Sem vontade e sem garra!




O ataque do Fluminense tá tirando o sono do torcedor

Em direito, a chamada teoria da “perda de uma chance” significa que, quando alguém, por ação ou omissão dolosa, impede que outra pessoa conquiste seus objetivos e perca a chance de sua vida, ele deve pagar por isso. Nunca vi nada que represente melhor o Fluminense atual.

Falando francamente, por mais que, em um determinado momento, eu tenha acreditado, ainda que por um só instante, que o time pudesse atingir a meta e alcançar a Libertadores, tenho que voltar à realidade: o time é muito ruim para almejar algo mais que não o meio de tabela. Aquela posição cinzenta em que ninguém ganha nada e também não corre nenhum risco de rebaixamento.

Vamos ser sinceros torcedor tricolor: além de Gustavo Scarpa e, no máximo, Welington e um ou outro moleque de Xerém (ainda confio no Douglas) qual outro atleta profissional do Flu teria vaga nos times que estão na ponta do campeonato? Pra mim, nenhum deles.

O time é sem graça, insosso, sem brilho e nos dá a impressão de que, em qualquer momento, irá perder a partida. Não vejo qualquer jogador, além dos citados acima, que tenha qualidades e características de campeão. Nenhum!

O último jogo é um exemplo claro do que estou falando. O Kléber foi expulso merecidamente após um lance em que, apesar de não ter feito falta em W. Silva, xingou o juiz. O Fluminense estava ganhando de 1 a 0 e teria todo o segundo tempo para resolver a partida ou, no mínimo, segurar o resultado e garantir os três pontos. Mas o que o time fez? Perdeu uma tonelada de gols e permitiu o empate do time paranaense. Nada mais ridículo!

E, pra piorar, até mesmo os jogadores antes elogiados, ficaram devendo explicação em campo. Gosto de Welington porque penso que ele tem drible e presença em campo que inibe os adversários. Mas o moleque não consegue completar o último passe. Não tem santo no universo que o faça dar uma assistência. Contra o Coxa foi muita firula e pouca bola.

A nossa zaga é o desespero de sempre. A bola não pode chegar lá que é um “Deus-nos-acuda”. Basta voltarmos no tempo para perceber que o Coritiba teve raríssimas chances de gol. Mas, nessas poucas, conseguiu encontrar o caminho das redes graças à nossa infeliz atuação no setor defensivo.

O ataque, literalmente, não faz gol. Não temos um atacante com presença de área que tenha a capacidade de empurrar a bola pras redes. Apesar disso, Fred continua não fazendo falta: era só um “cone” à frente dos zagueiros e do goleiro contrário. Precisamos de alguém efetivo. Alguém que corra e que consiga colocar a bola no gol. Nada de saudosismos “chinelistas” torcedor tricolor. Beque-parado jogando de centroavante não resolve o nosso problema.

Pra mim, o menos culpado é Levir Culpi. Ele coloca em campo o que a diretoria lhe entrega. É tudo o que ele tem em mãos. Não há esquema tático que faça Henrique Dourado jogar ou os laterais serem efetivos. Os caras são muito ruins!

E o Cícero? Voltou a dormir. O berço do qual ele se levantou há algumas rodadas atrás o convidou novamente para um sono profundo. Não corre, não luta, não tem sangue, não tem raça, enfim, é um o maior preguiçoso que a equipe tem em campo. Quando quer jogar, dispensa comentários. Mas quando não quer (e essa é a regra), ele não passa de um jogador sem garra que não representa a nossa torcida.

Se o time é ruim, a diretoria do Fluminense se mantém sem brilho. Até quando Peter vai reclamar da arbitragem ostentando aquele ar de “Armandinho” próprio dos que não se acostumaram a brigar pelo que entendem correto. Apenas fazem os acordos sem transparência para que, ao final possam se dar bem. Basta lembrar os negócios envolvendo o Maracanã e os contratos obscuros fechados para as transmissões dos jogos.

Fato: voltamos para o local que sempre acreditei que estaríamos no início do campeonato. Sem planejamento, sem vontade e sem apoio dos nossos finalizadores, merecemos permanecer no meio de tabela. A Libertadores do próximo ano não merece um time tão ruim e sem brilho quanto o Fluminense deste ano. “Perdemos uma chance”, ou várias, de estar na competição continental, o que nos leva a perder diversos contratos de patrocínios e a própria paixão da torcida. Se esta última não acaba, ela diminui bem com a falta de vontade em campo.

Apesar de tudo, nunca podemos esquecer: ser Fluminense acima de tudo!

Toco y me voy:

  1. O Fla-Flu mantido sem qualquer justificativa mínima para aceitar o pedido de feito pelo Fla. Absurdo completo!
  1. O impedimento do Guerrero no primeiro gol dos rubronecas foi lamentável! O Corinthians deveria pedir ao juiz que consultasse a TV. Afinal, este ano é permitido!
  1. O time vive de resultados. Não estamos na Inglaterra em que a luta pelo décimo lugar faz sentido. Aqui é Brasil! Queremos sempre ganhar. Com esse time, o Fluminense jamais vai conseguir almejar algo. A diretoria pensa pequeno. Precisamos pensar grande.
  1. Na sexta vai ser o retorno ao Maraca. Olha a chance que o time perdeu de lotar o maior e mais belo do mundo. Inaceitável!
  1. Ganhar do Vitória dentro de casa é obrigação. O time deles vem cabisbaixo, lá atrás na tabela e ainda com uma derrota dentro de seus domínios. Vamos tentar acreditar mais uma vez.

Evandro Ventura / Explosão Tricolor

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