Risco de demissão, respaldo da diretoria, explicações para a má fase do Fluminense e muito mais; confira a coletiva de Fernando Diniz






Fernando Diniz concedeu entrevista coletiva no Maracanã após a derrota do Fluminense para o Flamengo

O técnico Fernando Diniz concedeu entrevista coletiva após a derrota do Fluminense por 1 a 0 para o Flamengo, na tarde deste domingo, no Maracanã, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro. Confira abaixo todas as respostas do treinador:

Derrota para o Flamengo 

“Nos primeiros 20 minutos, a equipe se comportou bem. Tivemos mais posse. Foi um time de transições muito rápidas. Foi uma coisa que a gente sabia, levar o time aos poucos para o ataque e a tendência é que o número de finalizações não fosse alto. Nós perdemos um pouco de confiança. Os jogadores tentaram, se entregaram, mas o jogo pendeu mais para o Flamengo. No desempenho, a vitória foi justa para o Flamengo, mas não mais uma vez com erro de arbitragem.

Estamos tendo erros de passe excesso que gera desconforto e desconfiança. Estamos procurando corrigir. Como? Treinando. Uma hora vamos corrigir e vencer. Outra questão é bola parada. Conseguimos neutralizar bem a bola parada. Na linha alta, marcamos bem o Flamengo. Eles tiveram um volume grande de finalização, mas muitos em erros de passes (nossos).”

Pênalti marcado para o Flamengo

“Acabei de ver o lance e, de fato, não foi pênalti. Não tem como dar esse pênalti, impossível o VAR não chamar. Foi determinante para o resultado do jogo. A Arbitragem decidiu o jogo.”

Risco de demissão 

“Risco de demissão eu não tenho (preocupação). Não sou eu que me demito e me contrato. Não vou ter medo de ser demitido. Nunca tive isso na carreira. Tenho muita coerência no meu trabalho, mesmo que pese que é um momento ruim do Fluminense. Estamos tentando de tudo, dentro das minhas possibilidades, para ajudar o time a melhorar e conquistar as vitórias.”

Pressão por vitórias 

“Sou um cara bem trabalhado com relação a isso. Deixo o elenco no melhor que eu posso. Essas fases são difíceis para todo mundo. Temos que ser fortes. Temos que vencer jogos. Essa fase só vai passar com vitórias.”

Expulsão no fim da partida 

“Eu sou um tipo de treinador mais agitado na beira do campo. Mas hoje especificamente eu não tinha aberto a boca para nada. Eu fui falar sobre o pênalti, todo mundo falando que não foi nada. Sobre o bandeira, sempre tem relação quando ele aparece no Maracanã. Mas não teve xingamento. Falei isso para o bandeira. Não foi olhar o VAR. O juiz me deu amarelo, depois me deu o segundo.”

Explicações para a má fase

“Existem muitas coisas. A conquista inédita da Libertadores, da Recopa, existiu um relaxamento que a gente fez de tudo para evitar. Ano passado, o time tinha uma base, com o Nino, o André e o Arias jogando praticamente todos os jogos e tendo uma regularidade muito alta. A gente perdeu o Nino, mas também perdeu o André por lesão e o Arias convocado. No Brasileiro, tivemos algumas vitórias nas mãos que deixamos escapar. Atlético-MG, Atlético-GO… A análise técnica fica mais dificultada. Somado a esse momento de hoje, há uma perda de confiança. Nos treinamentos, precisamos melhorar a equipe.

O problema (do Fluminense) é geral. Não tem problema físico. Tem no sentido de lesões, jogadores fora. Mas problema físico, geral. Não dá para citar uma coisa na outra. O problema não está numa parte só. Acho que precisamos melhorar em todas as frentes.”

Como buscar reação?

“É difícil fazer uma relação sobre o poder de reação. Tem que acreditar no elenco, nesses jogadores. Muitos foram campeões da Libertadores, da Recopa. Em 2022, foram terceiros colocados no Brasileiro. Muita gente está ali. Vivemos um momento ruim. Contra o Cruzeiro, fizemos uma boa partida. Hoje começamos bem o jogo, levamos um gol que fez termos outro tipo de resultado. Hoje teve um pênalti inexistente. Eu acredito no time. É o que encantou em alguns momentos ano passado e em 2022, mas vive uma fase ruim nesse momento.”

Improvisação de Martinelli como zagueiro 

“Quando a gente jogou com jogadores em cada um na sua posição, a gente também perdeu. Não é esse o ponto. O momento que todo mundo esteve na sua posição (contra o Flamengo), foi quando tomamos o gol. Aceito as críticas, mas acredito que esse não seja o motivo. Não é descabido falar das improvisações. Mas diante do cenário que vamos analisar, achei que era o melhor para esse tipo de situação. Não é porque o Martinelli estava ou não estava lá, as improvisações não são questões de tirar um volante ou colocar um zagueiro.”

Respaldo da diretoria

“O respaldo que eu tenho da diretoria sempre foi muito grande. Ter respaldo não significa que você não pode ser demitido. Eu procuro fazer o meu trabalho do melhor jeito que eu posso. Daqui para frente, não cabe a mim. As reuniões são periódicas. Não teve reunião agora no momento ruim. Conversar, discutir, debater.”

Protestos da torcida

“Os jogadores chegaram bem apesar do protesto da torcida. Conversei com eles (John Kennedy e Alexsander), eles souberam entender e estão bem. Isso não teve impacto negativa na partida.”

Possibilidade de André voltar contra o Vitória

“André é dúvida. Está intensificando os trabalhos em campo. Não posso te confirmar se vai jogar contra o Vitória. Se jogar, vai ser um grande reforço. Não sei se vai jogar essa semana ainda.”

Atuações individuais

“Acho muito difícil analisar de maneira separada. Os jogadores vieram, tem uma dificuldade no modelo de jogo, problemas de adaptação, de lesão. O Gabriel (Pires), se somar tudo, talvez não tenha 90 minutos. O Terans jogou muito pouco até agora. Algumas posições, jogadores de meio-campo, há uma adaptação natural. Mas não dá para colocar isso na conta dos jogadores. A equipe como um todo está jogando pior. A análise individual fica muito difícil de ser feita nesse momento.”

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Por Explosão Tricolor

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