltiplas camadas do agora. É anti-ChatGPT, anti-algoritmo, anti-sistema. É toque de bola.É Brasil – o Brasil das frestas, do samba, da capoeira, das rezadeiras, dos terreiros. Podem tentar explicar quanto quiserem.

Tentem colocar em dados, planilhas. Falem de performance, processos, gestão. Acabem-se na busca de colocá-lo em uma caixa e rotulá-lo. Quem entendeu o Dinizismo não sabe explicá-lo. Quem sabe explicá-lo não entendeu. Wabi Sabi. Futebol a gente não vê; futebol a gente sente (salve Sergio Vaz). Foi só um a zero contra o fraco The Strongest, dirão os fixados nas objetividades. Esqueçam o placar: foi muito mais do que isso. Foi amor em estado puro. Vida longa ao Dinizismo”.

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Por Explosão Tricolor

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