Para encerrar…




Ganso (FOTO DE MARCELO GONCALVES/FLUMINENSE FC)



(por Vinicius Toledo)

O Fluminense está eliminado da Copa do Brasil. E o que é pior: para o bagunçado time do Flamengo. Escutei e li vários desabafos de tricolores aqui no site e nas redes sociais para apontar os culpados.

A eliminação não me surpreendeu por conta do atual contexto tricolor. Quem me acompanha com frequência aqui no site e no canal do YouTube, sabe que sempre falei o seguinte: “O Fluminense completo tem time para encarar de verdade qualquer adversário na América do Sul, porém, o elenco é limitado”.

Pois é, a questão do elenco é fundamental para quem se propõe a encarar três frentes pesadas como a Copa do Brasil, o Brasileirão e a Libertadores. Basta olhar o histórico dos melhores elencos do país nos últimos anos: o máximo que conseguiram foi levantar duas taças.

No ano passado, quando cheguei a comentar que era para o Fluminense largar a Copa Sul-Americana e focar no Brasileirão e Copa do Brasil, uma turma me chamou de maluco. Mesmo com um elenco limitado, mas com um time bem treinado, deu para salvar uma terceira colocação e uma semifinal.

Nas últimas semanas, o elenco “berrou” através de uma sequência de lesões. O lado esquerdo foi para o Departamento Médico: Keno, Alexsander e Marcelo. Impossível o time resistir, mas, no caso do Marcelo, cabe questionar a gestão do Fernando Diniz e sua comissão técnica, pois o jogador foi escalado em cinco jogos seguidos…

Sem o trio do lado esquerdo, o Fluminense desceu a ladeira. Essa é a pura verdade. O Germán Cano praticamente parou de receber bolas, o Jhon Arias ficou sobrecarregado pelas pontas, Ganso começou errar passes, o time parou de fazer gols… um desastre em todos os sentidos, pois os substitutos são sofríveis.

Sobre o jogo, o Fluminense até teve a posse de bola, mas errou muitos passes, em especial, o Ganso. Além disso, o Cano recebeu duas bolas que, em condições normais, ele não perderia. O Flamengo acabou sendo mais eficiente e ficou com a vaga. Porém, vale lembrar o alerta que fiz aqui no site e no canal do YouTube ao longo dos últimos dias: a bola aérea na nossa área. O time sofreu mais um gol pelo alto.

A diretoria tricolor não pode deixar de ser esquecida, pois o Diniz pode até indicar um ou outro jogador, mas a decisão não é somente dele. O desperdício de dinheiro em jogadores como o Alan e Thiago Santos, que não são baratos, é algo que precisa ser lembrado também nessas horas, inclusive, a questão financeira do clube acabou passando batida nos últimos meses por conta da velha cultura da “bola está entrando e o povo está feliz”. É o que falo há anos: “Dinheiro tem, é pouco, mas tem, entretanto, algumas escolhas são inexplicáveis e impactam no campo. A bola não entra por acaso”. 

O momento não é nada bom, mas agora é a hora de respirar fundo, buscar o equilíbrio e reorganizar a casa. O Fluminense tem um Brasileirão pela frente e uma Libertadores. É trabalhar intensamente para recuperar os lesionados para que eles possam estar à disposição o mais rápido possível.

Para encerrar, sou contra qualquer movimento de caça às bruxas por conta da eliminação na Copa do Brasil, entretanto, questionamentos e cobranças devem ser feitos sempre. O Fluminense completo tem time para brigar no pelotão de frente do Brasileirão e ir longe na Libertadores, porém, a comissão técnica precisa pensar em novas alternativas e, principalmente, a diretoria necessita contratar reforços de verdade…

Forte abraço e ST



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