Um Fluminense sem maldade para incendiar




O time do Fluminense precisa de incêndio em certas situações (Foto: Fluminense F.C.)
O time do Fluminense precisa de incêndio em certas situações (Foto: Fluminense F.C.)

A expectativa era grande, mas quando a bola rolou… Na primeira etapa, um jogo horroroso! Um dos piores que já presenciei ao vivo no Maracanã. Na segunda etapa, nada de grande espetáculo, mas um cenário menos pior do que o da etapa inicial. O Fluminense tentou imprensar no início da etapa final e foi pro abafa nos minutos finais.

O Sport soube amarrar o Fluminense durante boa parte do jogo e ainda contou com a ajuda do homem do apito. Foram várias faltas não marcadas, inversões malucas e permissão para que o goleiro do Sport fizesse bastante cera.

Por falar em amarrar o jogo, o nosso treinador vacilou feio, pois demorou bastante para mexer na equipe. Sabemos da importância da manutenção de um padrão de jogo, mas a variação dele é necessária. Durante o primeiro tempo, ficou nítido que a formação inicial jamais superaria o Sport. Gosto do trio Vinícius, Wagner e Gerson, mas nem sempre ele funcionará com sua forma cadenciada de jogar. Por falar nisso, o Gerson jogou muito no Fla x Flu, mas sumiu nos dois últimos jogos. 

O Fluminense precisava de velocidade e profundidade pelos lados de campo, e isso só seria possível, com as entradas do Wellington Silva e, principalmente, do Marcos Junior. Antes que me critiquem, vou logo falando: os dois não são salvadores da pátria, mas diante da nossa realidade, acabam se tornando opções interessantes.

Apesar do pouco tempo para resolver, o Marcos Junior incendiou o Fluminense nos dez minutos finais. Quase decidiu a parada, mas o goleiro do Sport evitou com uma defesa sensacional. No rebote, uma infração escandalosa do zagueiro pernambucano. Não sabia que está podendo jogar capoeira no futebol…

Não entrarei no mérito se o empate foi justo ou não, mas é fato, que este time do Fluminense carece de mais maldade e ímpeto. Não acho que tenha faltado raça ou comprometimento, mas não vejo neste elenco, jogadores que tenham malandragem e pegada forte para incendiar alguns jogos chatos como este em que deixamos de entrar no G-4. Este time do Fluminense está muito no estilo “politicamente correto” e isso é complicado, principalmente para competições mata-mata, como por exemplo, a Copa do Brasil. Para piorar o cenário, quando o Fred sai, isso fica ainda mais nítido. 

Sem criar monstros, mas também, sem falsas ilusões. As duas vitórias em cima do Flamengo e Coritiba, como eu já havia comentado nos textos anteriores, foram mais na base da raça e da disposição. Faltam laterais e falta um atacante agudo para atuar ao lado do Fred ou do Magno Alves. Além disso, falta o treinador criar variações para o Fluminense não ficar refém de um único esquema de jogo. Espero que ele saiba aproveitar bem a semana inteira que terá pela frente até o duelo contra o irregular Palmeiras. 

EXPLOSIVAS DO GUERREIRO:

1 – A zaga foi bem. Destaque para o Antonio Carlos, que anda queimando minha língua. Está nítido que o herói de 2005 está em evolução. Quase decidiu o duelo com uma bela cabeçada no ângulo que foi muito bem defendida pelo goleiro do Sport. 

2 – Os nossos laterais são sofríveis. O Wellington Silva não é “o cara”, mas não pode ser barrado pelo Renato. Sobre o Giovanni, estou aceitando apostar no Breno Lopes. 

3 – 15 mil presentes no Maracanã. E olha que a vitória valia a terceira colocação e uma semana no G-4. A torcida não anda chegando junta, mas quando resolveu chegar na última quinta, foi tratada como gado. Talvez isso explique o fiasco dos 15 mil… E por falar em arquibancada, assisti o jogo do camarote e deu para perceber que a arquibancada do Fluminense está rachada. Um lado canto uma música, outro lado canta outra… 

4 – A lentidão do time do Fluminense me lembra o antigo programa do Canal 100 com direito a música “Que bonito é…”!

5 – O Enderson Moreira “Cristovou” bonito… 

6 – Baixaram a porrada no Gerson! 

Saudações Tricolores

Vinicius Toledo / Explosão Tricolor