Clarearam as necessidades do Fluminense




Fred fez a parte dele com 2 gols (Foto: Nelson Perez / Fluminense FC)
Fred fez a parte dele na última quarta (Foto: Nelson Perez / Fluminense FC)

Estimados leitores. Ultrapassadas as legítimas comemorações da nossa relevante conquista Nacional da Primeira Liga, estranhamente desprestigiada por alguns “torcedores” do Fluminense que, a bem da verdade, nem sócios do Fluminense Football Club são, limitando-se a torcerem do sofá, “clicando nas críticas” mas sem sequer clicarem lá no site oficial para se associarem ao clube num singelo plano de 20 (vinte) reais por mês (e ainda acham que Edson Passos foi uma péssima escolha para jogos do Campeonato Brasileiro, como se colocássemos uma média de 12 mil no Maracanã, sendo que não colocamos nem seis mil em Volta Redonda, sendo que a “mania” de grandeza por estádio levou o Botafogo aonde está, enquanto que o Caio Martins, comprovadamente, era melhor opção em detrimento ao Engenhão), algumas questões pontuais, ao meu sentir, estão evidentes.

Primeiro. Não precisamos, em essência, de um camisa 10, como vem sendo propalado por aí, e sim, de uma dupla de volantes de alto nível. Investira pesado nessa posição.

Para jogar como camisa 10, temos Cícero e Marcos Júnior. Ambos, estatisticamente e comprovadamente, em termos de finalizações, contribuição tática, performance e produtividade, rendem muito mais jogando de meias ofensivos do que de volante e atacante, respectivamente.

Douglas me decepcionou e mostrou que não tem condições de sequer ser banco para a posição. Fundamento? Ele tem 19 (dezenove) anos de idade e joga no Fluminense, e não em qualquer várzea. Já o Magno Alves, está com 40 (quarenta) anos de idade. Ontem ganhou não só do Douglas, que havia acabado de entrar, como também do jogador adversário no contra-ataque da Ferroviária no nosso lado esquerdo defensivo, numa jogada em que estava a mil metros atrás do Douglas, como também, do jogador adversário que estava puxando o contra golpe, naquele lance em que o Magnata recuou para o Cavalieri que, com a displicência que lhe é peculiar (relembre-se do Gabi Gol ano passado na Vila que lhe tomou a bola igual a doce de criança e ainda fez o gol), deu de canela para escanteio.

Sem Pierre e sem Cícero de Volantes, a coisa desanda. E não temos opções para essas ausências num campeonato como o Brasileiro, que não perdoa. O primeiro, embora limitadíssimo tecnicamente, vinha jogando bem, sendo certo que, em relação ao segundo, é evidente o desperdício técnico, táctico, ofensivo e coletivo em colocá-lo como volante. Melhor seria termos um baita de um volante e colocar o Cícero avançado. Em 2007 e 2008 foi assim, nesse ano de 2016 também vem sendo; mudar para que?

O Cícero pode, deve e tem que ser o camisa 10 desse time do Fluminense, alternando com Marcos Júnior, se não houver oportunidade de mercado para essas posições.

A coisa ao meu ver é singela ao estremo: se o Cícero como volante melhora a saída de bola, é porque os nossos volantes são fracos, não têm bom passe, visão de jogo e não estão correspondendo. Nem me venham falar de Felipe Amorim e Eduardo. Quem acompanha os treinos do Fluminense nas Laranjeiras, já sabe que esses jogadores sequer deveriam estar nas Laranjeiras. Não há como dar oportunidade para quem era tudo e mais um pouco nos treinos, até mesmo em campo reduzido e de finalização, com barreira estática. Com todo o respeito, para o Fluminense, não servem, assim como Igor Julião, Higor Leite, Samuel, Ayrton.

São bons jogadores para Madureira, Ferroviária, Ponte Preta. Aliás, em se tratando de Ferroviária, não vi Igor Julião ou Samuel mostrarem algo por lá. Não vai ser no Brasileiro complicadíssimo vindouro que mostrarão. Desculpem, mais aqui é Fluminense.

Melhor seria, como de fato deve ser, contratar uns dois volantes de nível e colocar o Cícero ou Marcos Júnior lá na frente, de camisa 10, caso não apareça um Conca, Thiago Neves, Montillo, Ricardo Goulart ou Diego de bobeira, não?

As opções de contratações, ao meu ver, são mais fáceis e viáveis para adquirirmos volantes, principalmente no mercado Sul Americano e nos times que avançaram na Libertadores, e não nos parcos camisas 10, que já estão super inflacionados no mundo inteiro. #ficaadica.

Quanto ao jogo de ontem em si, na boa, não há motivos para alarde. O nível dos times do interior de São Paulo são consideravelmente superiores aos dos times do Rio.

Se não vencemos o Botafogo na Rubensliga, alguém em sã consciência acharia que o jogo contra um time que venceu o Palmeiras no Alianz Parque pelo Campeonato Paulista iria vender fácil um empate ou uma derrota, jogando sua vida e projeção nacional em casa?

O Resultado, ao meu ver, foi extremamente normal, única e exclusivamente porque a competição é a Copa do Brasil. Ou vocês se esqueceram que, em 2007, com Thiago Neves e Roger na zaga, e o mesmo Cícero de meia, fizemos uma brilhante campanha jogando em casa e fora?

