Efeito Levir

Diego Souza se vai sem deixar saudades. E só vai embora porque no fundo sabe que não terá espaço no novo Fluminense. Sacado em dois jogos seguidos, Diego Souza não tinha mais no Fluminense o status de intocável que achava ter. E não conseguia se impor nos jogos. Fora sua dificuldade de entrar em forma. Melhor a situação ser resolvida agora, o que dá margem para uma nova contratação de peso para a abertura da janela de transferências.

Não contrataria um meia, mas sim um volante. Ou um lateral esquerdo. Cícero é o nosso meia. Me parece óbvio que na proposta de jogo do Levir, Cícero não seria o volante com intensidade que se pede. Douglas vai melhor na função. Na ponta já demonstrou que é nulo. O ideal pra ele é ser o 10. O estilo do Cícero é parecido com o Ganso. Se o técnico do São Paulo conseguiu fazer o Ganso jogar muito, Levir conseguiria o mesmo com Cícero.

Temos algumas opções que poderiam ser procuradas pelos dirigentes tricolores. Maxweel (PSG), Emannuel Mas (San Lorenzo) ou Marquinhos Pedroso (Figueirense). De volante poderia ser Adilson (Terek Grosny), Romulo (Spartak Moscou), ou Nilton (Internacional). Jogadores de bom nível e que não seriam caríssimos. Cobririam as lacunas do nosso elenco.

Falando sobre o desempenho do time, vou na contramão da maioria. O Fluminense pegou um péssimo Flamengo, em todos os aspectos. Um time que não tem jogada nenhuma, não tem aproximação e um péssimo preparo físico. E acho que Levir errou na escalação. Sabendo que o Flamengo estava desgastado, Levir mandou a campo o time mais pesado que podia. Igualou as condições físicas. É cristalino que o Fluminense se posicionou melhor, mas não tinha mobilidade ofensiva.

O time controlou o jogo, rodou bem a bola, mas quase não ameaçou o goleiro adversário. Tivemos a meu ver dois pênaltis claros não marcados pelo árbitro, que também inverteu alguns lances. Mas não dá pra botar somente na conta do apito esse resultado. Precisamos jogar mais.

A escalação para o jogo de hoje, inserindo Osvaldo e Magno Alves nos lugares de Fred e Diego Souza, é mais equilibrada ofensivamente. É importante também que os jogadores da frente se movimentem, porque o Internacional joga para não perder. É o estilo Argel Fucks.

Tranca o time e joga por uma estocada lá na frente. Com jogadores velozes, o que preocupa muito quando vemos um setor defensivo com Jonathan, Gum, Henrique, Pierre e Cícero. Não custa lembrar que é uma eliminatória. Jogo de alto risco.

Ao que me parece, Levir Culpi jogou os veteranos para demonstrarem se podem ser titulares. Alguns aproveitaram bem a oportunidade. Teve um ou outro que mostrou que não pode ser titular. Provavelmente Levir vai pegar essa base e ir trocando lentamente de acordo com a produtividade, até encontrar a “batida perfeita”, como diria Marcelo D2.

É o técnico de ponta que todos queriam. Agora teremos que ter paciência.

Tabelinha:

1- Gustavo Scarpa não é nem sombra do que foi em 2015. Me parece desgastado fisicamente.

2- Gerson e Osvaldo jogando bem. Está na hora de reconhecermos.

3- Marcos Junior e Pierre não podem ser titulares do Fluminense. Tomam muitos cartões amarelos. Não dá pra contar com eles. Estão longe de serem um primor técnico também.

4- Marlon Freitas tem que ser testado na equipe junto com o Douglas. Com Cícero a frente. Nunca te pedi nada, Levir!

5- Gum e Henrique com um atacante rápido e menos afobado que o Cirino nos levarão a um infarto.

6- Botafogo está com um time melhor que o Flamengo. Por isso nosso time pareceu ter evoluído.

7- Que reformem e joguem no Giulite Coutinho. Os tricolores da Baixada Fluminense agradecem.

Ruan Veiga / Explosão Tricolor

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