Coletiva completa do técnico Renato Gaúcho antes do jogo contra a Inter de Milão




Coletiva completa do técnico Renato Gaúcho antes do jogo contra a Inter de Milão

Na véspera da partida contra a Inter de Milão, da Itália, pelas oitavas de final do Mundial de Clubes da FIFA, o técnico Renato Gaúcho concedeu entrevista coletiva para a imprensa. Confira todas as perguntas e respostas do treinador tricolor:

Decisão contra a Inter de Milão 

“Independente de ser oitavas ou primeira fase, todos os jogos são importantes e difíceis. Sabemos da qualidade dos europeus e que no momento que começam a entrar mesmo em uma competição são muito fortes. Mas isso é no papel. Pelo menos na minha cabeça. Muita gente fala que eles são favoritos, mas dentro do campo é diferente. Atitude é fundamental em uma partida tão importante. Vamos tentar errar o menos possível. Porque no momento que a gente vacilar eles são letais. Esse mole a gente não pode dar.”

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Thiago Silva será titular?

“Thiago é um jogador fundamental no meu esquema. É um líder, o capitão do time. Praticamente um treinador dentro de campo. É uma segurança para a gente ali atrás. Ele é bom em tudo. Futebol dele nem se fala. Porque é até bonito ver o Thiago Silva jogando. Esperamos que ele possa estar bem, porque se estiver em campo vai ser muito importante.”

Soteldo relacionado 

“Temos que dar parabéns ao nosso departamento médico, aos fisioterapeutas. Ao Filé, um gênio. Conseguiu recuperar o Soteldo da lesão dele. Lógico que ele não está 100%, até porque não treinou com o grupo. Só fez três treinos. Mas é um jogador que com 20, 30 minutos pode fazer a diferença. Ele vai para o jogo sim, até por conta da experiência dele.”

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Saída de bola 

“A gente sempre treina saída lá de trás. Sou um treinador que conversa bastante com a defesa. Gosto da posse, que saia jogando. Mas deixo bem claro, se apertou tem que quebrar. Não adianta tentar sair jogando bonito. Porque se perder a bola é letal. Treinamos todos os tipos de situações de cada partida. Deu para sair jogando, vamos jogar. Sem risco.”

Concentração total

“É muito fácil. Pelo menos da forma que eu trabalho. Eu mostro nos vídeos o que acontece quando a gente não tem a concentração e o foco total. Eu mostro na teoria e cobro deles na prática dentro do campo. Os exemplos estão ali. Concentrou? Vai evitar que tome um gol. Se o adversário tiver que fazer o gol, que seja por mérito e não por falhas nossas.

Eu mostrei o exemplo do nosso penúltimo jogo, que estávamos bem na partida e depois da parada técnica deu apagão no time e tomamos a virada. Depois conseguimos virar novamente, mas não é sempre que vai conseguir isso. Ainda mais contra um adversário mais qualificado. Hoje em dia é difícil fazer gol, no mundo todo. Mesmo com qualidade. O que não pode é proporcionar para o adversário um gol fácil. Porque aí você tem que mudar esquema, dar espaço para o adversário.

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Se você ficar concentrado o tempo todo, vai evitar muito que o adversário entre na partida. Eu conto para eles uma historinha. A maioria aqui é pai de família. Eu pergunto: “Vocês andam no shopping com o filho de um ano e meio, dois anos, e dá as costas para ele?” Ninguém dá. Porque se der, infelizmente alguma coisa vai acontecer. É a mesma coisa no jogo. Se não tiver focado, alguma coisa de ruim vai acontecer. Muitas vezes eu estou assistindo jogos, hoje mesmo estava vendo o do Flamengo, e falo “Está vendo? Olha ali”. Essa concentração no trabalho é uma coisa que eu fico o tempo todo em cima deles.”

