O Fluminense está brincando no Brasileiro, Renato?




Renato Gaúcho - Renato Gaúcho - FOTO: MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE F.C.
Renato Gaúcho - FOTO: MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE F.C.

O Fluminense está brincando no Brasileiro, Renato? (por Lindinor Larangeira)

Em 2008, o Fluminense Football Club vivia uma situação bastante curiosa: finalista da Libertadores e lanterna do Brasileirão 2025. O treinador, naquela época era o mesmo de hoje. Após outro tropeço na competição, um menos maduro Renato Gaúcho, pronunciou uma de suas frases mais infelizes: “Vamos brincar no Brasileiro”. Na atual temporada, a balança não está tão desequilibrada e Renato já é um técnico bastante experiente.

Depois da histórica campanha na 1ª Copa do Mundo de Clubes da Fifa, o tricolor é semifinalista da Copa do Brasil 2025 e quadrifinalista da Copa Sul-Americana 2025.  No Campeonato Brasileiro, está exatamente no meio da tabela, ocupando a modesta 10ª colocação. Se não é uma situação desesperadora, não se pode “brincar no Brasileiro”.

Em jogo muito ruim, gol “achado” derrubou o Fluminense

Um clássico que já foi semifinal de Brasileiro, na noite de sábado, foi uma partida pobre em técnica e emoção, com um primeiro tempo lembrando bastante uma pelada entre casados e solteiros, tal a indolência e os erros técnicos dos dois times.

Na segunda etapa, o Fluminense melhorou um pouco com as substituições, o suficiente para encurralar um desfigurado Corinthians, que apenas se defendia. Quando a vitória do time da casa parecia questão de tempo, o Timão achou um gol, em cobrança de falta na intermediária tricolor, com falha de Igor Rabello e de Fábio. O gol, meio “sem querer, querendo”, foi o suficiente para derrotar um time que tem enormes dificuldades de chegar às redes dos adversários.

FOTO: MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE F.C.
FOTO: MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE F.C.

Seja o time titular, misto ou reserva, os problemas são os mesmos

A cantilena irritante das reclamações sobre jogos de três em três dias prossegue. O que não ocorre, e que deveria acontecer, são as cobranças de quem de direito ao treinador. O pior é que quando há o questionamento, setores da imprensa caem de pau na torcida, com argumentos deseducados, pífios e sem qualquer contexto.

Era sim uma partida para poupar titulares. Mas alguns deveriam jogar e a péssima escalação inicial, não deve ter dado nem dois treinos. O desentrosamento era visível. Além disso, gritante é a repetição dos problemas de um time sem presença de área ou poder ofensivo. Pouquíssima criatividade no setor de meio campo. E falhas defensivas em momentos decisivos.

O que parece ficar claro é a existência de uma panela, que não está dando comida boa. Alguns atletas são estranhamente preteridos. Outros, simplesmente não têm qualquer oportunidade. Mesmo quando o terceiro time está em campo. E outros entram aos 40 do segundo tempo. O que está havendo, Renato

Também faltou Xerém

Enquanto o adversário tinha vários garotos do “Terrão” em campo, o Fluminense entrou apenas com Júlio Fidélis, um dos poucos a não se esconder do jogo. Igor Rabello, que foi dispensado de Xerém, na real, é mesmo base do Botafogo. Essa opção por não aproveitar a prata da casa é do treinador, ou seria para atender a outros interesses? Se o time joga de três em três dias, por que não dar mais minutagem aos moleques? Será que são piores do que Soteldo, talvez a pior contratação da temporada? Ou mesmo do que o horrível Everaldo? Falando no venezuelano, é perceptível que, quando ele está em campo, o time perde bastante taticamente. O atacante não tem qualquer compromisso com a recomposição defensiv a. Quando perde a bola, lembra muito um açucareiro, ficando imóvel, com a mão nas cadeiras. O lateral que se vire.

Sobre Santi Moreno, prefiro ver mais vezes. Ontem foi tão burocrático quanto o nosso velho conhecido Lima. Sobre Lucho Acosta, ainda não dá para cravar, mas parece ter sido uma boa contratação.

Faltam 17 (ou 18) pontos

No 10º lugar, com 28 pontos, em 21 partidas, faltando 17 para o final da competição, o Fluminense está, exatamente, a 17 pontos do número mágico de 45. Mesma pontuação de 2008, que colocou o clube em 14º.

A 10 pontos de distância do G4, aberto pelo surpreendente Mirassol, e a apenas seis do Z4, embora com dois jogos a menos, não se pode brincar. É necessário somar, pelo menos, mais 9 pontos nos próximos cinco jogos, para ter um final de campeonato sem sobressaltos.

A prioridade do mês é sim o mata-mata contra o Lanús. Mas o triunfo contra o Vitória é fundamental para não começar a olhar no retrovisor.

PS: Li o documento da SAF, falarei melhor em outro momento, mas dando spoiler: hoje meu voto seria NÃO. Ficaram muitas dúvidas. Se esclarecidas, a opinião pode mudar.

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