Cobrador de faltas, camisa 45, R$ 3 milhões… saiba quem é Lima, o novo reforço do Fluminense para 2023




Lima (Foto: Divulgação)



No “pacotão” de reforços do Fluminense para 2023 há um nome consagrado, que é Keno; uma oportunidade de mercado de quem já foi uma joia, que é Guga; jovens em busca de espaço no futebol, casos de Vitor Mendes e Vitor Eudes; e Lima, que pode ser considerado uma aposta como foi Yago em 2020. Aos 26 anos, o meia já tem rodagem e viveu grandes momentos no Ceará, mas também oscilou e nunca brilhou por outros clubes. O que tentará fazer agora após virar um investimento do Tricolor.

Lima foi um pedido do técnico Fernando Diniz, e o Fluminense irá pagar, de forma parcelada, cerca de R$ 3 milhões ao Ceará para adquirir o jogador, conforme divulgado pelo jornal “O Dia” e confirmado pelo ge. O valor é quase o mesmo que o clube cearense investiu para comprá-lo junto ao Grêmio em 2021, quando arcou com R$ 3,5 milhões por 50% dos direitos econômicos. O Tricolor ainda não revelou qual porcentagem dos direitos ele adquiriu na transação.

Conheça um pouco mais do reforço tricolor:

Mesma geração de Everton Cebolinha

Natural de Araçatuba, no interior de São Paulo, ele foi formado nas categorias de base do Grêmio, onde havia muitos Vinícius e por conta disso passou a ser chamado pelo sobrenome “Lima”. Era da mesma geração de Everton Cebolinha, com quem era parceiro dentro e fora de campo.

Mas enquanto Cebolinha estourou rápido no profissional, Lima não conseguiu muito espaço e chegou a ser emprestado ao time B do Mallorca, da Espanha, em 2016, e ao Ceará, em 2017. Após retornar, teve sua maior sequência com a camisa do Grêmio em 2018, quando chegou a ser escalado como surpresa por Renato Gaúcho na final da Recopa Sul-Americana.

Ao lado de Cebolinha, Lima foi titular contra o Independiente na Argentina, mudando a formação do time. Mas ele foi mal, assim como toda a equipe, e acabou sacado no início do segundo tempo. Voltou a entrar na prorrogação no jogo da volta e participou do título da Recopa. Ao todo naquela temporada, foram 21 partidas de Lima, sendo 10 saindo do banco, e não fez nenhum gol.

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– O meia fez parte final da formação no Grêmio e era da geração de nomes como Everton Cebolinha, hoje no Flamengo, e Arthur, no Liverpool, entre outros. Não era dos mais falados daqueles grupos, mas recebia elogios. O Grêmio usou Lima em uma parceria com o Mallorca, da Espanha, para um período de empréstimo. Na transição para o profissional, viveu momentos sem tantas chances e brilhou mais quando cedido ao Ceará. Em 2018, chegou a ser surpresa na Recopa ao ser titular contra o Independiente, na Argentina. Até recebeu mais oportunidades no primeiro semestre, mas acabaria emprestado ao Al Wasl naquela temporada – lembrou Eduardo Moura, setorista do Grêmio no ge.

Porto seguro no Ceará

O brilho que não aconteceu no Grêmio veio no Ceará. Em sua primeira passagem pelo clube em 2017, por empréstimo, foi um dos destaques na campanha do acesso para a Série A do Campeonato Brasileiro. Já na segunda, após voltar dos Emirados Árabes, oscilou e culpou a parte física, que não tem a mesma exigência no futebol do Oriente Médio. Mas se recuperou em 2020 e foi adquirido em definitivo pelo Vozão no ano seguinte.

“Aqui já é minha segunda casa”, declarou o jogador após ser comprado. De fato, no Ceará Lima encontrou o seu porto seguro para mostrar seu futebol. Ao todo, foram 182 jogos, com 25 gols e 19 assistências. E inclusive se entendeu bem com Samuel Xavier, quem irá reencontrar no Fluminense, e chegou a fazer um golaço na Copa do Brasil de 2020 com passe do lateral.

No Vozão, Lima também aprendeu a ser versátil. Jogava na penúltima linha de um 4-2-3-1: começou atuando centralizado, depois passou a ficar aberto pela esquerda, e nos últimos anos vinha sendo usado do lado direito. Além disso, era o homem das bolas paradas do Ceará e cobrava as faltas, tanto as alçadas na área quanto as diretas – inclusive fez um golaço sobre o Inter.

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– Em 2022, Lima completou cinco anos da estreia pelo Ceará. Já em 2017, foi titular absoluto e peça essencial na campanha de acesso à Série A, com cinco gols marcados e cinco assistências distribuídas em 22 jogos. Em 2020, fez o ano mais artilheiro da carreira, marcando nove gols (fora as cinco assistências). No ataque alvinegro, sempre foi titular absoluto. Atuava tanto pelo meio quanto pela ponta direita, com boa qualidade de passe e finalização. Era também responsável pela bola parada, tendo feito gols importantes de falta pelo Vovô – explicou Juscelino Filho, setorista do Ceará no ge.

Meta audaciosa: rumo aos 45

Entre as curiosidades envolvendo Lima, no Fluminense o meia vai ter em Willian um parceiro de bigode: assim como o atacante, o meia cultiva a famosa barba abaixo do nariz e não raspa de jeito nenhum. No Ceará, os companheiros brincavam o chamando de MC Livinho, por causa da semelhança com o bigode do funkeiro. Ele é bom de grupo, mas diante das câmeras faz parte do time dos tímidos.

E a torcida tricolor pode ter estranhado a escolha pela camisa 45 no Fluminense, mas quem conhece Lima sabe que o supersticioso jogador sempre usa o número, que marcou sua estreia no profissional, ainda no Grêmio. E virou até uma meta audaciosa: ao site oficial do Ceará em 2017, ele falou que utiliza a numeração porque “pretende encerrar a carreira nos gramados somente quando completar 45 anos”.

Um feito para poucos no futebol, mas que tem um ex-Fluminense e Ceará como inspiração. Magno Alves, que brilhou com a camisa dos dois clubes, anunciou sua aposentadoria em julho aos 46 anos. Será que Lima vai conseguir chegar perto dessa marca?

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Por Explosão Tricolor / Fonte: ge

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