A hora da vitória!




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Amigos, o jogão de amanhã promete!

E dentre todos os ingredientes inclusos nesta partida (chilique do Eurico, lado direito, apresentação do dentuço, festa da torcida), um em especial é o que me move: a busca pela vitória!

Como já falei outras vezes por aqui, sou da geração mais resistente da história tricolor.

Nasci em 1981, e minhas primeiras lembranças de futebol datam de 1986, ou seja, um ano após o mágico período 1983/1985.

Com exceção do orgasmo de 1995, vivi na pele o período negro de 1986/1998, que culminou com a disputa da série C em 1999.

E mesmo assim, acreditem, eu não trago comigo qualquer vergonha de ter disputado a série C.

Aquilo amigos, foi a maior demonstração de grandeza que o Fluminense poderia dar aos seus descrentes.

Eu duvido muito que qualquer outro clube neste país tenha chegado a um poço tão fundo, e se levantado da forma que fez o Fluminense.

Não. Todos os outros, ou sucumbiram, ou sucumbiriam.

Mas nós não. Nós partimos da terceira divisão, comandados pelo técnico mais vencedor do país na época, para uma fase de grandes conquistas.

A partir da série C, nós demos início a um patrocínio de 15 anos, invejado por todos os nossos rivais, que viam suas previsões pueris que anunciavam o fim do maior clube do Brasil ruírem como um castelinho de areia, diante da grandeza do oceano.

A estes, só restava a vã tentativa de diminuir nossos feitos, cuspindo meias verdades sem qualquer embasamento fático, atordoados mais uma vez pela imensidão Tricolor.

Mas mesmo diante disso tudo, uma coisa me marcou bastante neste período.

Eurico Miranda.

Este senhor nunca perdeu a oportunidade de tentar diminuir nosso clube. Aproveitou o pior momento da história do Fluminense para desfilar toda sua empáfia e arrogância, ignorando que, um dia, não teria mais todo aquele poder, enquanto que um clube como o Fluminense não se deixaria derrotar por uns parcos anos de escuridão.

Já dizia nosso Profeta: “O Fluminense nasceu com a vocação da eternidade. Tudo pode passar. Só o Triciolor não passará jamais”.

E assim, a profecia está sendo cumprida.

Eurico retornou ao Vasco achando que ainda estamos nos anos 90.

Aliás, os vascaínos que adoram se gabar aos quatro ventos que torcem para o clube mais democrático do país, hoje precisam aturar uma diretoria que parece transformar o Vasco numa espécie de Venezuela do futebol.

E o nosso Flu, que mais uma vez precisou jogar na cara da mídia esportiva a sua grandeza, mostrando que é, e sempre será, maior do que qualquer patrocinador que estampe a marca na sua camisa, se vê diante da chance de retribuir a Eurico Miranda tudo o que os seus torcedores passaram na década de 90.

Todo time tem sua pedra no sapato. Sabemos que nós somos a pedra no sapato do Flamengo. Mas que, por outro lado, ao menos nos últimos 25 anos, o Vasco é a nossa pedra.

Mas pelo menos em relação ao desempenho esportivo, a nossa resposta ao senhor do charuto já foi dada.

Só neste século, já fomos duas vezes campões brasileiros, uma vez campeões da Copa do Brasil, tivemos duas campanhas bastante relevantes a nível sul-americano, e fomos três vezes campeões deste deprimente estágio atual do campeonato carioca.

O Vasco, por outro lado, foi uma vez campeão da Copa do Brasil, duas vezes campeão carioca (uma delas, nesta palhaçada de 2015), e duas vezes rebaixado para a segunda divisão.

E aos vascaínos com memória curta, Eurico foi o presidente do Vasco de 2001 a 2008, tendo comandado o clube em quase toda a campanha que culminou com o primeiro rebaixamento. Logo, tem sim grande responsabilidade pela fase atual da equipe cruzmaltina.

Agora, sem o reforço da FFERJ, o Vasco é o penúltimo colocado do campeonato brasileiro, enquanto o Fluminense, clube que acabaria sem o patrocínio da Unimed, briga pela liderança, e tem no seu elenco a maior referência atual de um clube brasileiro. E acaba de fazer a maior contratação da temporada, apesar de anunciada como 90% certa no rival.

Eurico declarou que não jogava com o Fluminense no Maracanã, se nossa torcida ficasse ao lado direito das cabines. Perdeu.

Eurico tentou fazer com que o clássico fosse disputado com torcida única, pela primeira vez na história do Rio de Janeiro. Perdeu.

Eurico tentou impedir a realização do jogo na justiça. Perdeu.

Eurico tentou contratar o dentuço. Perdeu.

Eurico declarou que o Vasco não será rebaixado com ele na presidência. …………..

Quem não viveu a década de 90, não entende como isso tudo é gratificante.

O Vasco dos últimos anos até nos fazia esquecer de tudo o que passamos.

Mas agora já lembramos. E como temos feito neste século, nossa resposta não será pessoal. Nossa resposta tem que ser com títulos. Com conquistas.

Por isso, antes de mais nada, eu quero a vitória.

Quero a vitória para fechar a conta das últimas semanas em cima de Eurico Miranda. Quero a vitória porque o Fluminense precisa voltar a se impor diante do Vasco, como fazia até a década de 90.

Mas, acima de tudo, quero a vitória porque são mais 3 pontos para o Flu. E o meu clube não é movido por questões pessoais. Ele é muito maior do que tudo isso. Ele é movido por conquistas. E assim continuará sendo.

Abs,

Alan Petersen