Risco de tempestade durante a partida

“A natureza é a natureza. São as regras. Eu vi esse jogo ontem. O Chelsea vencendo e foi interrompida por causa do raio e em cinco minutos na volta o Benfica teve o pênalti e situação para virar. Eu não posso brigar com a natureza. No Brasil, a gente joga com chuva, raio, com tudo. Aqui tem raio a 10km e para. São as regras, não podemos brigar com o que está decidido.

O mais importante é, se parar o jogo meia hora, cinco minutos, dez minutos, é o foco com que o meu time vai voltar para o campo. Muitas vezes volta com cinco minutos para jogar e acha que o jogo está decidido. No futebol, as coisas são decididas em segundos.”

Passagem pela Itália

“Não foi muito boa. Eu tinha um contrato de três anos e no primeiro tive muitas lesões. Meu presidente era Dino Viola e ele falou que era sempre assim com jogadores estrangeiros, precisava de adaptação. O mesmo acontece no Brasil quando chegar um jogador estrangeiro, precisa de tempo de adaptação. Mas aí veio o Flamengo e pediu a minha volta.

Eu voltei porque não estava feliz. Queria jogar. Tanto é que na minha volta joguei algumas partidas e fui para a Copa do Mundo. Hoje, com a minha experiência, talvez não teria voltado. Porque o primeiro ano é complicado para qualquer estrangeiro. Outro futebol, cultura, língua. É complicado.”

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“Procuramos estudar o adversário em todas as fases, na maioria dos últimos jogos. Depois da última partida a gente deu folga, muita gente saiu com a família. Eu fiquei no hotel estudando. Fui até xingado pela minha filha que foi no hotel me pegar para jantar e eu falei que ia ficar para trabalhar. Vi com muita atenção aquela partida, mostrei para os meus jogadores a maneira como a Inter joga. Procuramos neutralizar na parte tática.

O mais importante é que meu time sabe exatamente como o adversário joga. Apesar do pouco tempo que temos de um jogo para o outro. Amanhã tenho certeza que faremos uma grande partida. Podemos até não passar, mas a Inter vai ter que lutar bastante porque meu time está pronto.”

Vantagem dos europeus

“O favoritismo deles é uma coisa óbvia. Se você for no mercado com 1000 reais, faz as compras do seu agrado. Se for com 100, não dá para ficar escolhendo muito. É o que acontece na parte financeira. Na Europa o jogador custa 80 milhões de euros, eles vão lá e compram. Os times brasileiros tem esse dinheiro para fazer o elenco. Quando você compra um jogador por esse valor, monta uma seleção. Tanto é que quando se destaca um jogador no Brasil eles vão lá e buscam.

Quando se juntam os jogadores todos desse nível, é lógico que as chances de vencer são maiores. Aí vai depender muito da atitude dos jogadores em campo. Sabemos a qualidade do adversário. Não tem como negar. Mas aí é fácil. Me dá o melhor lateral-direito, o melhor meia-esquerda. Se você junta os melhores, tem muito mais chance de ganhar uma partida. Sabemos do potencial da Inter, mas dentro do campo são 11 contra 11.”

Derrota do River Plate deixa lições?

“O River estava bem na partida. Só que infelizmente o jogador foi expulso. Com um a menos em um jogo tão difícil e importante quanto esse. Já é difícil enfrentar a Inter com 11. Com um a menos, teve que abrir, arriscar mais e tomou outro gol. A gente tira exemplos, mesmo nas derrotas e nas vitórias.

Tudo que eu vi da Inter procurei passar para o meu grupo. Meu trabalho são esses 60% de preparar o time, mostrar o adversário, jogadas ensaiadas e mostrar os pontos fracos. Agora os 40% que restam é com o jogador. Eles que estão em campo. Eles são pagos para isso. Tem que entrar em campo e ter as atitudes que o treinador pede.”

Onde assistir Fluminense x Inter de Milão

  • Globo (TV aberta)
  • Sportv (TV fechhada)
  • Globoplay (streaming)
  • DAZN (streaming)
  • CazéTV (YouTube)

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