Ao meu ver, o 3 x 3, nos deu uma excelente vantagem para o jogo de volta.

Gostei dos dois gols do Fred que, pela primeira vez em 04 (quatro) anos, não foram resultado do FREDBALL, e sim, de jogadas ofensivas perpassadas para jogadores melhores posicionados, como foi no caso do Fred. Esse Fred do primeiro tempo da última quarta nos interessa.

O do segundo tempo que, após quase um mês de academia cansou e andou em campo. Não. Janela de transferências abrirão em junho. Tudo pode acontecer. Sou à favor da venda do Marlon; contra a venda do Scarpa.

De mais a mais, é assim que devemos pensar a Copa do Brasil: jogo a jogo, qualquer que seja o adversário. Ela passa rápido; quando se vê, já chegou semi-final e final.

É assim que ela é jogada. Ficamos semanas sem jogar e não fizemos uma grande partida. Longo tempo para treinamento não é sinônimo de resultado positivo. É assim na Copa da Inglaterra envolvendo times milionários da Premier League, perdendo para pequenos e frente estes sendo campeão por lá (Birmingham City Campeão em cima do Arsenal em 2011 que o diga), não haveria razão para ser diferente aqui no Brasil.

Relembre-se que perdemos a decisão de 2005 para o Paulista de Jundiaí, jogando em São Januário, assim como o Flamengo perdeu para o Santo André, jogando no Maracanã, em 2004. Tudo normal por enquanto, ao meu ver.

Entrementes, há um abismo considerável quando o assunto é Campeonato Brasileiro. Para essa competição, se não contratarmos ao menos uns três jogadores para chegarem e serem titulares, afirmo com a maior tranquilidade que vamos passar, e muito. perrengue.

América Mineiro e Santa Cruz estão aí para corroborar com essa asserção.

Vamos na boa, na tranquilidade, pois tudo ainda está “tranquilo e favorável”.

Temos tempo para ajustar uma séria e coisas, com um caneco debaixo do braço. Cumprimos a meta do primeiro semestre ao Conquistarmos a Primeira Liga (impressionante ver tricolor dizendo que a competição não é nacional porque só envolveu times do Sul, Minas e Rio. Como se o Brasileiro fosse “mega” Brasileiro, posto que não têm times do Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Piauí, Pará, Espirito Santo, Roraima, Distrito Federal, Tocantins, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte).

Façam-me o favor, com todas a vênias os que ficam de mi mi mi porque o Maracanã está fechado, ou porque não temos um “estádio” ou “time” à altura do Fluminense. Caiam na real; vejam o ranking do “torcedômetro” atual (disponível em http://historicofutebolmelhor.com.br/torcedometro), visualizem quem está na nossa frente e, após, reflitam um pouquinho, principalmente em termos de estádio, elenco, títulos conquistados nos últimos 05 anos e elenco atual para a disputa do Brasileirão:

COR Corinthians 131.628

PAL Palmeiras 126.675

INT Internacional 112.756

GRE Grêmio 94.562

SPO São Paulo 85.294

CRU Cruzeiro 74.858

SAN Santos 62.670

CAM Atlético MG 60.970

FLA Flamengo 55.235

10º SPT Sport 43.654

11º FLU Fluminense 32.413

12º BAH Bahia 24.996

13º PON Ponte Preta 18.476

14º REM Remo 17.118

15º BOT Botafogo 13.521  

Rápida Triangulação:

– Ao mesmo tempo em que gostei da definição de Edson Passos como nossa casa, fiquei possesso com a possibilidade do Flamengo “participar” através de uma “parceria”, para mandar os seus jogos no Estádio do América. Nunca houve nesses 114 anos de Fluminense, uma “parceria” com o clube da gávea, que tenha nos levado a algum lugar. Pelo contrário: o Contrato com o Consórcio Maracanã, inicialmente altamente vantajoso para o Fluminense, num passe de mágica passou a comprometer 70% (setenta por cento) do nosso já sofrido programa sócio torcedor, sendo certo que passamos a ter elevadas despesas para jogar lá. Sem contar que sempre sofremos com desgastes do gramado em razão da maratona de jogos em estádios comuns. Com Edon Passos em exclusividade, quero mais é ver fla-FLU e FLU x vasco com 90% de torcedores do Fluminense no estádio, e 10% dos visitantes lá do outro lado atrás do gol. Façam-me o favor: inexiste possibilidade de se fazer parceria com qualquer rival, ainda mais no Rio de Janeiro.

–  Thiago Neves, Montillo, Ricardo Goulart, Diego, W. Nem? Ainda assim, quero dois volantes de nível.

– Gostaria de saber se a “Tocha Olímpica” tem data estabelecida para estar no grande círculo do nosso Estádio das Laranjeiras quando vier ao Rio, já que o “Tombamento da Laranjeiras”, dentre outras falácias criadas ao longo dos anos em nome da nossa “importância”, leva em conta que o Fluminense Football Clube é o único Clube de Futebol no Mundo que conquistou a Taça Olímpica em 1949 (verdadeira Taça de Honra). Aguardarei os Governos Federal, Estadual e Municipal se manifestarem a respeito….ih, não vão não?…Pois é, vejam as fotografias logo abaixo e tirem suas conclusões sobre o verdadeiro abandono da NOSSA CASA, por parte dos dirigentes, conselheiros, administração pública e nossa omissa torcida…..  

Marcos Túlio / Explosão Tricolor

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