Discussão com torcedores, aproveitamento de Xerém, Jefté, Diogo Barbosa… leia a entrevista coletiva de Eduardo Barros






Eduardo Barros concedeu entrevista coletiva no Maracanã

Responsável por substituir o suspenso Fernando Diniz, o auxiliar técnico Eduardo Barros concedeu entrevista coletiva após a vitória do Fluminense por 2 a 1 sobre o Bahia, na noite deste sábado, no Maracanã, em jogo válido pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. Confira abaixo todas as respostas:

Clima ruim no Fluminense?

“Chegou com muita estranheza, porque o ambiente do clube talvez seja um dos melhores que já presenciei. A relação da comissão técnica da casa com a que foi contratada é excelente. Faz alguns dias que estávamos todos abraçados no aniversário de um jogador. Como que alguém tem a intenção de gerar uma especulação que não tem o menor sentido. Falei na entrevista prévia ao jogo convidando as pessoas a fazer um exercício que é muito feito em empresas para avaliar qualidade da comunicação.

Se o primeiro dessa sala fizer uma frase ou gesto simples até chegar na outra ponta… Façam esse exercício para ver que o que sair de uma ponta não terá relação com a outra. O telefone sem fio incomodou Keno e Felipe Melo porque nosso ambiente é ótimo. Outro convite é assistir à comemoração.

Isso não significa que não temos problemas a serem resolvidos. Temos muitos. E óbvios. O clube contratou um lateral-esquerdo porque perdemos um lateral-esquerdo por algumas rodadas e alguém que poderia fazer a posição se machucou. Nos reforçamos na janela que vai se abrir porque tivemos jogos importantes nas últimas semanas em que o elenco estava enxuto e sem tantas opções para o treinador escolher quem colocar para melhorar a equipe no jogo.

Para colocar um ponto final na história, quem se propõe a investigar o que está acontecendo no clube, investigue com mais qualidade. Para, na hora de divulgar uma informação, não contaminar aquilo que é mais bonito no trabalho do Fluminense, do Fernando Diniz com a torcida. Que a torcida que empurra o clube a se tornar o melhor clube dentro de campo, sem ter o maior orçamento.”

Vitória de virada 

“O gol, sofrido ou marcado, muda o jogo. O time que sofre o gol tende a se lançar um pouco mais e a equipe que fez o gol, muitas vezes, não precisa assumir postura tão ofensiva. Pelo momento que estamos vivendo, de, muitas vezes, até bons jogos e o resultado não acompanhando o desempenho da equipe, como o jogo contra o Corinthians e River Plate – porque se alguém acha que iria se impor no Monumental, não entende de futebol.



O jogo que fizemos com o River aqui, criando inúmeras oportunidades de gol como foi lá, como a bola do Lima… contra o Goiás ele fez um gol muito similar, entre outras como a chance do Arias, do Lima no primeiro tempo, do Cano de cabeça… Não é fácil, contra o River, produzir cinco ou seis chances de gol. Assim como não é fácil fazer o que fizemos nos primeiros 30 minutos contra o Bahia. Obrigamos o Danilo a fazer um nível de defesas muito alto. O gol, combinado com o momento que vivemos, afetou a equipe emocionalmente.

Tivemos um hiato em que a equipe não sustentou o desempenho que vinha apresentando. Apesar da expulsão a equipe termina o primeiro tempo mostrando sinais de recuperação, de conseguir ficar com a bola e fazer o Bahia não ter uma postura tão agressiva. E fizemos os ajustes que precisávamos mesmo com um jogador a menos.

Os jogadores estão muito unidos, fechados e mobilizados e não precisaria ter que afirmar essa questão em virtude do tanto que os caras correram hoje e contra o Atlético-MG o tanto que estão fechados com o treinador, que, infelizmente, por mais um erro de arbitragem, hoje não pôde comandar a equipe à beira do campo. A equipe foi brilhante nos minutos iniciais do primeiro tempo e teve uma merecida virada que soubemos sustentar até o fim do jogo.”

Discussão com torcedores em Volta Redonda

“Foi um erro meu responder ao torcedor e não xingá-lo ou ofendê-lo, mas eu deveria, de outra forma, me referir ao jogador. Ali eu estava tentando proteger patrimônio do nosso clube, que são os jogadores que vestem a armadura tricolor. Eles precisam de apoio, especialmente nos momentos mais difíceis, ainda mais com uma semana que sofremos a baixa do Manoel na segunda-feira, do Felipe Melo na terça e a do Marcelo no dia do jogo. Tivemos que fazer alterações para o jogo com o Atlético-MG que, inicialmente, não estavam nos planos.

Os jogadores começaram bem o jogo, só que o que eu escuto, quem está a cinco metros de mim também escuta. E isso foi afetando o desempenho dos jogadores ao longo do jogo. No momento que a gente precisa de apoio e suporte, como hoje. Poderíamos até ter virado, mas, da forma como viramos foi com o apoio do torcedor. O torcedor nos empurrou durante grande parte do jogo. Eles foram determinantes.

