Despedida de Fred, plano para enfrentar o Ceará, relação com a torcida do Fluminense e muito mais: leia a entrevista coletiva de Fernando Diniz




Fernando Diniz (Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense F.C.)



Fernando Diniz concedeu entrevista coletiva no CT Carlos José Castilho

Após o treino da manhã desta sexta-feira (08), o técnico Fernando Diniz concedeu entrevista coletiva no CT Carlos José Castilho. Confira abaixo todas as respostas do treinador tricolor:

Despedida de Fred

“É emocionante para todo mundo. Conheci o Fred quando ele tinha cerca de 20 anos, ele estava no começo da carreira, eu estava mais próximo do fim da minha. Reencontrá-lo aqui foi muito melhor do que eu imaginei. Ele é espetacular como ser humano, até mais como jogador. O fechamento da carreira dele está acontecendo de maneira muito merecida. O enredo de sábado, contra o Corinthians… Não era nem para ele ter entrado, mas aconteceu aquilo, que é fruto de merecimento. É um cara apaixonado por futebol. Participar desse momento e criar essa relação que criei nessa volta, de maneira instantânea e espontânea, é uma coisa emocionante, vou levar para vida inteira. Meu filho mais velho é apaixonado pelo Fred. Ainda tenho esse plus. Está sendo um momento muito significativo, que vou levar para sempre.”

Desejo de seguir trabalhando com Fred

“Fred é um ser muito diferente, talvez seja o maior ídolo da história do Fluminense. O Fred de hoje é o melhor desde que eu o conheço, desde 2004. Pessoa extremamente generosa, feliz com a vida, com o que fez na carreira como jogador e que consegue ajudar a todos. Ele fará falta, mas não sei as condições para ele continuar aqui conosco. Espero que ele continue de alguma forma conosco.”

Clima de festa antes do jogo contra o Ceará

“A festividade do Fred (não influencia) em nada. A gente tenta separar. Nem quando acabar o jogo a gente pode fazer festa, porque depois tem o jogo contra o Cruzeiro. Ele merece a festa, e a gente tem uma tarefa difícil, que é separar isso do jogo. A gente está muito focado.”

Plano para enfrentar o Ceará

“Não quero falar de como vai ser, mas existe um planejamento, tenho conversado com ele desde quando ele voltou, já com a decisão de parar. Vamos ver como vai ser no jogo. Do mesmo jeito que no (último) sábado não estava previsto ele entrar, ele entrou e foi aquela apoteose, amanhã já é uma coisa mais racional, mas não vou dizer para vocês qual o plano, porque podemos mudar o que foi planejado. A gente espera conseguir focar no jogo e fazer o melhor para conquistar o que a gente precisa amanhã e, ao mesmo tempo, contemplar o Fred.”

O que Fred pode fazer após aposentadoria?

“Diferentemente de mim, eu só presto para ser técnico, Fred vai poder escolher. Eu não sei, ele pode se encaixar em qualquer lugar. Ele tem experiência como jogador, trabalhou com diversos treinadores, tem experiência internacional, tem carisma, liderança. Ao mesmo tempo, ele é extremamente simpático, comercial, se for para uma vida de empresário, vai se dar bem. Se for dirigente, pode se dar bem. Ele tem um leque e é muito mais afortunado do que eu.”

Como está a cabeça do Fred?

“A cabeça dele, dentro do possível, está boa. Parar de jogar futebol nunca é fácil, ainda mais para um cara que tem a história que ele tem e que gosta de estar no campo, de fazer gol. Vocês sabem que ele gosta do torcedor, gosta da casa cheia, é carismático, é um astro do futebol. Para esse tipo de jogador, é até difícil parar. Pelas circunstâncias, ele está até com a cabeça boa.”

O que pode passar para Fred como conselho

“A gente conversa de maneira informal desde que eu cheguei aqui, talvez seja a pessoa com quem eu mais converso. Acho que ele tem que ter um tempo para ele, não apressar em nada. Tem que esvaziar um pouco, dar uma esfriada nas coisas e saber decidir com calma, com a família dele. Ele tem muitos caminhos, e esses caminhos são diferentes. Ser treinador é diferente de ser empresário ou executivo. Ele precisa e merece um tempo. Tem que descansar e pensar no que vai fazer depois.”

Relação com a torcida do Fluminense

“Minha relação com o torcedor é singular. Desde 2019, quando passei aqui, embora no Brasileiro os resultados não tenham aparecido, eu tinha uma torcida da torcida para que as coisas acontecessem, a gente conseguisse ganhar os jogos. Depois de três anos fui melhorando, experimentando outras coisas e voltei um Fernando Diniz melhor para o Fluminense.

Ver a torcida do Fluminense engajada é uma coisa linda. Naquele dia do Fred, que foi uma festa que sem a torcida não teria sido tão linda. Espero que esse engajamento aumente, seja constante e que a gente trabalhe cada vez melhor. Temos que trabalhar duro para entregar para o torcedor coisas boas. O torcedor tem que torcer, como ele está fazendo a parte dele. Só tenho a agradecer ao torcedor. Temos que trabalhar diariamente para ser cada vez melhor.”

Saída de Muriel

“O Muriel está, infelizmente, nos deixando hoje. É uma vontade do jogador, e ele está saindo em comum acordo para buscar novos ares. É uma decisão que partiu dele e a gente vai sentir muita falta dele. Acabou que, por coincidência do destino, eu fui o treinador que o trouxe, e sou o treinador que está permitindo que ele saia. A gente agradece muito ao Muriel, porque além de excelente profissional, é um ser humano ímpar. Um padrão muito alto. Fica o exemplo dele de profissionalismo e generosidade. A gente torce para que ele consiga ter muito sucesso não só na carreira profissional, como na vida.”

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Por Explosão Tricolor

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