Diretoria do Fluminense transforma mina de ouro em loja de 1,99




Kayky Almeida (Foto: Mailson Santana / Fluminense F.C.)

Diretoria do Fluminense transforma mina de ouro em loja de 1,99 (por Lindinor Larangeira)

Alguém poderia dar uma explicação, no mínimo plausível, para a provável venda do zagueiro Kayky Almeida? O jogador teve o contrato renovado, em abril do ano passado, até 2027, com multa rescisória de 50 milhões de euros. Então, por que vender por 1/50 da multa contratual?

Os passadores de pano das redes sociais colocaram uma pergunta no ar, que além de não buscar qualquer explicação, ser depreciativa ao atleta, patrimônio do clube, ainda traz mais dúvidas sobre essa transação absolutamente nebulosa, que, espero, não se concretize: “Quem é Kayky Almeida?”

Respondendo a essa gente mal informada ou mal intencionada, trata-se de um jogador com passagens por seleções de base e com grande potencial. Daí, o valor da multa estipulada pela diretoria, que agora trata mais uma joia de Xerém como bijuteria barata.

Enquanto o Palmeiras escala um dos companheiros de Kayky Almeida nas seleções de base, o futuroso Victor Reis, nosso zagueiro não tem oportunidades no time principal. E com a chegada de Thiago Silva, poderia evoluir muito, gerando retorno técnico e financeiro.

A venda é por necessidade de caixa? Creio que não. Afinal, pagaram o dobro dessa possível venda na contratação do zagueiro Ignácio.

“Ah, mas o Fluminense não tem dinheiro”, dizem os passadores de pano. É óbvio que o clube não tem uma financeira, uma construtora ou mesmo acesso quase ilimitado ao dinheiro público como outras agremiações. A lógica do dinheiro curto é que seja bem investido. E não vejo esse princípio básico de qualquer gestão na atual direção tricolor.

Na gestão Mário, cerca de 50 jogadores foram contratados. Só de laterais-esquerdos, podemos citar Cris Silva, Danilo Barcelos, Egídio, Orinho e Pineida. Quanto dinheiro jogado fora…

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Como as contratações de Henrique, Wellington e Hudson, volantes com prazo de validade vencido. Sendo que, se o último não sofresse uma grave contusão, André teria ido ao CRB por empréstimo.

Voltando ao assunto inicial, outro questionamento que não vejo ser feito pelos tais influencers, ou mesmo pela imprensa é: seria coincidência tantas vendas para o inexpressivo Watford?

Já que entramos na seara de assuntos pouco explicados, os estranhos casos de Evanilson e Praxedes, em que, de uma para outra, o clube virou minoritário em relação aos direitos federativos desses atletas, seriam boas pautas jornalísticas, como também a saída de Marcos Paulo a custo zero.

Um certo presidente, pouco cioso do patrimônio do clube, cunhou uma frase tão infeliz quanto verdadeira: “Xerém é a fábrica, o Fluminense é a loja”.

A fábrica, uma verdadeira mina de ouro, segue produzindo joias e reforçando os rivais. Matheus Martins é o caso mais recente. A tal loja, na atual gestão, parece ter virado uma lojinha de 1,99.

Alguém está ganhando com isso. Não é o Fluminense.

PS1: Nem Marquinhos consegue mais performar. Ou seja, zero porcento de acerto nas contratações do início do ano.

PS2: Luiz Flávio de Oliveira apita na quinta. Talvez Claus seja o árbitro do jogo da volta…

PS3: Kauã Elias está dando conta do recado, mas é necessário contratar um centroavante clássico para dar mais opções ao elenco.

PS4: 60 mil no domingo, pra sair do Z4!

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