 
Depois de 19 rodadas, o Fluminense não pode ser ultrapassado por ninguém e segue firme no G4. Na noite deste sábado, batemos o Fortaleza, no Castelão, pelo placar mínimo em partida válida pela última rodada do primeiro turno do Brasileirão. Quem diria que estaríamos a três pontos do líder a essa altura? Eu não!
Durante uns 40 minutos do primeiro tempo, fomos melhor e controlamos o jogo diante de uma equipe normalmente bastante organizada. A única boa oportunidade do Leão do Pici foi em uma cabeçada no primeiro pau em escanteio aos 4 minutos. Apesar desse domínio e da segurança que a defesa passava, faltou criatividade para o Tricolor. Tivemos três lances mais interessantes a nosso favor: o principal deles foi com Ganso logo aos 13 minutos depois de boa jogada de Caio Paulista, que tocou para o jogador errado em um contra-ataque com três jogadores nossos contra três deles. Pode parecer estranho, mas a bola era para o Felippe Cardoso.
Como Ganso não é lá um grande finalizador, procurou o canto esquerdo do goleiro adversário, mas acabou fazendo um recuo que resumiu bem sua atuação. Faltou força para o camisa 10 tricolor, pois sua atuação foi muito fraquinha. Fraquinha no diminutivo mesmo. E isso não mudaria no segundo tempo.
Quem voltou diferente após o intervalo foram os cearenses, que se impuseram nos 10 primeiros minutos da etapa complementar, assim como fizeram durante os 5 primeiros minutos da partida. O azar do Fortaleza e a sorte nossa era que tínhamos um homem predestinado em campo. E ele atende pelo nome de Felippe Cardoso. Ele fez o gol? Não, claro que não. Mas foi o camisa 19 que sofreu a falta que mudou o jogo.
Isso porque o juiz pegou todo mundo de surpresa ao expulsar o zagueiro que trombou com o Cardoso — ou que foi atropelado por ele — em um lance em que a bola era do goleiro. A partir daí, o Fluminense conseguiu equilibrar o jogo se ser dono das ações mais uma vez. A nossa primeira chance de perigo no segundo tempo, talvez a primeira chance de qualquer coisa, veio em cabeçada de Felippe Cardoso aos 27 minutos, e Luccas Claro, o melhor zagueiro do Brasil na atualidade tentou prestar uma homenagem a Renato Gaúcho dois minutos depois, mas não foi dessa vez.
Não dá para dizer que as substituições do Odair Hellmann mudaram a cara do time, que continuou esbarrando na falta de criatividade até o fim. Entretanto, foi uma delas que garantiu a vitória merecida na soma dos 90 minutos mesmo com uma atuação bem mais modesta do que na vitória contra o Santos. Wellington Silva, que entrou no lugar de Caio Paulista, não quis nem saber se o lance parecia de pelada ou não e colocou no fundo das redes. Ou melhor, no pé do defensor do Fortaleza, que desviou para o fundo do gol aos 30.
Seis minutos depois, tivemos a nossa jogada mais lucida em todo o jogo terminando em um chute travado de Yago, que ao lado de Hudson foi o melhor do Fluminense no setor. É, Ganso… Você não aproveitou a chance de hoje. Quem apareceu dando o bom passe final foi o estreante Lucca.
Essa foi a última partida da sequência fácil do Fluminense no campeonato ou a primeira da sequência difícil? Acho que existem argumentos para defender as duas visões, mas o que importa é que no fim vencemos mais uma contra um adversário da primeira metade da tabela. Enfim, agora só nos resta aproveitar mais uma semana no G4.
Curtinhas
– Michel Araújo rende mais pela direita, e Caio Paulista não pode ficar com essa vaga.
– Dodi não jogou? Estava preocupado com a ausência do nosso volante, bobeira minha.
– Está lançada a campanha #MiguelEmprestadoPraQualquerTimeDoPlaneta!
– Tudo bem que cada jogo tem sua história e isso é algo impossível de prever, mas o Luís Henrique não jogou um minuto sequer.
– Fred tem tudo para voltar na próxima partida (amém), mas tenho que confessar que me divirto vendo o Felippe Cardoso jogando e o Fluminense ganhando. Talvez diversão seja muito forte…
Saudações tricolores, galera!
Carlos Vinícius Magalhães
