Coletiva completa do técnico Renato Gaúcho após a derrota para o Corinthians




Renato Gaúcho concedeu entrevista coletiva após a derrota do Fluminense para o Corinthians 
Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC

Coletiva completa do técnico Renato Gaúcho após a derrota para o Corinthians

Renato Gaúcho concedeu entrevista coletiva após a derrota do Fluminense para o Corinthians 

Confira todas as perguntas e respostas da entrevista coletiva do técnico Renato Gaúcho após a derrota do Fluminense por 1 a 0 para o Corinthians, na noite deste sábado (13/09), no Maracanã, pela 23ª rodada do Brasileirão 2025:

Derrota para o Corinthians e decisão de poupar titulares 

“Você falou que o Corinthians está desfalcado? Eu mudei dez jogadores. Faz parte. Corinthians jogou quarta-feira também. Quem poderia jogar, jogou, porque o Corinthians não tem jogo no meio de semana. Amanhã de manhã a gente treina, segunda-feira treina e viaja para Buenos Aires, para jogar já na terça-feira. Não adianta ficar repetindo aqui toda vez. Não adianta, a gente tem que segurar alguns jogadores, na maioria das vezes todos, porque a cada três dias temos jogo. Eu não vou perder ninguém. (Vão dizer) “Renato tá dando a mesma desculpa”, é uma realidade, é um fato. Fluminense é o único clube disputando três competições.

Não vai ganhar todos os jogos. Mudamos dez jogadores e o Fluminense jogou melhor que o Corinthians. O Corinthians teve mais sorte que o Fluminense. Tomamos um gol numa indecisão nossa ali atrás, um gol esquisito, diferente, mas foi gol. Criamos mais oportunidades que o Corinthians, mas eles foram mais felizes. Costumo falar que o futebol é bola na rede. Eles tiveram chute a gol, o gol que fizeram sem querer, e ganharam da gente. Não é porque perdemos que não vou elogiar o meu time. Faltou um pouco mais? Sim, até pelo entrosamento entre eles. Mas não faltou entrega do time. Faz parte. A gente enfrentou, jogou, infelizmente perdeu o jogo.”

Insistência em cruzamentos na área para jogadores baixos

“Não (faltou repertório). Nosso time é um time que não tem muito altura mesmo. Não é só gente grande que faz gol de cabeça. Joguei com Bebeto, que tinha 1,60m e fazia gol de cabeça toda hora. O importante é você aproveitar as oportunidades. Fica difícil explicar passo a passo, mas vamos lá… No momento em que eu tiro no final do jogo, quando a gente está ganhando, faltando três, quatro, cinco minutos e coloco um cara alto lá para defender é justamente porque o adversário vai empurrar jogadores altos e vai colocar a bola dentro da área. Isso é que nem andar para frente.

Hoje a gente estava perdendo o jogo, vocês não queriam que eu colocasse jogadores altos lá atrás. Eu tive que mudar, mas só que nossos jogadores de ataque, tirando o Everaldo, são todos de estatura média pra baixo. Não posso fazer os jogadores crescerem da noite pro dia. Isso não quer dizer que uma bola na área não pode acontecer. Até porque todas as bolas paradas nós tinham nossos dois zagueiros, que são altos, na área do Corinthians.”

Sul-Americana é prioridade no Fluminense?

“Veja bem, nós estamos em três competições, a gente já conseguiu uma classificação para a semifinal da Copa do Brasil. Nós estamos disputando duas competições porque uma, nós já garantimos lá na frente. Hoje, eu poderia mesclar o time se não tivesse jogo na terça-feira. Você viu o desgaste? É que vocês não têm os números. Você tem que ver o desgaste que nós tivemos para enfrentar o Bahia. Por quê? Porque eu armei um esquema que a gente marcou praticamente individual o time do Bahia e isso cansa. Isso desgasta muito o time.

