Nos números, a raça tricolor!




Que vitória absurda foi essa! Que jogo louco! Gum melhor em campo, Júlio César pegando mais que Buffon, Pedro fazendo jus ao apelido de “Queixada” e Abel finalmente não recuando o time após a expulsão de um jogador. Raça e determinação não faltaram à molecada tricolor. Azar deles! Bota três pontos na conta.

E a vontade dos moleques em campo pode ser confirmada nos números. Tomando por base os dados do footstats.net, chega-se à conclusão de que o time foi decisivo e deixou a alma em campo para dele sair vencedor.

Começando pela posse de bola, o Cruzeiro a manteve nos pés por 65% do tempo, contra 35% do Fluminense. Sou declaradamente adepto do estilo de jogo que privilegie o controle da partida, mas no domingo essa máxima cedeu diante de um time matador nos poucos momentos que teve a bola consigo. Ponto para a raça da equipe.

Aliás, a estatística acima é a principal comprovação da determinação dos jogadores em campo. Afinal, vencer quando o adversário passa a maior parte do tempo com a bola nos pés é prova de amadurecimento e de que o time, quando precisou, soube sofrer, sem se esquecer de atacar. A ousadia foi premiada!

Outra estatística surpreendente é a de finalizações. Foram 12 do Cruzeiro e apenas duas do Fluminense, com 50% de acerto para cada. Isso significa que o time foi eficiente e conseguiu chegar ao gol com apenas uma conclusão que atingiu o alvo. 100% de acerto! Recompensa para uma equipe que jogou com 10 cerca de 80 minutos e fez um gol após a expulsão.

Mais uma marca importante e que deve ser destacada é a de passes. O time celeste acertou 479 e errou 50; média de 91%. O Fluminense acertou 192 e errou 45; percentual de 81%. Qualquer pessoa que olhe apenas para este número vai dizer: foi um massacre do Cruzeiro. Na prática, porém, a vitória foi do Tricolor das Laranjeiras.

Número de escanteios: 7 do Cruzeiro e apenas 1 do Fluminense. Cruzamentos: 50 do Cruzeiro e 16 do Fluminense. Em todas as estatísticas o time mineiro foi superior, exceto em uma; o número de gols marcados. E já diziam os sábios do futebol: o que importa é bola na rede. Se é assim, põe na conta que vencemos a partida.

Os números individualizados por atleta também são esclarecem a partida. Por exemplo, Renato Chaves (ele mesmo, quem diria!) teve o mesmo número de passes certos que o “Papá Sornoza”: 19 no total. Gum, seu companheiro de zaga, acertou 18 e Frazan contribuiu com oito. Nesse quesito o líder foi o Richard, que acertou impressionantes 38 passes e errou apenas um, contribuindo demais para desafogar a pressão cruzeirense.

Nas finalizações, destaque para Pedro. Ele protagonizou as duas únicas do time durante toda a partida, sendo o autor do gol da vitória. O centroavante tricolor também contribuiu com 15 passes certos e com muito fôlego e disposição. Até nas entrevistas o moleque está assumindo uma postura de gente jogador. Tem tudo para evoluir!

Não faltarão cornetas para dizer que o time deu sorte. Olhando os números apresentados até que poderia ser verdade. Mas vendo o jogo fica claro que a raça da garotada tornou a vitória possível. Destaque aqui para Marcos Jr, que conseguiu ser atacante e defensor durante boa parte do jogo, cobrindo a ausência de Gilberto e ainda sendo importante no ataque. Nunca o vi dando mole em campo. Deixa a vida! Isso é espírito de guerreiro.

Ponto positivo para Abel Braga, que não caiu na tentação de recuar o time após a expulsão. Manteve as peças e as ajustou em campo, contando com a garra dos jogadores para fazer dar certo. E deu! Tudo bem que ele colocou o Douglas quando o Pedro saiu de campo, mas naquele momento era necessário segurar o resultado.

E o Júlio César? Que defesa foi aquela no chute do Arrascaeta? Honestamente que eu não acreditava que ele seria capaz de uma apresentação como a de domingo. Transmitiu segurança e foi responsável direto pela vitória. Palmas pra ele!

Não, nada que o time produz em campo vai virar mérito da diretoria tricolor. Então, não adianta os “Flusócios” comemorarem a boa atuação contra o Cruzeiro porque a torcida sabe dividir a raça dos meninos e a incompetência de Pedro Abad e sua trupe. No final, todo mundo quer que o time ganhe em campo e que a diretoria saia fora dele.

No próximo domingo é o São Paulo no Maraca de novo. Mais uma oportunidade de lotar o estádio e empurrar os atletas para mais três pontos. Vamos fazer assim: a gente lota o Maraca comemora com a equipe. O time ganha força e energia para fazer o que fez no último jogo.

Essa paixão nos une!

O Fluminense está acima de tudo!

Evandro Ventura



 

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