Decisão de retornar ao Fluminense, preferência por posição, encaixe na equipe e muito mais; confira a coletiva de apresentação de Marcelo






Marcelo concedeu a sua primeira entrevista coletiva desde o retorno ao Fluminense

Na noite da última sexta-feira (11), no Maracanã, o lateral-esquerdo Marcelo foi apresentado oficialmente pelo Fluminense. Em sua primeira entrevista coletiva no Tricolor, o novo reforço tricolor falou sobre a sua decisão de voltar ao clube das Laranjeiras, críticas em relação ao seu condicionamento físico, preferência por posição e muito mais. Confira abaixo todas as respostas do jogador:

Decisão de voltar ao Fluminense 

“Quando entrei no campo com minha família, passou um filme na cabeça. Voltando para minha casa. Quando saí do Real Madrid comecei a entender mais como seria a minha volta e o coração falou mais alto. É difícil porque o Enzo está em Madrid. Difícil deixar ele lá e ficar um tempo longe, mesmo sabendo que está tudo bem. O coração falou mais alto.

A gente está voltando para casa, o Rio de Janeiro, o clube que me formou. Eu fui para a seleção pela primeira vez jogando pelo Fluminense, muita gente no mundo não sabe. Foi uma grande vitrine para mim. E o coração falou mais alto. Foi bem legal voltar a sentir a vontade de botar a camisa do Fluminense outra vez. A palavra certa é gratidão. Quero agradecer ao presidente. Estou muito feliz.”

Carinho da torcida tricolor 

“Não tem dinheiro que pague o amor que tenho pelo Fluminense. Hoje, deu para ver claramente que nenhum dinheiro paga isso. O que eu vivi aqui hoje, quero retribuir ao torcedor dentro de campo. Tiveram outras coisas (propostas), mas o Fluminense é minha casa. Vocês viram a cara dos meus filhos, a alegria deles. Não tem nada melhor que voltar a sua casa.”

Negociação para retornar

“Vínhamos conversando há muito tempo. Foi rápido quando a gente decidiu que ia ser real o meu sonho de voltar. Foi rápida a negociação. Sabíamos o que queríamos. Depois foi só pensar como fazer. Não tivemos tempo para pensar, aconteceram muitas coisas. Foi bem rápido.”

Previsão de reestreia 

“Não tem como saber quando vou ter minha estreia. Vamos tentar o mais rápido possível. Já tenho todas as coisas para fazer, exame médico, treinamento. Só ver com preparador, treinador, e ver o melhor momento.”

Condição de ídolo

“Fico muito feliz. Meu objetivo sempre foi chegar ao lugar mais alto na carreira. Faço de tudo para deixar meu legado. O mais importante foi ganhar o máximo de títulos, correr, brigar e nunca desistir dos meus sonhos. Quando vejo jovens subirem ao profissional, serem vendidos com 18 anos, esses garotos são promessas que eu fui. Então fico muito feliz, acredito que se tem jovens do Fluminense, de repente pode ser pelo legado que estou deixando. Posso ser exemplo. Vou poder ajudar não só em campo, mas fora de campo.”

Como se encaixar no time

“Estou feliz que o time está bem, tem que continuar. Vou dar meu máximo para poder ficar no mesmo ritmo dos jogadores que estão bem. O que tenho que fazer é trabalhar, correr atrás, brigar e estar o mais rápido possível disponível para o treinador.”

Preferência por posição

“Sou privilegiado, estou feliz, voltei para casa, isso é o de menos, jogo em qualquer lugar, até de goleiro. Já tive algumas conversas com o professor Diniz. Vou tentar ajudar no que o professor quiser, é o mais importante. Não estou muito preocupado com a posição.”

Declaração dos filhos sobre ganhar Libertadores

“O que a criança escuta é super normal, ele está feliz, eufórico, viu a torcida maravilhosa. Tentei conversar com ele antes para explicar o que significa Libertadores. E filho quer que você ganhe tudo. Fico muito feliz por ele ter falado. Estou ansioso, esperando o melhor momento para treinar. Quero jogar Libertadores e possivelmente chegar à final para ganhar a Libertadores.”

Influência de Fred em retorno

“Conversei com o Fred, vi a despedida. Vi o projeto dele com o Fluminense. Legal ver ele saindo feliz, em paz. Conversei com ele, com o Marcão. Não é todo clube que faz pelo jogador. Repatriar o jogador assim. Não é todo mundo que pensa assim. O carinho da torcida foi uma coisa que não pensava. Acredito quando as pessoas falam comigo na rua, mas hoje foi uma mostra de carinho muito grande. Quero retribuir tudo isso.”

Pressão no futebol brasileiro

“Sei da pressão que é jogar no Brasil. Joguei com 18 anos, sem experiência, sei que é muito difícil. O campeonato brasileiro está crescendo, sempre vai surpreender. É bem legal o desafio, sei que tem que ter resultado. O jogador tem que vir para ganhar e vou dar meu máximo para ganhar e dar alegria ao torcedor. Óbvio que tem carinho, mas tem que se esforçar. Tenho consciência de que vai ter muita pressão, tenho que jogar, tenho que ter resultado, tenho noção disso.”

Condição física e críticas

“Eu não leio, não vejo e nem me importa quando se ganha ou se perde. Crítica vai sempre ter. Isso não me afeta. Cada um fala o que quer. Não tem problema. Estou focado onde devo estar. Estou feliz, retornei à minha casa, quero estar mais rápido possível dentro de campo. Torcedor quer resultado, vou dar meu máximo. Não leio e não escuto nada, mas se escutar, não afeta.”

Falecido avô

“Quando falo do meu avô, todos sabem a história dele. Quando entrei com a minha família tenho certeza que ele está em algum lugar feliz da vida, tudo o que ele fez por mim deu certo. Fiz coisas grandes na carreira e hoje estou voltando ao clube em que fui muito feliz em Xerém, Laranjeiras. Foi uma coisa que ele escreveu. Ele escrevia muito. “Tenho certeza que em algum lugar ele escreveu que eu ia voltar para o Fluminense. Eu sou muito feliz com minha família. Os jovens têm que se apegar ao propósito dos pais. Eu fui entender isso mais tarde. Fui pai muito novo e fui entender o carinho do meu pai e do meu avô. Fico muito feliz, e com certeza ele está realizado.”



Por Explosão Tricolor

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