Classificação culposa




FOTO: MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE F.C.

Classificação culposa (por Lindinor Larangira)

Negligência, imprudência e imperícia caracterizam o crime culposo. Aquele em que não existe intenção do cometimento.

A classificação do Fluminense às semifinais do Campeonato Carioca pode ser tipificada assim: classificação culposa.

Com uma campanha ridícula e um futebol de baixo nível, o tricolor foi premiado ao passar de fase, o que demonstra a péssima qualidade da competição.

O atual modelo do estadual tem que ser repensado. Por que não uma fase prévia, com jogos dos clubes pequenos, em que dois ou talvez quatro, se classificassem para enfrentar os grandes, que teriam, ao menos, um mês de preparação?

Sobre o jogo de domingo, as palavras de Arias, na entrevista do intervalo, refletem não apenas a primeira etapa, mas o jogo inteiro: “Fizemos um primeiro tempo muito ruim, horrível”.

Horrível é a palavra exata para descrever mais uma atuação constrangedora dos comandados de Mano Menezes. Um time sem qualquer padrão de jogo ou esquema tático. Pobre em criatividade e ofensividade. Em que não se vê uma mísera jogada ensaiada. Até as mais básicas, na bola parada. Travado na transição defesa/ataque e lento na recomposição defensiva.

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Se Mano Menezes é o responsável pelo caos, pelo verdadeiro bando que se vê em campo, a atitude apática e desinteressada de muitos jogadores também colabora para esse futebol abaixo do medíocre. Porém, o maior responsável por esse show de horrores é quem renovou o contrato do treinador.

O presidente do clube deveria ter a humildade de reconhecer o erro e demitir Mano.

Mas parece que o tenebroso início de temporada, as contratações de refugos, a lentidão absurda, com a janela quase fechando, para trazer um meia criativo, tudo isso fica secundarizado quando se usa a palavra mágica: SAF.

Em caso de improvável, mas não impossível, desastre na estreia da Copa do Brasil, qual será a novidade mirabolante sobre esse tema?

Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos dessa verdadeira novela.

Para terminar e não esquecer, o grito que ecoou no final do jogo, em que o esfacelado Bangu conseguiu ser mais organizado do que o Fluminense: “Ei, Mano, vai tomar caju!”

PS1: Cadê o meia, Mário? Vai ficar para a SAF contratar?

PS2: Fora, Angioni. Já passou da hora de aposentar.

PS3: Ganhar do Águia é mais do que obrigação.

PS4: Mano está acabando com o futebol do ótimo Hércules.

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