Atuação de cinema

Com atuação de cinema, Fluminense goleia e fica perto da final  (por Lindinor Larangeira)

“And the Oscar goes to…”  No domingo de Carnaval, o Fluminense desfilou no gramado do Maracanã, com uma atuação nota 10, digna do maior prêmio da indústria cinematográfica mundial.

Foram 12 gols em dois jogos. Algo inusual para um treinador adepto dos placares mínimos. Afinal, de acordo com ele, “futebol não é basquete”.

Os idiotas da objetividade dirão, de maneira bovina: “Mas pegaram um time de série D e outro de série B”.

Pobres diabos que pouco ou nada entendem de futebol, cinema ou mesmo de basquete.

O Fluminense jogou como time grande. Ou como dizia Nelson Rodrigues, “enorme”, porque grandes são os outros.

A equipe teve atitude, organização e soube respeitar o adversário, jogando com muita intensidade.

Se o papo for basquete, Jhon Arias lembrou Michael Jordan: defendeu, armou, construiu e foi letal na conclusão do gol mais bonito da partida, e um dos mais belos do campeonato.

Na conversa de cinema, Otávio foi um dos Sete Samurais. Canobbio, O Príncipe Valente. Cano é um implacável Ringo.

Fábio tem a experiência e a tranquilidade do mestre Obi-wan Kenobi. Samuel Xavier é o nosso Sansão. E ainda temos Hércules, o próprio. Conan é Ignácio. Freytes, o Julio Strassera de Ricardo Darin. Fuentes, o Bruno Madrigal, de Encanto. Serna é o Senna do seriado. Martinelli, aquele caipira sagaz, como Mazzaropi. 

Ainda estou aqui para falar de Guga, Keno, Bernal e Everaldo, que completam com brilhantismo, um elenco que dá sinais de equilíbrio.

Foi um baile de Carnaval, um filme de Oscar ou um jogo daquele Chicago Bulls de MJ?

Só sei que o domingo foi de festa para os tricolores e para os amantes do cinema.

Que o filme do Fluminense em 2025 tenha final feliz.

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PS1: Parabéns ao cinema nacional.

PS2: A safra do cinema é muito boa. Não deixem de ver Ainda Estou Aqui. O Brutalista. Anora. Conclave. A Verdadeira Dor. Flow. Emília Perez. A Substância. O Aprendiz. Um Completo Desconhecido.

PS3: Salvo um improvável acidente de percurso na Serra Gaúcha, creio que não teremos a nota daquele famoso colunista sobre o tema SAF.

PS4: “Dá lhe. Dá-lhe. Dá-lhe, Nense. Seremos campeões!”