Caça às bruxas?






Mais um jogo sem vitória. O sexto seguido. Mas também foi o terceiro sem perder. Caça às bruxas no Fluminense? Nada disso. A paralisação para a realização da Copa América cairá como uma luva. Fernando Diniz terá tempo suficiente para repensar suas estratégias, jogadores recuperarão a parte física e a nova diretoria poderá trabalhar sem a pressão de resultados do campo.

Sobre o empate com a Chapecoense, a atuação do Fluminense deixou a desejar. A impressão que me passou foi a de um time bastante desgastado, sem força física e até mental pra buscar a vitória. São os efeitos da desgastante sequência. Do dia 15 de maio até 13 de junho, o Tricolor disputou nove jogos. Ou seja, atuou praticamente de três em três dias. Vale ressaltar que foram cinco jogos fora do Rio de Janeiro nos últimos seis. Além disso, o Fluminense foi um dos três times da Série A que atuou em três competições diferentes ao mesmo tempo nas últimas quatro semanas.

Voltando a falar sobre o empate na Arena Condá, Diniz escalou o que tinha de melhor. Muitos contestaram a ausência do Frazan, no entanto, é importante ressaltar que ele atua na mesma faixa de campo do Nino. Com relação ao gol sofrido, Yuri deu mole, mas o Agenor falhou. Definitivamente, o Fluminense não tem um goleiro que passe confiança.

Apesar da leveza e do talento, o ataque deixou a desejar. De qualquer forma foi bom para mostrar que não dá para jogar a responsabilidade nas costas de dois garotos de 17 anos de idade. Marcos Paulo e João Pedro são diferenciados, jogam muita bola, mas ainda não podem ser considerados como salvadores da pátria.

Considerando que o time não se criou na primeira etapa e ainda levou sufoco no final, o empate não foi ruim. No entanto, após a grande atuação no Fla-Flu, a sensação de frustração foi grande. O consolo é que deu para escapar da zona de rebaixamento.

Primeiro semestre encerrado. Dentro das condições oferecidas, acho que o Fernando Diniz realizou um bom trabalho. Teve alguns erros, mas no geral foi bem. Infelizmente, o elenco é limitado, portanto, não dá para ir tão longe em competições como a Copa do Brasil e, principalmente, Campeonato Brasileiro. Sendo bem realista, as metas tricolores são as seguintes: ficar longe da zona de rebaixamento e tentar fazer uma graça na Copa Sul-Americana. O que vier além disso é lucro.

Agora é aguardar as ações da nova diretoria e saber aproveitar esse um mês livre para ajustar o time. Com todos à disposição, acredito que a vida do Fluminense andará no pós-Copa América. No entanto, acertar a questão financeira será fundamental para a sobrevivência tricolor na temporada.

Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo