Diretoria mais apática do Brasil!




O Fluminense não pode ficar calado! (Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor)

“Tá difícil hein!” Essas foram as primeiras palavras que escutei quando cheguei ao serviço, vindas de um tricolor que, diante dos fatos, não conseguiu manter o seu incorrigível otimismo. Sim, classificamos na Copa Sul-Americana, mas isso não esconde os diversos problemas que o clube e o time possuem, dentro e fora das quatro linhas.

Vendo o Fluminense em campo, a impressão que se tem é que os jogadores estão fazendo um favor ao vestir a camisa tricolor. Ninguém mostra um mínimo de raça e de vontade em campo e, exceto um ou outro atleta, e aqui incluo Henrique Dourado, a maior parte aceita a derrota sem qualquer problema. É como se perder fizesse parte do jogo e a culpa não fosse dele: “deixa pra lá! Eu não perdi sozinho”, acredito que seja o que pensam.

Mas, como sempre digo, a falta de garra em campo, quase sempre, é reflexo da apatia fora dele. E disso todo tricolor conhece bem, já que os últimos dirigentes do clube abaixavam a cabeça para o primeiro grito que ouvissem do lado de fora das suas salas climatizadas.

Os pequenos gestos, ou a ausência deles, comprovam o medo da atual diretoria tricolor. Alguém aí escutou o Pedro Abad cobrando uma postura mais aguerrida do time em campo? Ou, pelo menos, se posicionando com firmeza contra a cogitação rubro-negra de levar o Fla x Flu da Sul-Americana para o acanhado “Ilha do Urubu”. Certamente a resposta é não. E sabem por quê? Porque o nosso Presidente não é capaz de ações rígidas quando precisa. Em outras palavras: não é capaz de bater a mão na mesa.

Abad, na verdade, apelou em apenas um episódio cujo prejuízo foi integral para o clube: demitiu Pedro Antônio, o único da diretoria que tinha coragem de botar o dedo na ferida, e isso porque ele “atrapalhou” as relações com o Flamengo. É sério: o homem responsável pela construção do CT foi preterido pelo maior rival. Quanta falta de respeito!

Por mais incrível que possa parecer, hoje temos diversos diretores auxiliando na tomada de decisão. Contratações, dispensas, remunerações, dentre outros temas são resolvidos em conjunto por várias pessoas que, muito pouco, ou quase nada, auxiliam o clube. Presidente, Alexandre Torres como Gerente de Futebol e Fernando Veiga como vice de futebol não conseguem contratar bem e dispensar adequadamente para diminuir a folha. Ainda tem Marcus Vinícius Freire como CEO que trouxe um bom discurso para a governança, mas ainda não demonstrou como converter suas palavras em ações efetivas.

Não, não sou contrário aos critérios de gestão voltados para a otimização dos resultados, sempre buscando gastar melhor para atingir metas favoráveis. Mas, no futebol, essas metas são as vitórias em campo. Tudo que não visar a este objetivo deve ser descartado. É simples assim!

Gostaria que a diretoria, que não tem a transparência como ponto forte (e nem o sangue nos olhos) respondesse ao torcedor tricolor qual foi a contribuição da Ernest Young na gestão do clube. Sim, a renomada empresa (um das big four do mundo contábil) foi contratada no início do ano para prestar consultoria em GRC (Governança, Risco e Compliance) o que inclui, por óbvio, contenção de gastos. Ou melhor, otimização de gastos. Mas, até agora, nenhuma notícia se tem sobre seus projetos ou como eles impactaram a atuação da equipe em campo. E olha que os serviços terminaram no final de Maio.

Na verdade, o impacto do trabalho é o time a três pontos da zona de rebaixamento, sem qualquer contratação decente e ainda com elevados salários no elenco, mesmo “esquentando” banco, como os casos de Marquinho e Diego Cavalieri.

O pior: ninguém sabe como será o futuro. Ninguém vem a público informar como a diretoria pretende melhorar os gastos e fazer um time minimamente competitivo para o próximo ano. Ninguém explica como esperam melhorar a relação time-torcida e quais as ações de marketing serão adotadas para alavancar as contas do clube e o retornarem ao patamar do qual nunca deveria ter saído, que é a disputa de títulos. Enfim, ninguém informa nada; ninguém faz nada!

Enquanto isso o time desfila incompetência e falta de alma em campo. O torcedor não acredita no futuro e o desejo de 2017 são os 45/46 pontos. Triste para um clube da grandeza do Fluminense.

Lembremos que o time ganhou de uma LDU que luta pra não cair no campeonato nacional do Equador. E isso aos trancos e barrancos.  

Fica um recado: somos tricolores e sempre lutaremos por este clube!

Ser Fluminense acima de tudo!

Toco y me voy:

  1. Abel Braga é lamentável escalando uma equipe. Coloca os jogadores em campo, mas não os organizam. A equipe não tem padrão tático e nada que ele faz durante o jogo melhora o time. É bom pra gerir vestiário; nada mais!
  2. Egídio dominou a bola, tomou um cafezinho, descansou no sofá vendo TV e, então, se lembrou que tinha que chutar uma bola. E fez um golaço! Enquanto isso ninguém chegou pra fazer a marcação. Decepcionante!
  3. O próximo confronto é o Grêmio na Arena. O time gaúcho vem de três derrotas seguidas. Mas temos a vocação de levantar defunto. Já tô fazendo oração!
  4. O jornal Extra de hoje lembrou 2013, o ano da “Lusagate”. Lembremos que, se não fossem a escalações irregulares de Flamengo e Portuguesa, teríamos caído. Este ano tá bem parecido; time não cotado ao rebaixamento e, aos poucos, chega perto da zona perigosa. Oremos mais uma vez!

Evandro Ventura

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