A gente precisava da vitória. Justamente pela entrega do time. Falei com a maioria do grupo. Muitos estavam cansados. Era impossível colocá-los para dentro do campo hoje. Dois jogadores queriam jogar. O jogador querer jogar é uma coisa. Todos eles querem jogar toda hora, o tempo todo. Eles produzirem dentro do campo é outra história, bem diferente. Não adianta “eu quero jogar”, aí corre 30, 40 minutos e está cansado. Ainda tem o problema que pode ter uma lesão de estiramento. Então não adianta nada.

VEJA AINDA: Notas das atuações de Fluminense 0 x 1 Corinthians

Eu tenho cinco substituições e daqui a pouco estou com cinco, seis jogadores cansados dentro do campo, fora os outros problemas que podemos ter dentro de uma partida. Então não adianta nada, isso é bem pensado. No momento não estamos priorizando nada. Nós estamos procurando sempre avançar nas três competições. Aí você pode falar “hoje foi um time totalmente diferente”. Foi um time totalmente diferente porque eu não posso colocar o mesmo time três dias depois. Simples. Então a gente procura pontuar o máximo no Campeonato Brasileiro e procura sempre conseguir a classificação nas copas.

Nós temos terça-feira um jogo pela Sul-Americana, dificílimo na Argentina, que a gente vai, lógico, com força máxima porque na outra terça-feira a gente decide em casa. E nesse meio tem o Vitória. Tem que pensar, é viagem, desgaste, viagem pra cima e pra baixo. A cada três dias, não tem condições. Então, no momento, não estamos priorizando nada. No momento, estamos procurando avançar nas três competições. Conseguimos nosso objetivo na Copa do Brasil. Infelizmente perdemos o jogo hoje. Vamos pensar na Sul-Americana, para ver se a gente consegue uma classificação para a semifinal. Mas nunca se descuidando com o Campeonato Brasileiro.

Poucas chances claras de gol

“Nos precipitamos em algumas jogadas, a defesa do Corinthians é bem entrosada, e o meu time não estava bem entrosado justamente porque não tem sequência de jogos todos eles, toda hora a gente está mudando. Mesmo assim, criamos muito mais do que Corinthians. Não tivemos situações claríssimas de gol, eu concordo, mas é a falta de entrosamento, precipitação em algumas jogadas. Como falo sempre, eu tenho um grupo, procuro dar oportunidade para todo mundo. A oportunidade está aí. Não sou só eu que estou vendo, a diretoria está vendo, a torcida, a imprensa, todo mundo.

Tenho 30 e poucos jogadores, 11 entram, 12 vão para o banco. Não posso levar 17 para o banco e começar com 15. Procuro ir pela minha cabeça sempre. Nem todo mundo pode ir. Por isso, eu falo: “10 minutos, 5 minutos, 45 minutos, 90 minutos. Aproveitem as oportunidades. Não sou só eu que estou vendo”. Então, a gente procura rodar o grupo, dar a oportunidade, justamente para todo mundo ver.”

Duelo contra o Lanús, da Argentina 

“É fazer o que a gente vem fazendo, tanto na Copa do Brasil quanto na Sul-Americana. A equipe que tem jogado as copas tem ido bem, conseguido bons resultados, seja no Maracanã ou fora. Mais um jogo, quartas de final, a gente sabe o quanto é importante e difícil. É uma partida de 180 minutos. Vamos procurar sair de lá vivos e com um bom resultado, para que aí sim, na outra terça-feira, possamos decidir aqui no Maracanã diante da nossa torcida. O time está fazendo a parte dele dentro de campo na Copa do Brasil e na Sul-Americana.

No Brasileiro, infelizmente a gente não tem conseguido os resultados que espera, justamente porque sempre botamos uma equipe diferente e não há o entrosamento necessário. Mas vou lembrar, de novo, que o Fluminense é o único time disputando três competições. Para você ver o desgaste. Há times jogando duas competições e muitas vezes o treinador poupa. Não é o Fluminense, em três, que vai jogar sempre com o mesmo time. Tô muito satisfeito com o que grupo vem fazendo. Uma hora nós vamos perder. Ninguém gosta, infelizmente aconteceu hoje. Gol muito esquisito, mas é gol.”

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