Confira o ranking de arrecadação dos clubes. FERJ cada vez mais rica…




Numa competição em que o impasse sobre os preços dos ingressos motivou uma grande confusão — transformou jogadores em coadjuvantes —, o campeão de bilheteria não foi nenhum dos 16 clubes. A Federação de Futebol do Rio de Janeiro (FERJ) é quem lidera o ranking de faturamento como organizadora do torneio secular: R$ 1,48 milhão nas 15 rodadas da Taça GB.

A entidade, que no começo do torneio impôs limites nos preços dos ingressos em nome do bolso do torcedor, conseguiu arrecadar mais do que a soma das receitas com bilheteria de 15 clubes — a exceção é o Flamengo. Descontados os custos das partidas, o Rubro-negro faturou R$ 1,35 milhão, valor pouco abaixo do embolsado pela federação, que cobra 10% da renda bruta dos jogos, a “taxa FERJ”. Com exceção de São Paulo (5%), Minas Gerais e Rio Grande do Sul praticam o mesmo percentual.

Em nota oficial divulgada por sua assessoria de imprensa, a entidade se defende. “O maior arrecadador do campeonato foi o Maracanã com R$ 4.390.890,64”, diz o comunicado: “A FERJ, como todas as outras entidades administrativas, recolhe a taxa para sua subsistência e fomento do futebol estadual. Ou seja, investimos na arbitragem, em tecnologia e custeamos os campeonatos das divisões inferiores e das ligas amadoras”.

Não fosse a premiação de R$ 1 milhão com a conquista da Taça GB, o Botafogo contabilizaria o prejuízo neste momento. Após descontar o déficit de R$ 102 mil na partida do título, o Alvinegro lucrou apenas R$ 26,4 mil com ingressos vendidos em de 15 rodadas — atrás dos “pequenos” Bangu, Macaé e Nova Iguaçu.

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Para a FERJ, a participação do Alvinegro no torneio foi fundamental. Do total arrecadado pela entidade com sua taxa, R$ 326,4 mil vieram dos jogos do campeão. Uma colaboração menor apenas que a do Flamengo: R$ 717 mil para a federação.

O fato de alguns clubes pequenos terem faturado mais que o Botafogo é explicado por uma espécie de maquiagem no borderô da FERJ, que cobra até pelas canetas e papéis usados (R$ 20 por jogo). Diante do desastre que vinha sendo o resultado financeiro dos jogos até a 8ª rodada, muitas outras taxas deixaram de ser descontadas na bilheteria. Ou seja: o que já é feio poderia ser ainda pior.

“Os valores deixaram de ser discriminados, mas foram debitados da cota televisiva referente ao jogo em questão. Vale ressaltar que os clubes recebem esse valor, mesmo em jogos não televisionados, pois a detentora dos direitos paga pela opção de veicular ou não a partida”, explicou a FERJ.

Por Explosão Tricolor / Fonte: Extra