Críticas, problemas defensivos, meio campo espaçado, disputa por posição e outros temas: veja a coletiva completa do técnico Roger Machado




Roger Machado (Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.)



Coletiva pós-jogo

Veja a íntegra da entrevista coletiva do técnico Roger Machado após a vitória do Fluminense sobre o Independiente Santa Fe, da Colômbia, por 2 a 1, pela quarta rodada da fase de grupos da Copa Libertadores da América:

Críticas em relação ao desempenho

– A torcida, a gente não tem essa energia do estádio, mas o que tem sentido na rua é justamente esse acolhimento do torcedor. Saber que pegamos um grupo muito difícil, por vezes os questionamentos na coletiva falando de sofrimento, nós estamos jogando uma Libertadores, uma competição extremamente difícil. A expectativa do ambiente externo é que teríamos dificuldade inclusive para ser competitivo. Estamos mostrando que com a união, solidariedade, persistência, jogando ao estilo Libertadores, sem ter muito a bola nos pés como torcedor gostaria, estamos liderando o grupo.

– Por vezes a gente não consegue nem curtir uma vitória em função de questionamentos por ter vencido e não convencido. Vencer que é bom, os três pontos que são bons. Quando conseguirmos jogar, priorizaremos a posse da bola, quando não conseguirmos vamos competir. Mas o torcedor vai dormir feliz hoje, sim, mesmo tendo sofrido.

Problemas do sistema defensivo

– Acho que a nossa equipe é sólida. O adversário, embora tenha tido maior volume de jogo, as vezes que finalizou foi de fora da área ou desequilibrado. Temos média de menos de um gol sofrido por partida. Isso denota que é sólida a defesa. A questão é que estamos enfrentando dentro de um grupo duas equipes excepcionalmente talentosas no manejo da bola, que têm em sua característica a posse de bola. Inevitavelmente vai sofrer um pouco mais. A equipe deles nos surpreendeu marcando alto dentro do nosso estádio, fazendo com que tivéssemos que recuar a bola ou começar o jogo através de lançamentos depois do minuto oito ou 10 do primeiro tempo.

– Aí, sim, tivemos pouca aproximação para construir o jogo a partir do nosso campo, o que nos gerou dificuldades, sobretudo no primeiro tempo. Com as alterações do intervalo, acho que a gente voltou melhor, equilibramos. O adversário fez um jogo muito físico. Acho que estivemos um pouco abaixo nas disputas individuais de primeira e segunda bola, devolvendo muitas vezes a bola. Sempre há o que corrigir, mas não vejo nossa equipe sem solidez. Pegamos grandes adversários, temos que contextualizar o jogo colocando o adversário na partida.

Domínio do Independiente Santa Fe

– O fato do Santa Fe nos pressionar, colocar seis, sete jogadores dentro do no nosso campo, induzindo com que a gente jogasse curto para roubar a bola, ou tivesse que disputar em primeira ou segunda, aí a gente não desceu o número de jogadores para o nosso campo, tampouco conseguimos ficar com a segunda bola, quando tirava lá de trás, para um pivô do Fred. Isso fez com que a gente devolvesse muito a bola para o adversário. Daí o domínio pelas ações, em função do ganho de primeira e segunda bola, em função dos erros de passes, em alguns momentos passes mais fáceis. Mas que mesmo com domínio a gente manteve o zero no placar. Sofremos mais do que gostaríamos em alguns momentos, não foi um bom primeiro tempo, mas foi um bom segundo tempo que nos deu a vitória.



Time misto na final do Campeonato Carioca?

– Amanhã a gente vai ver. Hoje só quero curtir um pouquinho esses três pontos importantes. Eu tenho um grupo forte, que sempre que foi chamado para entrar na arena correspondeu bem. Desde lá dos meninos no início do Estadual, com um grupo diferente pelo recesso de 10 dias dos demais. Hoje não me preocupa em nada os que vão para campo porque estamos sempre bem servidos.

Disputa entre Cazares e Nenê

– A disputa está sempre aberta nos jogadores. Não só entre Nenê e Cazares, ou o Paulo Henrique (Ganso), Luiz Henrique, Biel (Gabriel Teixeira) ou Caio (Paulista), que entrou hoje muito bem. No início do Campeonato, quando elogiei o Caio naquele momento, falei que estaria passando na frente dele Kayky e Biel para vê-los em campo atuando, mas que não soasse como desprestígio ao Caio porque já o conhecia mais que os meninos e sabia o que podia acontecer. Ele se resignou a trabalhar forte para estar preparado para esse momento. Faz parte do momento que estamos vivendo, e todas as opções que temos para escalar. Dependendo do jogo, posso lançar um ou outro. Importante é que temos jogadores que elevam o nível quando outros estão desgastados.

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Por Explosão Tricolor / Fonte: ge

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