Derrota para o Flamengo, aplausos da torcida após eliminação, decisão contra o Unión La Calera-CHI e muito mais; leia a íntegra da coletiva de Odair Hellmann




Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.



Odair Hellmann concedeu entrevista coletiva no Maracanã

Após a derrota do Fluminense por 3 a 2 para o Flamengo, na noite desta quarta-feira (13), pela semifinal da Taça Guanabara, o técnico Odair Hellmann conversou com a imprensa no Maracanã. Confira abaixo a íntegra da entrevista coletiva do treinador:

Derrota para o Flamengo

Odair Hellmann: Por todo o conjunto dos 98 minutos, nós merecíamos ter empatado o jogo e nos classificado. Apesar de o Flamengo ter feito um 1º tempo bem melhor, na minha concepção, nosso 2º tempo foi muito melhor e nós produzimos, botamos a bola para a rede e fizemos quatro, mas valeu dois. E em outra o Evanilson esteve na cara do gol. E essa produção contra um time organizado, estabilizado e com um nível de qualidade que o Flamengo tem, mostra o caminho que estamos e que precisamos traçar. Temos um parâmetro alto e é esse parâmetro que devemos seguir.

Primeiro tempo ruim

Odair Hellmann: Não fizemos um bom 1º tempo. Cometemos um erro em bola parada e outro de uma saída de bola nossa e isso custou caro. Quando você toma dois gols logo no início, você desestabiliza e fica arriscado a tomar mais gols. São situações que acontecem dentro de uma equipe que já está entrosada, dentro de uma equipe que já tem identidade sólida, como por exemplo o Flamengo, imagina com uma equipe que está começando o trabalho agora. Tivemos dificuldade até conseguirmos nos estabilizar no fim do 1º tempo. Antes, não conseguíamos nem fazer a construção de trás, nem alongar o jogo, situações que havíamos trabalhado. Mas essas dificuldades aconteceram muito mais pelos gols terem saído muito cedo.

Crescimento na etapa final

Odair Hellmann: Se pegar os jogos que fiz contra eles pelo Inter e os jogos do River, quais principais características? Marcação intensa no homem da bola e recuperação de bola no campo defensivo, construção e bola nas costas dos laterais e zagueiros. Às vezes nem bolas limpas, apenas para tirar o Flamengo do seu campo e subir a linha de marcação. Trabalhamos a bola nas costas dos laterais, infiltração nas costas dos zagueiros, trabalhamos construção desde o início, bolas longas, só que não conseguimos fazer isso no 1º tempo. Nas poucas vezes que conseguimos, saímos da pressão, mas foram poucas. No vestiário, conversei que precisávamos nos reorganizar para aquilo que tínhamos treinado e estabelecido como estratégia, para fazer o primeiro gol e isso geraria confiança e entraríamos no jogo. Ainda tomamos o terceiro. Mas depois disso, tudo o que treinamos, pensamos, conseguimos botar em prática. A partir do momento que a defesa do Flamengo não conseguia subir, passamos a conseguir construir de baixo também. Geramos esse desconforto para o Flamengo.

Aplausos da torcida após eliminação

Odair Hellmann: Tenho que dar os parabéns em relação a esse processo de retomada e busca desse resultado até o último segundo. Por isso a torcida do Fluminense aplaudiu. Você não sai de um clássico sendo aplaudido por uma torcida se ela não tiver reconhecido. Não é pela derrota. Aqui não gostamos de derrota não. Essa derrota está dói em mim, nos jogadores, na torcida e principalmente em nós que estávamos ali dentro. Ela não aplaudiu a derrota, aplaudiu o espírito, a retomada de confiança, o jogo que fizemos após o terceiro gol.

Conversa com Jorge Jesus e Gabriel

Odair Hellmann: O árbitro estava analisando o VAR e aí o Gabriel veio próximo de mim e disse: “se acalma, o VAR está vendo”. Eu disse: “Se acalma é fácil para você, que está ganhando o jogo”. E aí o Jesus veio porque o Gabriel estava conversando comigo. Mas o Gabriel é meu amigo, trabalhou comigo na Olimpíada, temos essa relação, mas ali cada um está defendendo o seu. Jesus achou que tivesse alguma coisa, veio tirar o Gabigol, mas estávamos falando normalmente. Eu disse: “Profe, se acalma que ele é meu amigo, conheço bem”. Foi isso. Ninguém discutiu.

Decisão contra o Unión La Calera-CHI

Odair Hellmann: Importante, mas não é o jogo do ano. Tem o Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil. Se não parece que o clube vai fechar depois do jogo da Sul-Americana. Não é assim. É importantíssimo e vamos com todas as forças para buscar a classificação. Mas não pode ficar um parâmetro de definição de morte.

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Por Explosão Tricolor

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