Mário Bittencourt se manifesta sobre acerto de Fernando Diniz com a Seleção Brasileira






Treinador comandará Fluminense e Seleção Brasileira simultaneamente 

Em entrevista coletiva concedida na tarde desta quarta-feira, o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, se manifestou sobre o acerto de Fernando Diniz com a CBF para comandar a Seleção Brasileira de forma interina e simultaneamente com o Tricolor. Confira abaixo a longa declaração do mandatário do clube das Laranjeiras:

– O presidente Ednaldo perguntou se poderíamos fazer uma videoconferência. Foi quando ele me falou da possibilidade de liberar o Fernando Diniz para a seleção brasileira. Foi muito ético e sequer procurou o treinador ou seus representantes antes de falar com o Fluminense. Conversamos e eu disse que a minha posição era a mesma de várias outras entrevistas, disse que não liberaria o treinador. Naquele momento, ele era um dos mais cotados. Disse que “se for do desejo do Fernando e pagarem a multa, não temos o que fazer”. Mas não queríamos nos desfazer dele. Deixei isso muito claro.
– Nas palavras dele Ednaldo, eles já estão acertados com o Ancelotti. O contrato está acertado com ele. Mas o nome do Fernando era consenso na CBF e gostariam de contar com ele por um ano. Na ligação, ele me disse que a ideia era esse de hoje: que o Diniz atuasse nas Datas-Fifa, tendo o Fluminense como prioridade. Eu imediatamente fiz uma videoconferência com o Diniz, Paulo Angioni e Fred. Para tomar uma decisão dessas, tinha que me reunir com o clube. A resposta é que teria ser algo que não poderia prejudicar ao Fluminense. Teria que atender a CBF, mas sem nos prejudicar.
– Nós fizemos uma sequência de reuniões internas, conectado com o desejo do Fernando [Diniz] de atender à seleção. É o desejo de todo treinador ser convocado para a seleção brasileira. Estamos vendo esse momento como uma convocação, não como uma entrega. A rotina dele continuará igual. Na segunda-feira à noite, nós fomos à sede da CBF, conversamos com o Ednaldo, e foram colocadas condições para que ele pudesse estar à frente desse projeto. Ele foi muito elegante, muito correto. Atendeu as condições.
– Nós não queremos perder o Fernando Diniz. É curioso que, meses atrás, queriam que eu renovasse com ele por mais anos para o perdermos para seleção de forma alguma. Tentar equacionar. Nós acreditamos no trabalho do nosso treinador. Acreditamos no ano passado, quando muita gente não acreditava. E acreditamos no trabalho de longo prazo, na continuidade. Estamos nas oitavas da Libertadores, em sexto no Brasileiro, mesmo não vivendo um bom momento técnico nesse momento. Preciso olhar o todo com frieza. Nas derrotas, fico triste e revoltado como todos os torcedores, mas sou o presidente do clube e preciso olhar o trabalho, que é bicampeão Estadual contra um rival de orçamento seis vezes maior que o nosso.
– Tenho certeza absoluta que a CBF poderia vir, pagar a multa e tirar o Fernando Diniz daqui. Mas devido a boa relação que temos, da relação ética e de humildade do presidente da CBF, ele procura o presidente do Fluminense e nos coloca numa maneira de encontrar algo que não nos atrapalhasse. A outra opção era perdê-lo 100% e eu não queria isso. Iria mexer no nosso trabalho, nos atrapalhar.
– Era um Norte para nós não perder o treinador. Eu repito isso sempre: nós continuamos com uma diferença abissal de receita e faturamento que nossos rivais. Temos a 11ª folha do futebol brasileiro. Se esse tema fosse discutido após a final do Carioca ou depois do 5 a 1 contra o River Plate, as opiniões seriam diferentes. No futebol brasileiro, por diversas vezes isso já aconteceu.

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Por Explosão Tricolor

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