Cerro x Fluminense: sono, angústia e preocupação




Marcelo (FOTO DE LUCAS MERÇON / FLUMINENSE FC)

Cerro x Fluminense: sono, angústia e preocupação (por Lindinor Larangeira)

Mais uma atuação ridícula do Fluminense em 2024. O pior de tudo foi ver nosso treinador dizer na coletiva que “o time jogou bem”. Não, meu caro Diniz. Se o time jogou para conquistar um ponto, cumpriu a missão. E se o conceito de “jogar bem” é esse, você está certo. Afinal, para efeito de classificação, empatar fora não é um mau negócio, já que a liderança foi mantida, chegamos a cinco pontos e temos duas das três partidas que restam em casa.

Talvez errado esteja o torcedor, que tem cobrado apenas um futebol aceitável da equipe, que tem vivido de espasmos. Como os primeiros tempos dos jogos contra o Red Bull Bragantino e o Vasco. Alguém pode perguntar: “e a decisão da Recopa?” Nessa partida, um time veio para não jogar, e consequentemente, o outro tinha que propor o jogo.

Confesso que esperava mais do time ontem, no estádio Nueva Olla. Depois de toda a confusão da semana, os jogadores deveriam dar uma resposta. E, infelizmente, não deram. Novamente vimos em campo um time sonolento, previsível e sem qualquer poder de fogo.

Sobre o ocorrido fora de campo, não dá para passar a mão na cabeça dos atletas. São funcionários, têm obrigações com o clube e se cometem indisciplina, merecem punições. Porém, a forma como a situação foi tratada pela diretoria talvez tenha sido uma das piores conduções de gestão de crise que eu tenha visto na vida. O foco de uma partida extremamente importante foi tirado, por uma questão que, em minha opinião, poderia ser resolvida de maneira mais profissional, inclusive, com mais transparência. A história continua mal contada e com muitas pontas soltas.

O campo bola é reflexo da falta de planejamento e profissionalismo neste ano. O elenco atual dá mais opções ao treinador? Aparentemente, a resposta é sim. Mas, por óbvio, a maior baixa foi Nino. Todo mundo já sabia que a saída iria acontecer. Por que a diretoria não fez uma reposição, que se não fosse à altura, pelo menos mantivesse o padrão?

Contrataram um zagueiro, que até o momento se demonstrou tecnicamente limitado e inseguro. Mesmo com carências na posição, emprestaram Luan Freitas. E hoje, nosso melhor zagueiro é um quarentão, que tem entregado garra, profissionalismo, liderança e disposição. Mas somente por 45, ou no máximo, 60 minutos.

O profissionalismo de Felipe Melo e de Fábio, os atletas mais veteranos, deveria servir de exemplo por todo o elenco, principalmente os mais jovens, e também pela diretoria.

Se existe a necessidade imediata de recompor a zaga, por que não se contrata um, ou mesmo dois zagueiros de qualidade? Vamos continuar com cenas dos próximos capítulos da novela Thiago Silva

Planejamento pode ser revisto e alterado. De todas as contratações, até agora, apenas Marquinhos demonstrou condições de vestir a nossa camisa.

Voltando ao jogo de ontem, um primeiro tempo de posse de bola, para variar, com pouca efetividade. Apenas duas finalizações, sendo uma em direção ao gol, de um dos poucos jogadores que não tem medo de chutar: German Cano.

Falando no argentino, mesmo não estando no melhor da forma, nunca se omite do jogo. E se o nosso melhor definidor não passa por um bom momento, quando outros pilares do modelo de jogo de Diniz não vão bem, as coisas não funcionam. Como Arias e Ganso estiveram bem abaixo do padrão, o time não teve dinâmica e fluência.

No finalzinho, ainda perdemos André por contusão. O substituo, o limitado Lima, se escondeu tanto do jogo que não foi notado em campo.

Na segunda etapa, a toada continuou a mesma até os 20 minutos. A partir daí, o time paraguaio avançou suas linhas e começou a ganhar os duelos individuais. As substituições de Diniz não surtiram efeito, piorando ainda mais a produção da equipe.

A saída do atacante mais agudo, Marquinhos, se não foi por cansaço ou algum problema físico, para mim, foi incompreensível.

Do minuto 65 em diante, a angústia de ver um time acuado, sem poder de reação e, não fosse São Fábio, sairia derrotado pela primeira vez por um histórico freguês.

O time não chutou uma bola ao gol do brasileiro Jean, embora tenha tido um gol mal anulado. O gol foi contra, portanto, pela regra, deveria ter sido validado pela arbitragem. Ou será que o juiz e a equipe do VAR não conhecem a regra?

No apito final, até eu já estava contente com o empate. A angústia era parecida com a daquele jogo da volta, contra o Sporting Cristal, que poderia ter nos causado uma precoce eliminação. Não que a partida de ontem tivesse esse risco. Porém, uma derrota em Assunção traria uma pressão tremenda para a sequência da competição.

A preocupação agora é com a recuperação de André. As primeiras notícias da manhã de hoje não são muito boas. Perder outro pilar do nosso time agora teria consequências desastrosas.

Pela lógica do discurso do Diniz na coletiva, agora é buscar, pelo menos um ponto em Santiago e fazer o dever de casa nos jogos finais. Onze pontos é a conta da classificação, muito provavelmente em primeiro lugar. Mas, a minha pergunta e, creio, de boa parte da nossa torcida é: quando é que o Flu de Diniz vai estrear este ano?

PS1: Força, André!

PS2: Será que mais um defunto ressuscitará através do Fluminense?

PS3: Dois reforços que cairiam muito bem seriam o Alexsander do primeiro semestre e o JK do segundo semestre.

PS4: Molecada, juízo. Não joguem fora a oportunidade da vida de vocês.

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