Atuação do Flu contra o Palmeiras, críticas por decisão de barrar Marcos Paulo e muito mais: leia a entrevista coletiva de Odair Hellmann




Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.



Odair Hellmann concedeu entrevista coletiva após o empate com o Palmeiras

Após o empate do Fluminense em 1 a 1 com o Palmeiras, na noite desta quarta-feira (12), o técnico Odair Hellmann concedeu entrevista coletiva no Maracanã. O treinador falou sobre o desempenho de sua equipe, escolha por Fred entre os titulares, críticas por decisão de barrar Marcos Paulo, manutenção de Nenê no time titular, momento de Michel Araújo e muito mais. Leia a íntegra abaixo:

Atuação do Fluminense contra o Palmeiras

“No 1º tempo, até os 20 minutos tivemos um pouco de dificuldade na iniciação. Sofremos o gol de um único lance em que perdemos a posse em nossa construção de saída e eles acharam o gol, porque não tiveram nenhuma chance. Tivemos nosso gol a partir de nossa construção. Tivemos essa força de buscar o empate. Merecíamos até uma situação diferente. Foi um jogo de poucas chances, muito disputado, com muitas faltas. Ao passarmos uma dificuldade inicial – não por pressão do Palmeiras, mas de dificuldade de construção para chegar na fase final – entramos no jogo e melhoramos na partida, até fazer um 2º tempo melhor que o Palmeiras. Mas não conseguimos traduzir isso em situações claras de gol. Porque o jogo também não permitiu. Mas estamos em busca de melhorar esses aspectos.”

Escolha por Fred entre os titulares

“A avaliação do Fred é que ele está retornando de uma operação que teve. Já vinha treinando um bom período. Fizemos uma volta gradativa. Tinha entrado no 2º tempo, hoje iniciou. A ideia era que levasse o máximo possível, para que elevasse a possibilidade de ritmo. É um grande jogador e vai nos ajudar muito. Sempre frisei. Valorizo o grupo. É um excepcional jogador. Quando iniciar, vai nos ajudar. Quando não iniciar, também, porque é um líder, um cara experiente. Mas a ideia é que quando ele estiver recuperado, o mais breve possível, possa nos ajudar dentro do campo.”

Críticas por decisão de barrar Marcos Paulo

“A divergência faz parte e tem o respeito da minha parte. Foi a opção pela manutenção de um goleador, de força e velocidade, que é o Evanilson, em uma função que ele faz, com um movimento um pouquinho diferente, mas com liberdade para ser esse segundo atacante, infiltrando. E a manutenção de um meia armador (Nenê) e um meio com um meia-atacante polivalente, como o Michel Araújo, que pode fazer função de lado e de meia. O Yago é um jogador um pouco diferente do Michel, mais de composição. E o Dodi, por trás de todos os jogadores de características ofensivas. É buscar esse equilíbrio entre as características, para que possamos fazer um time forte.”

Manutenção de Nenê no time titular

“O Nenê continua e continuará iniciando. Pelo menos iniciará a próxima partida, já te aviso de antemão. Como aqui dentro tem bastante fonte, de passar as informações para fora, já estou sendo a fonte para você. E aí, se na próxima partida eu tiver que tomar decisão, ou por avaliação técnica ou de característica ou de composição, certamente farei com Nenê, Fred, Evanilson… Com qualquer jogador. Pois os vejo com a mesma importância e dou a mesma importância para todo jogador. Independe se ele inicia o jogo ou não. Trabalho com o grupo e a resposta do grupo foi boa. Tanto dos jogadores que iniciaram, como Luccas Claro, por exemplo, e outros que entraram também.”

Momento de Michel Araújo

“Ele está evoluindo parte técnica, física e pode jogar tanto do lado, quando por dentro avançado, como pode fazer como fiz hoje, lateralizando ele e Dodi. Está demonstrando essa capacidade de força, intensidade.”

Utilização do elenco

“Isso não é em relação ao Fred, é em todos os jogadores. Você pode ver que nessas duas partidas do Brasileiro tivemos algumas modificações em relação a jogadores que até não vinham jogando, jogaram e deram boa resposta. Isso é resposta de grupo. Domingo já tem jogo novamente. Com certeza precisaremos de todos muito bem para que em determinado momento possamos usar da importância do grupo, em alguns momentos por sequência física, outros por opção, de variação de característica. Vão jogar todos, todos participarão. Em algum momento uns terão uma sequência maior, em outro momento terão que dar uma segurada para recuperar, para poder estar 100% em uma próxima etapa. Porque é um campeonato muito difícil, que te exige o limite. E temos que estar com esse grupo, como estou tendo nestas duas partidas à disposição para que consigamos fazer os jogos na alta intensidade que é exigida, na qualidade que propomos, para que busquemos as vitórias e uma boa pontuação.”

Base do time definida

“Nós temos uma base. Mais jogadores estão repetindo jogos. Hoje não tivemos Digão, Matheus Ferraz, Hudson, Yuri. Gilberto saiu. Cinco jogadores que não estavam à disposição e três da linha defensiva. Isso muda também a estrutura não só defensiva, como de meio de campo. Mas ganhamos outras opções. O Michel, por exemplo, está conseguindo se adaptar bem, dar resposta. Hoje oportunizamos o Luiz Henrique, mais um menino com boa capacidade. Por isso falo do grupo. Não contamos com esses jogadores por problemas, mas acabaremos tendo na sequência por lesão, suspensão, opção tática, de característica.”

Busca por equilíbrio

“Temos uma base, mas não usamos apenas uma só maneira de jogar. Temos uma consistência, organização, boa intensidade, capacidade de construção boa, bom número de trocas de passe, de posse, estamos aumentando o número de finalizações. Agora precisamos encontrar o equilíbrio entre refinar e terminar as jogadas e não acontecer como aconteceu no 1º tempo quando tomamos o gol.”

Protocolo de segurança da CBF

“Nós todos, que estamos indo para nossos trabalhos estão, de alguma maneira. Não só nós, do futebol, mas todas as pessoas, de alguma maneira. Por exemplo, desde o início da pandemia, os profissionais de saúde eram os que estavam mais expostos, porque estavam no front, para que não houvesse um colapso maior no sistema de saúde do Brasil. Passamos por esse momento, mas a pandemia continua, a doença não acabou. Nós ainda temos o privilégio de sermos muito bem assistidos. Pelo Fluminense, pela CBF, com testes… Eu sou testado de 3 em 3 dias, ou 2 em 2… Coisas que outras pessoas em outras profissões têm essa dificuldade. Mas, claro que essas coisas vão acontecer. O que não pode é ter decisões diferentes para situações iguais. A CBF precisa ter essa sensibilidade de quando acontecerem os casos, tomar decisões para que não haja diferenças técnicas. Porque já há muitas outras diferenças técnicas no campeonato, financeira, estrutura, grupos maiores de jogadores para um ano normal, imagina em um campeonato atípico. Então isso prejudica ainda mais as equipes que têm dificuldade. Esse é o cuidado que eu peço. Bom senso e avaliação.”

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Por Explosão Tricolor 

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