O que aconteceu entre mim e um torcedor específico que estava ofendendo alguns jogadores não representa a relação da comissão técnica e minha com o torcedor do Fluminense, que é uma relação linda do que a gente tem vivido aqui. Como o Felipe Melo bem destacou, isso elevou o Fluminense de patamar.

Antes de começar o Campeonato Brasileiro o Fluminense foi apontado como favorito, tendo 10º ou 11º orçamento do Campeonato Brasileiro. Em todos os canais que se discutiam sobre futebol, o Fluminense estava entre os três principais postulantes ao título. Numa sequência não tão boa, como a gente vem vivendo, especialmente quando joga bem e não ganha, a gente precisa de apoio do torcedor.”

Cano e Ganso poupados e escolha por Lelê

“O Lelê, nos últimos dois jogos (com Cano), teve que fazer uma função tática que não é a especialidade dele. Teve que jogar mais como segundo atacante do que centroavante. Contra o Goiás, talvez ele tenha sido nosso principal atacante em gerar chances de perigo, movimentar, atacar espaço e colocar o Cano em situação de gol. No jogo contra o Atlético-MG ele não produziu da mesma forma. Vou dar um elemento que pode ter impactado no jogo do Lelê contra o Atlético-MG: hoje o Marcelo deu algumas bolas com muita facilidade que geraram perigo para o adversário.

Quando não temos um canhoto para jogar por ali, a dinâmica do jogo muda completamente. É outro tipo de passe que a gente precisa encaixar. O Lelê estava ali para fazer o movimento, treinamos como seria, só que houve uma mudança de última hora. (…) O Lelê era o nome para iniciar porque nós precisávamos deixar Cano e Ganso, que são jogadores que não têm a mesma recuperação de jogadores mais jovens, muito mais frescos para o jogo decisivo – talvez o mais importante da temporada até aqui – na terça-feira.”

Aproveitamento de Xerém

Nesse momento vale ressaltar uma questão voltada a Xerém. Poxa, o Diniz está desconsiderando Xerém? A fábrica de grandes jogadores? Cultural e historicamente construída? Que o Diniz já ajudou a revelar inúmeros deles, com alguns entre os nossos titulares, inclusive chegando à Seleção como um dos principais nomes do futebol brasileiro na atualidade? Como que o nosso treinador desconsidera Xerém?

E nós tínhamos, no fim do ano passado, o Alexsander, que deu claro sinais de que poderia jogar como lateral-esquerdo num time que jogadores jogam em múltiplas posições. Hoje o Martinelli jogou de primeiro volante, vinha jogando como segundo e terminou o jogo de zagueiro em virtude da circunstância. Nosso time está preparado para alternar circunstâncias.

Como a mudança de jogadores influencia no estilo de jogo do Fluminense

“O Lelê tem uma característica diferente do Cano em relação aos tipos de movimento que faz, pelo biotipo e velocidade. Cano é goleador, precisa de meio toque, enquanto o Lelê tem outras características de movimento. A essência do time não muda com Pirani e Lelê ou Ganso e Cano.

Os pilares da equipe se mantêm. A equipe tem que saber fazer o jogo que é pedido, às vezes de controle e circulação, concentração de jogadores ou então mais vertical e atacar os espaços. Porque o futebol é assim. Nossa equipe não jogou diferente. Nos 30 minutos iniciais nossa equipe foi o melhor Fluminense, como já observamos em outros momentos.”

Decisão de não colocar outro zagueiro após a expulsão de Nino

“Fluminense não é um time usual. Quem acompanha vê os movimentos que acontecem com frequência que justificam a tomada de decisão de botar o Martinelli como zagueiro. Isso é possível porque nossos jogadores estão acostumados a treinar com inferioridade numérica e fora da posição de origem.”

Jefté

“O Jefté é titular da equipe Sub-20 que tem ótimas características da posição, boa velocidade, entendimento da posição, mas se até o momento ele não teve oportunidade de ter alguns minutos, seja como suplente ou iniciando um jogo, é porque a comissão entende que tem outros jogadores que podem cumprir essas ausências de jogadores especificamente da lateral esquerda que a gente tem sofrido nas últimas semanas.

Vale destacar que o clube fez movimento de contratação na temporada. Teve o Jorge, que infelizmente teve uma lesão grave, o Alexsander que terminou o ano passado na posição também está impossibilitado. O Fernando teve, o tempo todo em conjunto com a comissão, que escolher outros nomes para a posição. A gente tem conseguido, no nosso entendimento, competir. Talvez não com a mesma performance quando temos o Marcelo, mas quem está jogando está num ponto superior ao do Jefté nesse momento.”

Diogo Barbosa

“É um jogador com excelentes recursos técnicos, ótima pessoa, muito trabalhador e vai contribuir com qualidade para evoluir o nosso elenco.”

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Por Explosão Tricolor

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