A estranha situação do Edson




Edson ainda pode virar o jogo (Foto: Nelson Perez / Fluminense FC)
Edson ainda pode virar o jogo (Foto: Nelson Perez / Fluminense FC)

Esquisita essa situação do nosso volante Edson. No final de 2014, o cara terminou como grande promessa para 2015. Veio 2015, e o camisa 8 tricolor iniciou a mil por hora. Ainda no início do ano, chegaram propostas do futebol inglês e até o Corinthians, a pedido do Tite, ficou de olho no Edson. Na época, a torcida tricolor ficou invocada e exigiu que a diretoria exercesse o direito de compra, que só foi possível concretizá-lo, graças a venda do Kenedy para o Chelsea. A torcida comemorou bastante e o jogador retribuiu com excelentes atuações no primeiro semestre, mas depois…

Muitas são as versões sobre a queda de rendimento e o afastamento do Edson, entretanto, uma parece bastante real: um suposto desentendimento com o Mário Bittencourt. Me lembro bem que o Edson chegou a desmentir essa história, mas o discurso não foi muito convincente. Além disso, houve uma participação visivelmente forçada naquela mobilização dos jogadores em defesa do vice de futebol, que ficou conhecida como #FechadoComOMario, quando o jornal “O Globo” publicou que o elenco estava em rota de colisão com o vice de futebol tricolor.

Não, meus amigos, não estou especulando nada e nem jogando gasolina no incêndio. Só quero tentar entender o problema, pois estamos falando de um patrimônio do Fluminense, que no início do ano, estava altamente valorizado, e agora, está praticamente marginalizado.

Com ou sem razão no episódio, a diretoria do Fluminense tem a obrigação de zelar pelo Edson. Se o jogador andou vacilando, a roupa suja tem que ser lavada internamente para que ninguém saia prejudicado. 

Preocupa bastante toda esta situação, pois podemos estar presenciando uma das maiores desvalorizações de patrimônio dos últimos tempos. Um jogador que no início do ano interessava ao futebol inglês e ao atual campeão brasileiro, termina 2015 como moeda de troca por um jogador do Sport Recife. Isso não pode! Sem querer desmerecer o futebol pernambucano, mas a realidade é a seguinte: do Rio de Janeiro, o cara só pode sair para São Paulo, Minas, Rio Grande do Sul ou exterior.

Repito mais uma vez: com ou sem razão, a diretoria tem que tratar de valorizar o Edson. Humildade, inteligência, lucidez, equilíbrio emocional e visão comercial são cinco fatores que ajudam bastante a não causar prejuízos financeiros. Por isso a necessidade de uma gestão cada vez mais profissional em todos os quesitos.

Espero que tudo seja resolvido e o Edson consiga voltar a ser o “Pedreirão” que caiu nas graças da torcida tricolor, com boas atuações, gols e muita luta durante os 90 minutos. Mas se ele realmente não faz mais parte dos planos ou não deseja permanecer, espero que o Fluminense não tenha nenhum grande prejuízo.

A troca do Edson pelo Rithely não me parece ser uma solução muito inteligente, ainda mais sendo indicação do Eduardo Baptista, que visivelmente deseja colocar o time do Sport inteiro nas Laranjeiras. Isso é perigoso, ainda mais com a alta rotatividade de treinadores nos últimos tempos. É importante que o treinador indique os jogadores, mas a gestão de futebol tem que impor limites. É muito prático encher o Fluminense de jogadores do clube pernambucano com o argumento de que já conhece os caras, mas amanhã ou depois, o treinador é mandado embora e o clube é obrigado a ficar com uma herança maldita.

Vamos aguardar os próximos capítulos, pois teremos novidades nos próximos dias. E por falar em novidades, o Biro Biro, maior esperança de oxigenar o time para 2016, foi vendido. A justificativa do presidente Peter Siemsen foi algo que nem Freud explica! Tá difícil, tá difícil…

Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo / Explosão Tricolor

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