Com toda sinceridade…




Foto: Lucas Merçon / Fluminense FC



Vencer sempre é bom. E vencer clássico é melhor ainda. Os três pontos conquistados em cima do Vasco foram de extrema importância, pois deixou o Fluminense muito bem encaminhado na classificação geral do Campeonato Carioca e ainda garantiu a liderança isolada do grupo B da Taça Rio.

Porém, não dá para tapar o sol com a peneira com relação ao futebol apresentado pelo Tricolor. Tudo bem que a partida foi disputada com portões fechados, ou seja, sem o calor da arquibancada, que geralmente esquenta o jogo e acirra ainda mais a rivalidade, mas verdade seja dita: a atuação do Fluminense foi ruim.

No primeiro tempo, o Fluminense até iniciou com mais presença no campo de ataque, mas teve sérias dificuldades para penetrar na área vascaína. Para piorar, a equipe tricolor sofreu um pouco com a velocidade e movimentação do ataque adversário. Inclusive, o Vasco criou algumas situações com certo perigo.

Por alguns instantes, cheguei a pensar que o Fluminense daria mais um mole para o Vasco. No entanto, Nenê resolveu funcionar como um meia de verdade e deu belo passe para o Evanilson abrir o marcador. Sétimo gol do garoto na temporada, que é excelente finalizador e não pode jamais atuar fora de sua posição.

Na volta do intervalo, fiquei com a esperança de ver um Fluminense com mais apetite, vontade e atitude. Santa ingenuidade! O time voltou com uma postura bem conservadora, ou seja, recuado para tentar encontrar espaços através de contra-ataques. Sendo assim, a atuação do segundo tempo foi ainda pior que a da etapa inicial. O Vasco seguiu tentando, mas esbarrou em suas próprias limitações técnicas.

Quando tudo caminhava para terminar com uma magra vitória, o Fluminense ampliou o placar. Excelente chute do Caio Paulista, que explodiu na trave. No rebote, uma belíssima cabeçada dada pelo Fernando Pacheco para o fundo do barbante vascaíno. Primeiro gol do peruano com a armadura tricolor, mas sem a presença da turma dos “11 mil de sempre” para comemorar.

No final das contas, o que importa é bola na rede, mas o futebol praticado pela equipe do Odair Hellmann é muito pobre. O time não possui uma identidade e depende bastante de um jogador que está prestes a completar 39 anos de idade. Mesmo atuando fora de sua posição, Nenê tem sido o cara do atual Fluminense. Isso é preocupante…

Agora, o mundo está refém da pandemia do coronavírus. Que cada um faça a sua parte sem jamais subestimar o problema.

Curtinhas

– Boa atuação do Hudson.

– E o Igor Julião? Putz… sem comentários!

– Wellington Silva já merece um banco.

Forte abraço e ST!

Vinicius Toledo