Técnico de ponta garante time na ponta da tabela




Amigos Tricolores,

O futebol às vezes é simples demais.

Por quanto tempo pedíamos um técnico de ponta, de primeira?

Por quanto tempo tivemos que aturar Renato Gaúcho, Cristóvão Borges, Drubscky, Enderson, Baptista…

Sempre com um grupo de qualidade, mas com um treineiro fazendo bobagens atrás de bobagens e o time não andando em campo…

Jamais encontrando a escalação ideal, e muitas vezes nem definindo uma escalação…

Fazendo substituições totalmente inúteis, ou que até desmontando com uma mexida algo positivo que ocorria no campo…

No dia 1º de fevereiro eu já pedia a saída do Baptista, mas a direção do Fluminense demorou muito a agir.  Meu post na ocasião:

Ô Ô Ô… Queremos treinador…

O futebol é simples.

Chegou Levir. Num momento difícil. Teve que estrear logo de cara em dois clássicos, contra times que estavam à nossa frente em termos de montagem e entrosamento. Antes disso jogou com um time misto contra o Criciúma, tentando conhecer alguns reservas, que poderiam ter oportunidades depois, como titulares.

E naquele jogo observou a grande atuação de Gerson. E também percebeu que Jonathan poderia ser muito útil. Naquela partida colocou o Gum no intervalo, deu a ele nova chance no segundo tempo do jogo seguinte, quando o zagueiro entrou contra o Botafogo, fez o gol do empate e não mais saiu do time.

Em pouco tempo Levir foi definindo os titulares, foi dando cara ao time. Perdeu Diego Souza, que saiu talvez por sentir que não poderia ser mesmo o camisa dez que fora contratado com tantas expectativas, para ser o cérebro do time, um papel que sabia não poder cumprir. Foi mais uma bola fora do limitado treinador Eduardo Baptista, que chegou com muitas ideias, muito trabalho, é verdade, mas não conseguiu fazer o time rodar.

É muito cedo ainda para conclusões, mas já está óbvio que o time evoluiu, joga com mais segurança, já tem cara de time, padrão de jogo, definições de titularidade. Levir definiu a zaga e deu entrosamento e firmeza, escolheu os laterais, ainda que improvisando um deles, definiu volantes, meias…

Sem a presença de Fred na Liga e em alguns jogos por contusão, deu oportunidade ao Magno Alves, que já havia mostrado poder ser útil com o interino Marcão. Criou opções de jogadas de ataque que hoje já são nítidas, e o Fred retornou e passou a ser mais um na engrenagem, que não mais jogava somente para ele com chuveirinhos manjados e já improdutivos. Hoje ele luta para recuperar seu ritmo e se encaixar no esquema, onde, com certeza, com sua categoria, será da maior utilidade!

O fato é que o Fluminense está invicto há nove jogos, sete deles com o Levir, dois com o interino Marcão.

Humildemente Levir já sinalizou que falta muito, que o time ainda tem que evoluir muito. E já aponta a necessidade de reforços. Mas, como afirmou com seu bom humor característico das entrevistas, o momento “tá tranquilo, tá favorável”.

O Fluminense em 2016 perdeu quase três meses de preparação com um técnico que não achava o time e um vice de futebol que dificilmente acertava uma contratação. Nunca vou esquecer aquele balaio de gatos contratado no início de 2015, com sete jogadores (fracos) anunciados num mesmo dia: Guilherme Santos, João Filipe, Victor Oliveira, Giovanni, Marlone, Lucas Gomes e Vinicius, este último com alguma qualidade, mas criador de caso.  Alguns não chegaram a fazer quatro partidas pelo Fluminense! Daquele grupo hoje só temos o Giovanni no elenco tricolor, assim mesmo com vários questionamentos.

O pedido de Baptista e a imediata contratação de Diego Souza, sem medir esforços e custos, foi apenas mais uma bobagem. Felizmente corrigida sem grandes prejuízos financeiros, graças à desistência do próprio jogador. Mas tomou tempo de preparação e ocupou o lugar de outro que poderia ter sido acertadamente contratado. Atrasou a montagem do time.

Entramos em abril, após um março bastante positivo, sem derrotas, com várias evoluções, com a conquista da vaga na final da Primeira Liga! E aos pouquinhos o time foi ganhando posições na Taça Guanabara e dormimos na liderança!

Mesmo sabendo que o Vasco tem tudo para vencer hoje. Joga em casa (sempre em casa contra o Volta Redonda, o pequeno mais difícil da competição, enquanto o Fluminense jogará pela segunda vez com eles em Volta Redonda), tem juiz, bandeirinha, quarto árbitro, regulamento, arbitrais, vestiários e gandulas a seu serviço… Alguém se lembra que, mesmo jogando em São Januário, quando a coisa estava bem difícil no jogo da primeira fase contra o Volta Redonda, ainda 0 x 0, o juizinho inventou um pênalti de bola na barriga? Resolveu ali mesmo o jogo.

Que dia sensacional para o Fluzão! Vitórias nas estreias do Estadual sub-15 e sub-17 (7 x 1 e 1 x 0, respectivamente, contra o Friburguense fora). Vitória sensacional sobre o Vasco em São Januário na primeira partida da semifinal da Taça Guanabara sub-20, gol de Pedro. Vitória sobre o Madureira, que nos fez ao menos dormir na liderança da Taça Guanabara dos profissionais.

É isso, Fluzão! Vamos firme, na expectativa de uma grande final da Primeira Liga, e firme também na Taça Guanabara, rumo à disputa do Estadual, contra tudo e contra todos.

Quarta-feira iniciamos uma nova frente, contra o Tombense, na disputa do BI da Copa do Brasil.

Porque O IMPORTANTE É O SEGUINTE: SÓ DÁ NENSE!!!

Por PAULONENSE / Explosão Tricolor

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Levir Culpi chegou e em pouco tempo deu alma ao time (Foto: Fluminense FC)