Abacaxi em Bacaxá!




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Abacaxi em Bacaxá!

Buenas, tricolada! Jamais encarei como obrigação falar do Fluminense. É sempre prazeroso. Mas nesse Cariocão da FERJ, quando não acompanhamos os grandes clássicos, a maioria dos demais confrontos são sonolentos e cansativos. Para os jogadores e para as torcidas – e colunistas.

Fluminense e Boavista não poderia ser diferente. Foi um abacaxi em Bacaxá, com direito a apagão de refletores pouco antes do início do jogo. Treino de luxo! O Tricolor teve amplo domínio. A equipe da Região dos Lagos do Rio não faz boa campanha e, consequentemente, a vitória era mais do que esperada.

Destaques para o jogo coletivo do Fluminense, que mais uma vez foi envolvente, e para o Luciano, que faz gols como se trocasse de meias – e olha que eventualmente ele ainda perde alguns lances fáceis, hein?!

O Boavista, repleto de ex-tricolores, como Rafael, Wellington Silva, Elivélton, Carlos Alberto e Tartá, nos presenteou com o primeiro tento, assinalado por Márcio Costa – que tem nome de ex-tricolor – contra o seu próprio patrimônio, depois de escanteio batido pelo Caio Henrique, pela esquerda. Isso logo aos 4 min.!

A partir daí, bastou ao Fluminense administrar o seu futebol e buscar as melhores oportunidades bem ao estilo Diniz de propor o jogo.

O segundo gol, também no primeiro tempo, nasceu de boa trama pela direita, iniciada ainda na defesa com o Matheus Ferraz, passando por PH Ganso e Gilberto, que bateu da entrada da área para a boa defesa do veterano Rafael, e terminada com o belo calcanhar do Luciano, depois de chute torto do Everaldo.

E o terceiro pepino, já no segundo tempo, teve uma ajuda etérea do zagueirão amado pelo Abel, em 2012, Elivélton, que tentou um balão pra frente e encontrou a chuteira de Luciano. A bola subiu, ganhou efeito e encobriu o goleiro adversário. Pronto, placar definido!

Depois do terceiro gol, Diniz poupou Gilberto, Aírton e Ganso. Natural, já que vem aí uma sequência de duelos importantes, a partir deste próximo domingo – e “mandou” o time deixar o tempo passar.

Análises individuais mais detalhadas diante de um embate como o desta quinta-feira podem comprometer este colunista que vos escreve (risos), e por isso entendo que seja melhor uma abordagem mais ampla, destacando os pontos positivos e negativos da peleja – e das escolhas do treinador.

DEFESA

A defesa sem problemas, com algum destaque para uma boa defesa de Rodolfo, depois de uma falta batida pelo rechonchudo Carlos Alberto; para a segurança de Matheus Ferraz, mais uma vez – apenas um pequeno vacilo, numa saída de bola, quando tentou dribles na nossa intermediária e concedeu contra-ataque.

E para um recorrente contratempo que venho apontando aqui: o Caio Henrique como lateral-esquerdo. Sem querer ser chato, e já sendo, sou contrário a improvisações, a não ser em emergências. Com este modelo adotado pelo Fernando Diniz, perdemos a dinâmica e a eficiência do Caio pelo meio, e de quebra a profundidade do Mascarenhas pelo lado esquerdo.

MEIO-CAMPO

A meiúca esteve bem, com Airton soberano como primeiro-volante e Bruno Silva dando mais consistência defensiva ao setor. A propósito, ratifico que o Bruno ainda nos deve uma atuação mais convincente, mas o seu poder de marcação na nossa intermediária é bem evidente… Acabaram-se os buracos, como os que vimos na partida contra a Cabofriense.

PH Ganso esteve um pouco abaixo de sua média. Arrisco dizer que foi a sua partida mais discreta, desde a estreia, contra o Bangu – mas ele ainda é diferente. No entanto, mesmo fazendo o feijão com arroz certinho, nosso mesmo meio-campo ainda convive com uma certa dificuldade de verticalização, em alguns lances… nada que o tempo, os treinamentos e o próprio entrosamento não curem.

ATAQUE

No ataque, o Luciano, quando está em seus dias, é ótimo. Pena que, eventualmente, necessite de um choque para acordar, no decorrer dos jogos. Yony, como sempre, brigador, raçudo, veloz, sem ser brilhante, e jamais escondendo-se nos lances.

Everaldo também já teve atuações individuais mais destacadas, mas ele correu, dedicou-se, não pecou por omissão – tal qual o colombiano -, recompôs bem o sistema defensivo, enfim, fez o que espera-se dele, taticamente. Melhor ainda, não tirou o pé das divididas por conta deste vai-não-vai pro Cruzeiro.

SUBSTITUIÇÕES

Ezequiel manteve o ritmo na lateral-direita, ao substituir o Gilberto. Allan entrou um tanto desligado, na vaga do Airton, e quase entregou um gol de bandeja pros caras. Já o Daniel compôs o meio sem comprometer, quando entrou no lugar de Ganso.

FIRMEZA NO CONCEITO

O Diniz mantém-se firme na sua balada, apostando nos seus conceitos e entrosando cada vez melhor o time. Como eu já disse, o malandro não troca xixi por pipi, e vai conquistando a admiração de todos que apreciam o velho e violento esporte bretão.

A bem da verdade, o Boavista não nos incomodou durante o jogo. Então, quaisquer avaliações mais à miúde tornam-se fugazes e efêmeras. Oras, vêm duelos mais encardidos por aí, portanto, vamos tocar o barco, como dizia o saudoso Ricardo Boechat!

Que venham Bota, Antofagasta e Fla, numa série de confrontos complicados e decisivos, em uma semana e pouquinho. Contudo, sou mais Fluzão!

Até a próxima e saudações eternamente tricolores!

Rapidíssimas:

– E o Nenê, hein?! Balão apagado do Abad ou especulações da imprensa em geral?

– Fratura de fíbula, é, Digão? Putz, só temos inscritos na Sula, nesta primeira fase, Frazan e Paulo Ricardo, além dos titulares. Seja o que Deus quiser!

– Pedro esbanjando competência nos treinos de finalização! Boa, meu camisa 9!

– Fundo de Investimentos e Kia Joorabichian? Tome Shakespeare: ser ou não ser, eis a questão!

– Como tricolor de coração e apreciador do futebol, tive que assistir a Fla e LDU. Vejo tudo quanto é jogo. Confronto das trevas! Como eu torci para a CONMEBOL retirar, de cara, três pontos de cada clube (risos)!

Ricardo Timon